Justiça na Espiritualidade

Antônio Carlos Navarro
22/09/2017
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Em tempo de noticiários recheados de informações sobre o andamento dos processos judiciais envolvendo altas autoridades, e da divulgação em massa dos crimes perpetrados pelo homem comum, permitimo-nos transcrever o capítulo vinte e seis do livro Evolução em Dois Mundos, ditado pelo Espírito André Luiz aos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, no ano de mil novecentos e cinquenta e oito.

Lembremo-nos que a matéria se refere a todos os filhos de Deus.

O nome do capítulo é o mesmo deste ensaio e tem o seguinte texto:

“- Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?
– No mundo espiritual, decerto, a autoridade da Justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo.
Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos. A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de Espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.
Há delinquentes tanto no plano terrestre quanto no plano espiritual e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar a paixões e caprichos inconfessáveis.
É importante anotar, contudo, que quanto mais baixo é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e, quanto mais avançados os valores culturais e morais do indivíduo, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuam nos destinos alheios, como também porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que mais ama, suplica por si mesmo a sentença punitiva que reconhece indispensável à própria restauração”.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://www.servidoresdejesus.org/wp-content/uploads/2016/07/homem-orando-a-deus-676×569.jpg>. Acesso em 22SET2017.

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