Deus, a Suprema Bondade!

Francisco Rebouças
08/11/2017
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Encontramos no Livro dos Espíritos como sendo a primeira questão que Allan Kardec formulou a Espiritualidade Superior o seguinte:

“Que é Deus?”

E ouviu como resposta: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (1)

Para melhor compreensão do que acabavam de informar, os Imortais ainda elaboraram uma série de atributos desse “SER”, ainda tão incompreendido pela nossa mais brilhante inteligência, mas que podem nos fazer imaginar o quanto de perfeição Deus é portador absoluto, conforme segue.

“Deus é eterno, imutável, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.” (2)

Observando o nível de entendimento atual de nossa sociedade que tudo analisa sob o ponto de vista materialista, esses conceitos se apresentam muito distantes da nossa capacidade de compreender, e particularmente no aspecto religioso onde grande quantidade de criaturas não admite senão uma única existência na vida física.

Isso significa dizer que, se analisados à luz da razão, esses atributos não poderiam ser considerados verdadeiros, uma vez que a vida da maioria dos seres humanos se constitui de adversidades, infortúnios, violências dores etc., sugerindo-nos aceitar que o homem já nasce condenado a sofrimentos e injustiças que não estaria sujeito se Deus fosse realmente Bom e Justo.

Se desejarmos verdadeiramente entender a bondade desse Pai misericordioso, BOM e JUSTO, faz-se preciso ouvir a resposta de Jesus ao mancebo que o chamou de bom:

“E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus.”  (3)

É exatamente aí que a Doutrina Espírita vem fazer a grande diferença da maioria das correntes religiosas, pois, define o ser humano como sendo um Espírito Imortal, criado simples e ignorante, mas capacitado para a conquista dos conhecimentos que lhes permitirão o desenvolvimento das virtudes ínsitas em seu íntimo, que os conduzirá ao encontro da felicidade que tanto almeja e para a qual está destinado por misericórdia desse Pai Justo e bom.

A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz ideia mais justa da Divindade e, ainda que sempre incompleta, mais conforme à sã razão.

Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?

“Não; falta-lhe para isso o sentido.”

Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?

“Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá.” (4)

Esclarece-nos que o homem está destinado pela Lei do Progresso a caminhar construindo pelo trabalho no bem a sua própria purificação, através das inúmeras reencarnações. Porque essa é finalidade para a qual Deus o criou, fazendo crescer em seu mundo interior a capacidade de viver em harmonia com a Lei Divina, beneficiando-se de poder sentir em seu coração a certeza de que Deus é realmente “soberanamente justo e bom”.

Se prestássemos mais atenção ao incessante trabalho da natureza, proporcionando-nos os recursos necessários e suficientes para a nossa evolução em todos os aspectos, banhados pela presença da luz solar iluminando e aquecendo a Terra sustentando clima adequado à sobrevivência humana, fácil seria para o Homem constatar que Deus, na sua infinita bondade, criou também todas as condições para o homem alcançar a felicidade e a paz em seu mundo íntimo.

Francisco Rebouças

Referências:
(1) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 1. –  FEB. 76 edição;
(2) Idem, idem.  Questão 13;
(3) Mateus, 19:17;
(4) Idem, ibidem. Questões 10 e 11.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://nature.desktopnexus.com/wallpaper/2129353/>. Acesso em: 08NOV2017.

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