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A ingratidão dos Beneficiados

dezembro 21, 2017

Não deverá ser estranha a você a presença marcante da ingratidão do mundo a sua volta.

Você já deve ter observado o quanto as pessoas, de maneira geral, desejam receber, obter graciosamente isso ou aquilo, para que se sintam bem e possam creditar valor ao seu benfeitor. Mas, acredite, esse valor atribuído ou o louvor demonstrado, é coisa de poucos momentos, na maior parte das vezes.

É por demais comum que nem todas as pessoas saibam receber o que lhes é ofertado, com espírito de gratidão, com alegria n’alma e reverência pela vida, por haver colocado em seu caminho o benfeitor.

Muitas vezes, por complicados processos psicológicos que se formaram de encarnação a encarnação, o beneficiado acaba se sentindo inferiorizado em relação ao seu benfeitor; sente-se humilhado e uma certa rebelião íntima inspira-lhe planos vingativos.

Na primeira oportunidade, forças de treva associadas ao mau caráter do ingrato beneficiado criam sobre a figura do benfeitor a maledicência, a calúnia, a revolta, que podem chegar a formas mais grotescas de ingratidão.

Quantos casos você deve conhecer de pessoas que foram acolhidas em algum lar, na hora da necessidade; de empregados que obtiveram ensejo de trabalhar, mesmo sem tantas habilidades; de amigos que foram consolados ou sustentados por outros, no tempo da penúria, e que se voltam contra seus benfeitores? Mentem, atraiçoam, sequestram, usurpam, matam.

O mundo está repleto de ingratos. Recordemo-nos de Jesus: o caso dos dez leprosos curados, quando somente um voltou para agradecer; o caso de Judas Iscariotes, que se esqueceu das instruções do Amigo e pensou somente no poder terreno do qual poderia usufruir e o caso do povo que o recebeu com festa num domingo e que, na sexta-feira seguinte, chumbou-O numa cruz, trocando-O por um marginal social. Nem o Divino Mestre escapou dos ingratos.

Muito importante, porém, é que o amor para com o semelhante e o desejo de servir, em nome de Deus, não se esfriem no seu coração. Continue servindo no que possa, onde possa e como possa, sem se preocupar com o fato de que mais hoje mais amanhã, aquele a quem tinha atendido se volte contra você. Faz parte das tribulações do mundo e pesa bastante sobre a vida dos ingratos.

Verifique se, por sua vez, não é você o ingrato, com relação a quem o socorreu em alguma ocasião. Não se trata de se prender a bajulações nem a louvaminhas sem nenhum sentido. Trata-se, isto sim, de orar agradecido por seus benfeitores e imprimir maior valor a sua própria vida, impulsionado pelo que deles tenha recebido.

Desejoso de dar um sentido venturoso a sua existência na Terra, continue fazendo o bem, desinteressadamente, sem aguardar agradecimentos de quem quer que seja, como fez Jesus, porque todo o trabalho que você realize cooperando com a expansão do amor no mundo, advogará em seu favor, nas faixas diversas da sua evolução.

Não se perturbe, pois, com os ingratos. Siga servindo.

Psicografia de Raul Teixeira pelo espírito Benedita Maria (Sua Mãe) do livro Todos precisam de paz na alma.

Raul Teixeira
Raul Teixeira

Raul Teixeira é um renomado médium, orador e escritor espírita brasileiro, nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 20 de maio de 1949. Conferencista dos mais requisitados no Brasil e no Exterior, já levou a mensagem espírita a 45 países, tendo servido como médium na recepção de 35 livros, publicados pela Editora Fráter. Além de suas atividades como palestrante e escritor, Raul Teixeira é um dos fundadores da Sociedade Espírita Fraternidade, localizada em Niterói (RJ). A instituição mantém uma obra de Assistência Social Espírita denominada "Remanso Fraterno", que atende a crianças e família socialmente carentes, apoiando-as no seu soerguimento material e espiritual. Sua contribuição para a divulgação e expansão do Espiritismo no Brasil e no Mundo é amplamente reconhecida pela comunidade Espírita e além dela.

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