Consciência, disciplina e livre arbítrio

Jorge Hessen
30/01/2018
1173 visualizações

Se compreendêssemos melhor os mecanismos das Leis divinas, que não estão contidas nos livros nem nas instituições religiosas, mas na própria consciência, evitaríamos infortúnios, ambições e desonras que definitivamente não estariam em nosso roteiro. Precisamos refletir as Leis de Deus, a fim de nos conscientizarmos sobre seus mecanismos, que desfecha tanto reparações (reeducações), quanto bonificações surpreendentes, sempre justas, judiciosas e controladas pela própria consciência autônoma (livre arbítrio), às quais expressam a resposta da Natureza, ou da Criação, contra a desarmonia constituída ou submissões aos códigos divinos inscritos na consciência do homem em seus suaves aspectos.

Nos estatutos de Deus não há espaço para “punições”. Ninguém está sujeito ao império estranho do “castigo”, pois este também não existe. Os altivos regulamentos do Criador, que estão inscritos na própria consciência, demonstram que a semeadura rende sempre conforme os propósitos do semeador. Ora, em verdade, a cada um a vida responde conforme seus esforços ou não de autoaperfeiçoamento moral; portanto, não há exceções para ninguém. Por essa razão, fazer o bem determina o bem; demorar-se no mal gera a aflição. Por isso, importa a disciplina individual e coletiva, tão necessárias ao equilíbrio e harmonia da Humanidade.

O principal meio de modificar para melhor o resultado das nossas ações reside no controle das nossas vontades, pensamentos, palavras e ações, pois à medida que nos conhecemos melhor, reduziremos ou modificaremos as desarmonias de consciência e seremos mais independentes para decidir sobre nosso destino.

Após a desencarnação permanecem os resultados de todas as imperfeições que não conseguimos melhor graduar na vida física. A Lei divina da consciência sobre si mesmo institui que felicidade e desdita sejam reflexos naturais do grau de pureza ou impureza de cada um. A maior felicidade reflete a harmonia com essas leis, enquanto a desatenção aos próprios desejos causa sofrimento e privação de alegria. Portanto, todo crescimento moral alcançado é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.

Toda imperfeição, assim como toda falta dela decorrente, traz consigo o próprio sofrimento, inerente natural e inevitável da Lei “interna”. Assim, a moléstia retifica os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja imposição externa de “punição” ou condenação especial para cada falta ou indivíduo.

Jorge Hessen

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://aboutislam.net/spirituality/raising-yourself-from-humanity-to-spirituality/>. Acesso em: 29JAN2018.

Veja também

Ver mais
15.03.2025

43ª Semana Espírita Suburbana 2021 – Tema Central: “Em Busca da Plenitude do Ser.” – De 15 à 19 de Novembro. Oscar Calmon

Oscar Calmon irá proferir sobre “Em Busca da Plenitude do Ser.” Apresentação Artística: Neudson Pinha às 19h:20 Dia 15 de Novembro (Segunda-feira) às 20h Realização: Conselho Distrital 06: https://www.youtube.com/channel/UCE3oHr1z6_cpgwe--yQdswQ/featured Canais…
15.03.2025

Conversando com os Espíritos: uma releitura sobre doutrinação

Nacleides irá abordar trazer reflexões acerca da "Conversando com os Espíritos: uma releitura sobre doutrinação." Dia 31 de Outubro (Domingo) às 19h Realização: Mente & Consciência: https://www.youtube.com/watch?v=7ydmbzZf3gY Subtemas : 1)…
15.03.2025

Revista Sociedade Espírita Romena – Nº 002 – Junho/2018

Em parceria com a comunidade espírita da Romênia, temos a honra de publicar informações do movimento espírita neste país. Fonte: Bianca Taban, via email In partnership with the spiritist community…
Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá! Como podemos ajudá-lo(a)?