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Colocando lenha na fogueira ou jogando água de amor para apagar o fogo?

fevereiro 8, 2018

E à medida que avançavam noite adentro, espaço afora, o médium, “adormecido”, descreve a viagem: “seguimos por um trilho estreito e escuro!… Oh! Tenho medo, muito medo… Rodrigo e Sérgio amparam-me na excursão, mas sinto receio! Tenho a ideia de que nos achamos em pleno nevoeiro…”

A situação é perfeitamente compreensível: o Espírito de Castro atravessa zonas próximas à Terra, impregnadas da substância mental (piche aerificado, como costumam definir os amigos espirituais) expelida pelas Inteligências encarnadas e a traduzirem os habituais desequilíbrios humanos…

Desejos inferiores, caprichos, ódios, ambições, crimes…

Esse trecho foi extraído do capítulo 15 da obra Estudando a Mediunidade de Martins Peralva, que se baseia no riquíssimo livro Nos Domínios da Mediunidade, ditado por André Luiz ao médium Francisco Cândido Xavier.

Castro, o médium, foi conduzido em desdobramento por dois companheiros da Espiritualidade, Rodrigo e Sérgio para tarefas no mundo astral. O médium era incipiente nesse tipo de trabalho e ficou muito assustado ao deparar-se com o “piche” mental que é expelido por nós, inteligências encarnadas, espíritas ou não. No caso de nós, espíritas, que somos os “milionários da felicidade”, conforme Martins Peralva nessa mesma obra define, por sermos instruídos pela Doutrina Espírita de tudo que precisamos saber para a nossa evolução, ainda assim, nos é tão difícil conter os maus pensamentos e atitudes. Por que somos felizardos por termos as instruções, mas não significa que somos melhores que os outros por isso.

Não é só nessa obra que lemos sobre os efeitos dos maus pensamentos na psicosfera de nosso planeta. E dói muito saber que somos nós que produzimos o tal “piche”. Acredito que já não aceitamos mais contribuir para que essa situação permaneça, estou certa?

Mas a ciência mostra que o nosso cérebro pode ser educado com a força da vontade e disciplina. Emmanuel falava a Chico sobre a importância da disciplina, a perseverança no bem, não alimentando mais o mal.

Se uma pessoa entra em dieta alimentar para perder peso, ela precisa, principalmente nos primeiros dias, ser firme no propósito de não comer certos alimentos e não vai se dirigir a uma confeitaria, o que seria colocar lenha na fogueira. Ela vai é distrair a cabeça em outras atividades, ou seja, jogar água no fogo.

Se uma pessoa é maledicente, percebe-se assim e deseja controlar essa má tendência, ela precisa notar o impulso de criticar de sua mente e evitar dizer a primeira palavra sobre isso. Domar a mente literalmente, quem sabe com reflexões racionais: “O que vou ganhar falando mal? Serei mais poderosa(o)? Vou modificar alguém com críticas e maledicências”? A final, sabemos que não podemos mudar ninguém, só nós mesmos!

O mesmo se aplica à mentira, à enganação. Quem se percebe apreciador de mentiras, deve esforçar-se por falar a verdade, mesmo que doa. O dia que esse alguém começa de fato a modificar-se, as pessoas com quem convive mudarão, o que facilita e acelera a regeneração pois a soma-se aos que buscam a verdade. A união vai fazendo a força.

Jesus nos diz: “vigiai e orai”. Tudo em nossa vida comprova esse grande ensinamento. Temos a árdua tarefa de vigiar o que pensamos e sentimos e transmutar para o bem, com o amor que somos capazes. Sim, temos muito amor escondido dentro de nós. Quando fazemos qualquer coisa com zelo, atenção, paciência e total paz de consciência do que estamos fazendo, estamos agindo com amor. Estamos produzindo água para jogar no fogo dos desejos inferiores, do orgulho, do egoísmo, dos caprichos, das ambições. Se nos entregamos ao desleixo no pensar e agir, estaremos colocando lenha na fogueira, ajudando a engrossar o “piche” de nossa psicosfera.

Lê-se muito pela internet as sugestões de psicólogos, psiquiatras e até médiuns aconselhando as pessoas as fazerem meditação e procurarem viver conscientemente o presente.

Parece algo moderno, mas o nosso Mestre Jesus já havia, há mais de 2000 mil anos atrás, nos ensinado: Assim, pois, não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã, porquanto o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal. (Mateus 9:19)

A nossa mente parece uma metralhadora de palavras, e nos coloca para baixo ou para cima rapidamente. Temos que domá-la, afinal, ela está a serviço de nossa alma, não podemos deixar que ela nos use com suas fofocas e maus pensamentos. Quem manda em nós é o nosso “Eu superior” não o linguarudo do “ego”.

Mas temos que dizer para nossa mente mal educada que agora estamos entrando numa nova era, o que passou, passou. Estão se multiplicando os pensamentos positivos e saudáveis, muitas pessoas estão conseguindo melhorar suas vibrações e somando as forças e a quantidade de “piche” vai diminuindo.

Sabemos que pela Lei da Ação e Reação, ainda estamos recebendo muito lixo que enviamos ao universo, mas por outro lado, o bem está se espalhando discretamente, cada vez mais temos aliados despertando, as forças positivas estão somando-se e gerando o merecimento de melhoras e prosperidade, então, vai chegar um tempo em que o percentual de bem superará o mal. É isso que precisamos ter em mente.

É hora de mudar, de despertar, de jogar água de amor no fogo do mal e não jogar mais lenha na fogueira. Que Deus nos ajude!

Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque elaborada a partir das disponíveis em <https://climateprotection.org/separation-of-oil-and-state-july-11/> e <https://www.drjennybrockis.com/2014/7/21/its-time-to-stop-taking-sides-and-use-whole-brain-thinking/>. Acesso em: 08FEV2018.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Tradutora, mora em Porto Alegre/RS, estudante da Doutrina Espírita, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier como médium.

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