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O Evangelho é Ciência e Religião

outubro 16, 2018

Desde tempos imemoriais, a Ciência procura dedicar suas pesquisas, exclusivamente, ao estudo dos fenômenos pertinentes ao mundo físico, atribuindo à Religião a responsabilidade sobre as questões metafísicas ou espirituais.

Com o avanço científico nos últimos séculos, principalmente no século 19, o divórcio entre a Ciência e a Religião transformou-se em uma verdadeira guerra. Isto porque, a Ciência, apoiada na razão, e superestimando os descobrimentos no campo da matéria, passou a zombar da Religião, que se apoiava em dogmas sem provas e, esta por sua vez, lançava anátemas às conquistas daquela, declarando suas descobertas como contrárias e prejudiciais ao desenvolvimento da Fé.

Dessa posição extremada que tomaram de um ponto de vista exclusivista que defendiam Ciência e Religião, deram ao homem a falsa impressão de serem inconciliáveis em seus propósitos e que os êxitos de uma seriam prejudiciais e contrários aos da outra.

Com o advento da Doutrina Espírita, embora duramente atacada, tanto pela Ciência como pela Religião ditas oficiais, Jesus pode cumprir sua promessa de nos enviar outro Consolador, que chegou no momento mais adequado, trazendo preciosa quantidade de conhecimentos novos, do interesse de ambas, conduzindo em si, o elo de ligação que faltava, para que se entendam e se prestem mútua cooperação.

Foi graças aos conceitos contidos na mensagem do Espiritismo que cientistas e religiosos começaram a verificar que o homem, como criação divina é um Ser complexo, formado de corpo e alma, e que por essa razão, não sofre apenas as influências do meio físico em que vive: o clima, a alimentação, etc., mas também as influências da psicosfera terrena, das entidades espirituais boas ou más, que coabitam este planeta, confirmando o contido na questão 459 de O Livro dos Espíritos, quando o insigne codificador pergunta aos Imortais: “Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?”
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

Sabemos hoje que essas entidades interferem em nosso comportamento em muito maior escala do que se poderia supor, daí a recomendação do Cristo: “orai e vigiai para não cairdes em tentação.” Graças ainda ao Espiritismo, sabe-se, hoje, que o espírito não é apenas uma mera “função” do sistema sensório-nervoso-cerebral, como apregoava a ciência materialista, nem tão pouco uma “centelha” sem forma determinada, incapaz de subsistir por si mesma, como o entendiam as religiões.

O Espiritismo alicerçado pela fé raciocinada ensina que, quanto mais o homem desenvolve suas faculdades intelectuais e aprimora suas percepções espirituais, melhor compreende que o mundo material, esfera de ação da Ciência, e a moral, objeto especulativo da Religião, guardam profundas relações entre si, contribuindo para a perfeita harmonia estabelecida pelas sábias e imutáveis Leis Divinas.

Ciência e Religião são a mesma coisa e, dessa forma, não pode haver, portanto, nenhum conflito entre a verdadeira Ciência e a verdadeira Religião, porque ambas são, expressões da Verdade Maior e precisam apoiar-se mutuamente, de modo que o progresso de uma sirva para fortalecer o da outra e juntas ajudem o homem a realizar o progresso material, moral e espiritual, visando alcançar o glorioso destino para o qual foi criado.

No livro “Emmanuel”, psicografia de Chico Xavier – Cap. II, podemos ler:

“Raças e povos ainda existem, que o desconhecem, porém não ignoram a lei de amor da sua doutrina, porque todos os homens receberam, nas mais remotas plagas do orbe, as irradiações do seu espírito misericordioso, através das palavras inspiradas dos seus mensageiros.
O Evangelho do Divino Mestre ainda encontrará, por algum tempo, a resistência das trevas. A má-fé, a ignorância, a simonia, o império da força conspirará contra ele, mas tempo virá em que a sua ascendência será reconhecida. Nos dias de flagelo e de provações coletivas é para a sua luz eterna que a Humanidade se voltará, tomada de esperança. Então, novamente ouvir-se-ão as palavras benditas do Sermão da Montanha e, através das planícies, dos montes e dos vales, o homem conhecerá o caminho, a verdade, a vida.”

Francisco Rebouças

Nota do autor:
Grifos nossos.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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