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Na rota da doutrina

novembro 9, 2018

“Dá conta de tua administração.”– Jesus. (Lucas, 16:2.)

Aprendemos na Doutrina Espírita que o Centro Espírita é a casa de todos os espíritas sinceros do serviço cristão, e que, por isso mesmo, precisamos atentar para certas atitudes que é preciso vivenciar nos redutos de nossas instituições.

Ainda nos dias de hoje, constatamos algumas ações equivocadas na forma de interpretar, corretamente, as diversas funções que desempenhamos em nossas instituições quando temos contrariados nossos pontos de vista, e aborrecidos passamos a nos comportar como “donos” dos Centros que administramos, deixando bem claro aos antagonistas o velho chavão: “Aqui quem manda sou eu, pois fui eu quem fundou esta casa”.

Atitudes desse tipo não deveriam mais existir em nosso meio e, por essa razão, precisamos meditar com todo cuidado no assunto a fim de entendermos que procedimentos como este, contraria tudo aquilo que a Doutrina Espírita nos preceitua e, como espíritas que nos dizemos ser, precisamos vivenciá-la em seus fundamentos de respeito, caridade e fraternidade uns para com os outros.

É importante combater nossas más inclinações, geradas pelo orgulho que não nos permitem aceitar que alguém possa ter opiniões diferentes da nossa, como se fossemos os donos da verdade e nos deixamos dominar por sentimentos negativos, de um personalismo doentio.

Sem sombra de dúvidas a iniciativa altruísta cristã de construir ou fundar um Centro é elogiável, o que não concordamos, é com a clara ideia de posse, externando o sentimento mesquinho de proprietário da Instituição, como se a Espiritualidade Superior fosse de “nossa exclusividade”.

Em qualquer situação em que somos solicitados a esclarecer algo considerado pelos demais membros como estranhos aos trabalhos orientados pelo conteúdo da Codificação Espírita, apelamos para a condição de “donos do Centro” e, por esse motivo, nossas opiniões devem ser acatadas, e acrescentamos: “quem não estiver satisfeito, que procure outra Casa Espírita”.

Um Grupo Espírita é um templo aberto à prática da Doutrina Espírita, não se resumindo em simples propriedade particular; uma Casa Espírita é, antes de tudo, um complexo educacional onde deve ser ensinados – o amor e o respeito ao semelhante; um complexo hospitalar, onde muitas almas são esclarecidas e atendidas em suas necessidades; uma oficina de trabalho redentor que tem como responsáveis os emissários do Mundo Maior que, com muito amor e responsabilidade trabalham para o Cristo.

Um trabalhador da Seara Espírita, seja quem for, ocupe o cargo que ocupar, deve manter o sentimento elevado, de um verdadeiro seguidor do Cristo, que afirmou: “o maior entre todos é aquele que melhor servir ao seu semelhante”.

Precisa acima de tudo manter o sincero desejo de servir à causa do bem, com desprendimento e humildade, como nos ensina Emmanuel, no livro Vinha de Luz, Cap.59; “Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor!”.

Que a mensagem de Jesus nos dirija os pensamentos, palavras e atos, e nos beneficie com a alegria da união de propósitos de: “amar e servir” cada vez mais e melhor.

Francisco Rebouças

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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