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Conviver para sobreviver

janeiro 4, 2019

A fábula do porco espinho conta-nos que na era glacial os porcos espinhos estavam congelando e precisavam aproximar-se para aquecerem-se uns aos outros. Porém, ao aproximarem-se uns dos outros, espetavam-se com os seus espinhos, mesmo os que exalavam mais calor. Por conta disso, eles se afastaram uns dos outros. Só que muitos morreram congelados, então os sobreviventes decidiram que só lhes restaria aceitar os espinhos uns dos outros para poderem sobreviver.

Na realidade essa é a história de todos nós, principalmente, no ambiente familiar.

A família é o alicerce da sociedade e precisamos aceitar as imperfeições de nossos familiares, pois o perdão e o amor são as metas que precisamos atingir junto a ela, para a nossa própria salvação.

Não adianta fugir do tio impertinente, da irmã neurastênica ou do pai crítico pois, se não houver o perdão e a aceitação nesta vida, poderemos levar muitas vidas até estarmos junto a eles para a reconciliação, que precisa acontecer, cedo ou tarde. Como podemos ver em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Reconciliem-se o mais rápido possível com seus adversários, enquanto estiverem com eles a caminho, para que não ocorra que seus adversários os entreguem ao juiz, e o juiz os entregue ao ministro da justiça, e que sejam enviados à prisão. Em verdade, Eu digo a vocês que não sairão de lá enquanto não pagarem até o último centavo.” (Matheus, 5:25 e 26)

A prisão referida acima são os nossos espinhos, presos no nosso corpo, como o ódio, o rancor, o orgulho, a vaidade e, enquanto não perdoarmos e aceitarmos o próximo, viveremos na prisão do “espetar e ser espetado”.

Inclusive no livro da estudiosa e curadora Norte Americana Barbara Ann Brennam, “Mãos de Luz”, no capítulo 12, ela mostra um esboço das nossas defesas energéticas no nosso campo áurico que ela chama de “porco espinho”, pois a aparência da aura é exatamente como se espinhos saíssem da pessoa. Barbara inclusive relata que em diversas oportunidades em que ela colocava as mãos para a cura da pessoa que não desejava, ela sentia os espinhos perfurando suas mãos.

Numa ocasião, podemos constatar nossos espinhos pessoais quando saíamos de casa aborrecidos após uma discussão com um familiar, momento em que um cãozinho amigo nos olha e começa a latir bravamente contra nós, o que nos surpreendeu, pois estamos acostumados a normalmente receber carinho deles. Nada é por acaso. Sabe-se que alguns animais conseguem até enxergar espíritos. Não foi coincidência a reação do animalzinho no exato momento do acontecido. Foi um grande alerta.

Estamos nesta encarnação para saber que todos temos espinhos, mas que precisamos uns do outros para sobrevivermos, juntos, aprendendo a tolerância uns com os outros.

A sorte é que temos um Pai poderoso sempre conosco. A sorte é que temos o potencial de mudar tudo isso com a nossa força de vontade. Temos o potencial de ser melhor, de esforçarmo-nos, de decidirmos pelo bem, de criar o novo, de aproveitar um dia novinho e passar uma lâmina de amor em todos os nossos espinhos. “Vós sois deuses!”, Jesus nos disse, podemos muito com Ele.

Jesus recebeu no Calvário uma coroa de espinhos dolorosos e cruéis da humanidade assustada e ignorante, mas ele não tinha espinhos, perdoou-nos e pediu perdão ao Pai por nós, e nos deu em troca o Caminho, a Verdade e a Vida. O mínimo que podemos fazer agora é seguir o Seu exemplo.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Tradutora, mora em Porto Alegre/RS, estudante da Doutrina Espírita, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier como médium.

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