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Uso da palavra

janeiro 18, 2019

Instrumento de alto significado é o verbo que faculta a comunicação e a convivência entre as criaturas.

Jesus, o excelso Mestre, abrindo a boca enunciou as mais belas palavras jamais ouvidas na Terra.

Tomou de um grão de mostarda, insignificante, e transformou-o num poema de singeleza, num hino de referência à fé.

Num entardecer inesquecível, num monte bordado de Sol poente, compôs a mais harmoniosa ode à bem-aventurança, alterando a estrutura do pensamento sociopsicológico e comportamental da Humanidade.

Esse poema clássico modificou os sentimentos humanos e rompeu a cortina de sombras dos preconceitos do passado, enquanto exaltou os humilhados e perseguidos, os abandonados e esquecidos, os esfaimados e infelizes em geral, oferecendo-lhes a herança da paz e a fortuna do reino dos céus.

Não, porém, a todos, pois que existem aqueles rebeldes e vingativos que se não dispõem à transformação moral para melhor, ao aproveitarem a nobre provação.

Com o brilho de cada palavra compôs as novas de alegrias que permanecem como o roteiro mais seguro para a vivência da plenitude.

Utilizou-se das paisagens iridescentes e das coisas comuns, corriqueiras, para construir a sinfonia do Evangelho que ainda comove a sociedade terrestre.

Viveu a paz em todos os instantes e não aceitou as infelizes discussões dos hábeis insensatos dominadores de vidas e de consciências.

Cada vez que enunciava a palavra havia um objetivo nobre antes não conhecido e, sem censurar, corrigia os equivocados e desculpava a ignorância em predomínio.

Os Seus silêncios enriqueciam de paz e de reflexão aqueles que O acompanhavam.

Até hoje o Seu verbo sublime vem merecendo cuidados e análises para se transformar em terapia valiosa para os enfermos do mundo.

Arrebanhou multidões com palavras simples aureoladas de amor e todos quantos as ouviram, se não lograram penetrar-se do seu conteúdo vêm reencarnando sob a musicalidade Divina dos Seus conceitos, que tornam a sociedade melhor.

Nunca Lhe puderam imputar a pronúncia de uma palavra perversa ou venenosa, vulgar ou degradante.

Todas eram elaboradas com o suave perfume da compaixão e do entendimento.

Toma-O como exemplo, silenciando quando não possas ajudar ou enunciando-a somente para socorrer.

Oradores exaltados e escritores enfermos, dominados pelo pessimismo, têm-se utilizado da palavra para malsinar, atormentar, promover o ódio e a perseguição, fomentar as guerras vergonhosas.

Alguns são responsáveis por crimes hediondos, como consequência da mensagem belicosa e agressiva. Outros dizimaram vítimas incontáveis com as suas inflamadas dissertações. Diversos deixaram uma herança maldita de preconceitos e horrores, exteriorizando os conflitos que os martirizaram, feridos pela inveja da pureza, da ingenuidade, dos valores éticos.

Celebrizaram-se no mundo, que detestavam, enquanto se locupletavam com o lucro das suas assertivas venenosas e amargas…

Arrependidos, após o despertar no Além-Túmulo, rogam em padecimentos quase insuportáveis, o mergulho nos tecidos da miséria orgânica ou social, econômica, na mudez ou surdez, a fim de resgatarem os crimes, impossibilitados de pensar, no presídio carnal em que se encontram.

A palavra é neutra na sua estrutura linguística. O uso que dela se faz, dá-lhe sentido libertador e feliz ou torna-a ácido destrutivo que arde no íntimo daquele que a expressa.

Tem cuidado com a palavra.

Reflexiona em torno dos conceitos que emitas, evitando que as paixões inferiores ocupem o espaço verbal, denegrindo ou levando suspeitas em relação aos outros ou a qualquer tema. Se não conheces o assunto, silencia e ouve. Se tens um conceito a seu respeito, mantém-te sereno e não o expresses, especialmente se é portador de conflitos e de acusações, de propósitos infelizes que mais perturbam do que ajudam.

Aprende a usá-la para a edificação do Bem e da Verdade.

Os comentários infelizes e difamadores que fazes, complicam-te o futuro espiritual em razão do prejuízo que promove.

Altera a tua óptica verbal, usando as tuas expressões com piedade e respeito pelo outro.

Se não puderes ajudar, não perturbes, nem cries animosidade contra o teu próximo.

Com uma palavra levanta o ânimo de alguém alquebrado, ilumina uma consciência obscurecida, facilita a movimentação de outrem paralisado.

O que comentas com censura não é com certeza conforme vês e reprochas com acrimônia.

De acordo com o teu estágio evolutivo depreendes o que se passa a tua volta, o que não significa seja isso a realidade.

A maledicência é virose terrível que envilece as vidas.

Seja tua a palavra de bondade, que intercede a favor, que ampara e ergue o ser infeliz às culminâncias da sua jornada.

Jesus e Suas palavras!

Medita nos Seus ditos e feitos, imunizando-te contra o mal que ainda se demora em ti, transformando-o em compaixão e solidariedade.

Ninguém na Terra incorruptível.

Somente Ele o conseguiu.

Faze tuas as palavras d’Ele e torna-te bem-aventurado também.

Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 23 de dezembro de 2015,
no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

Divaldo Pereira Franco
Divaldo Pereira Franco

Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil, reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade, fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

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