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Frutos amargos do mau procedimento

janeiro 11, 2020

É freqüente em nossa mídia a divulgação de notícias retratando atitudes inconvenientes e até mesmo indecorosas e inadmissíveis, que bem retratam o nível sofrível de moralidade e ética dos indivíduos que constituem a humanidade do nosso planeta.

Esse comportamento desregrado, desrespeitoso, e até mesmo imoral das pessoas, que se repete há milênios, levou Allan Kardec a formular aos Imortais da Vida maior, a questão constante de O livro dos Espíritos, conforme segue:

634. Por que está o mal na natureza das coisas? Falo do mal moral. Não podia Deus ter criado a Humanidade em melhores condições?

“Já te dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes (115). Deus deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o caminho mau: mais longa será sua peregrinação. Se não existissem montanhas, não compreenderia o homem que se pode subir e descer; se não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros. É preciso que o Espírito ganhe experiência; é preciso, portanto, que conheça o bem e o mau.

Eis por que se une ao corpo.” (119) (1)

Podemos deduzir das respostas dos Imortais, que somos Espíritos passando por experiências reencarnatórias para o desenvolvimento de nossas potencialidades nas diversas experiências que a vida nos propõe, e que, na grande maioria das vezes, tomamos atitudes contrárias às Leis Divinas sábias e harmônicas que regem o universo. O homem encarnado esquece ou pouca importância dá ao fato de que os anos de vida passados no corpo físico, são limitados, e que em verdade somos Espíritos imortais em busca da felicidade e da perfeição relativa.

123. Por que há Deus permitido que os Espíritos possam tomar o caminho do mal?

“Como ousais pedir a Deus contas de Seus atos? Supondes poder penetrar-lhe os desígnios? Podeis, todavia, dizer o seguinte: A sabedoria de Deus está na liberdade de escolher que Ele deixa a cada um, porquanto, assim, cada um tem o mérito de suas obras.” (2)

Neste processo de crescimento, temos a bênção do livre-arbítrio para fazer escolhas, o que normalmente utilizamos para saciar os mais diversos impulsos instintivos. Somos ainda Espíritos reencarnados que ainda não acordamos para a verdadeira finalidade da vida, que é a reforma íntima, a busca de nosso crescimento intelectual, moral e espiritual e preferimos satisfazer-nos nos diversos tipos de vícios que se prestam tão somente a saciar nossos instintos e sensações animalizadas; para isso, muitos se drogam, roubam, matam, tornam-se extremamente violentos na sociedade e até mesmo no lar.

O resultado desse procedimento doentio se reflete na vida de todos nós, causando a falta de esperança, de paz, o crescimento da revolta que se estabelece, e nos faz pensar que o futuro será cada vez mais sombrio, sem perspectivas de melhorias, então perguntamos: Essa situação terá solução?

É claro que não estamos à deriva no mar revolto da ignorância e do mal, o Senhor da vida está no Leme de nossa destinação, dando-nos a oportunidade de construir por nós mesmos a felicidade que desejamos desfrutar.

O Espírito Emmanuel nos lembra dessa ajuda Celeste:

“Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal…

Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia. Em suma, é muito doce escutar o vinde a mim…

Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?” (3).

As “conseqüências do mau procedimento” são justamente as dificuldades, que atravessamos na atualidade, causando-nos as dores e sofrimentos com todo conjunto de artimanhas das trevas, que prevalecerá em nossas vidas se não tomarmos imediatas providências, de seguir os ensinamentos daquele que os espíritos nos apresentaram como Modelo e Guia, a ser seguido por todos nós.

“Todos vós podeis dar. Qualquer que seja a classe a que pertençais, de alguma coisa dispondes que podeis dividir. Seja o que for que Deus vos haja outorgado, uma parte do que ele vos deu deveis àquele que carece do necessário, porquanto, em seu lugar, muito gostaríeis que outro dividisse convosco. Os vossos tesouros da Terra serão um pouco menores; contudo, os vossos tesouros do céu ficarão acrescidos. Lá colhereis pelo cêntuplo o que houverdes semeado em benefícios neste mundo. – João. (Bordéus, 1861.)”  (4)

Francisco Rebouças

Referências:
1) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 66. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987.
2) Idem.
3) Xavier, Francisco Cândido. Livro Fonte Viva, FEB, 12ª edição, cap. 5.
4) KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112ª edição, cap. VIII, item16.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.heraldsun.com.au/news/news-story/69494cea9a7b709192657d8ad2e84330>. Acesso em: 11JAN2020.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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