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Tendências 

julho 9, 2020

 

No uso equilibrado do livre-arbítrio  

está a oportunidade de resgate dos débitos 

 

“Desde agora ninguém me moleste, porque 

trago no corpo as marcas do Senhor Jesus.” 

  • Paulo.  (Gálatas, 6:17). 

 

Vindos do Plano Espiritual em imersão no corpo somático, trazemos, qual alfaias, todo um universo de acervos e atavismos engastados em nosso caráter, e essas características pessoais assumem papel preponderante em nosso “modus-vivendi”, já que são heranças forjadas no cadinho esfogueante de nossas experiências registradas no Self. 

 

Cumpre-nos, então, examiná-las com atenção e carinho, pois assomam em nossa personalidade sob a forma de tendências. 

 

O estudo maduro e imparcial de nossas tendências cobrem a aparente “desvantagem” do esquecimento do passado tão sábia e utilmente obnubilado pelas Leis Divinas, pela bondade do Pai Celestial que deseja o ressarcimento dos débitos escabrosos sem a humilhação do devedor. 

 

Através da análise de nossas inclinações, aquelas que talvez sejam apenas do nosso conhecimento, vamos tecendo a intricada malha do nosso presente utilizando os fios do passado com benéficas projeções para o futuro. 

 

Dessa forma, simultaneamente, no uso equilibrado do livre-arbítrio, temos a abendiçoada oportunidade de resgatar nossos débitos utilizando-nos dos recursos fornecidos pela resignação face aos ditames da Lei de Causa e Efeito, e a construir um porvir ditoso, através de projetos voltados exclusivamente para o Bem. 

 

Jesus, o Meigo Pastor de nossas almas, ao esparzir Sua Luz, endereçou-nos uma centelha.  O que fizemos dela?! 

 

Os Espíritas já não temos o raciocínio sufocado pela ignorância e, como muito será solicitado a quem muito recebeu, cumpre-nos adotar medidas e atitudes coerentes com os postulados espiritistas-cristãos que já assimilamos… 

 

A Doutrina Espírita luariza os mais íntimos refolhos da mente, agindo mesmo na profundidade do Espírito Imperecível, com os esclarecimentos necessários à nossa evolução. 

 

A par do rigoroso exame de nossas tendências mais íntimas e inconfessáveis, adotemos medidas saneadoras de forma a erradicar de nosso ser tudo aquilo que nos possa reter no pântano das vibrações malsãs. E dentre tais medidas, destaca-se a registrada em “O Livro dos Espíritos”, na questão nº. 919-a que Stº. Agostinho tão bem elucidou em corroboração ao velho axioma do sábio grego Sólon, tornado conhecido por Sócrates: conhece-te a ti mesmo”. 

 

Assim, aos poucos vamos fazendo a parte que nos toca no grande concerto do autoaperfeiçoamento, impossibilitando que o remorso pela perda das boas oportunidades venha a calcinar nossa Alma quando nos transferirmos para o Mundo Maior e estaremos aptos a colher os frutos sazonados de nossa sementeira oportuna e feliz, cambiando as antigas marcas perispirituais pelas marcas do Senhor Jesus, como o fez o grande e inesquecível Doutor Tarsence. 

 

Rogério Coelho

 

 

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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