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Aprenda, conviva e cresça em paz

agosto 26, 2020

A paz do coração é a única felicidade real deste mundo
“Disse-lhe, pois, Jesus, outra vez: paz seja convosco!”
– João, 20:21.

Não sem motivo, o nosso Divaldo Franco percebeu a necessidade da criação de um movimento cujo foco fosse a paz.

Tantas vezes repetiu o Mestre a palavra paz que se faz necessário aprofundar nossa atenção neste importante detalhe…

A criatura que não constrói e preserva a sua paz interior, não oferece canais intuitivos desobstruídos para a circulação das benesses dos Benfeitores Espirituais e oferece uma enorme resistência a tudo que a pode elevar espiritualmente…

O indivíduo “aflito e afadigado com muitas coisas”(1) não se permite espaço mental para elucubrações de ordem transcendental, distanciando-se, dessa forma, dos superiores endereços do Mundo Maior e da “única coisa necessária” que é o seu crescimento espiritual. Afinal, para isso reencarnamos.

Bläise Pascal chegava a irritar-se com a negligência votada pela humanidade às “coisas do Pai” que ainda hoje dá preferência às “de César” em detrimento das primeiras.

Mas, e quando os inquietos passam a interessar-se? A resposta está a cargo de Emmanuel que ensina (2): “muita gente inquieta, examinando o intercâmbio entre os novos discípulos do Evangelho e os desencarnados, interroga ansiosamente pelas possibilidades da colaboração espiritual, junto às atividades humanas.

Por que razão os emissários do invisível não proporcionam descobertas sensacionais ao mundo? Por que não revelam processos de cura das moléstias que desafiam a Ciência? Como não evitam o doloroso choque entre as nações!?

Tais investigadores, distanciados das noções de justiça, não compreendem que será terrível furtar ao homem os elementos de trabalho, resgate e elevação. Aborrecem-se, comumente, com as reiteradas e afetuosas recomendações de paz das comunicações de além-túmulo, porque ainda não se harmonizaram com o Cristo.

Vejamos o Mestre com os discípulos, quando voltava a confortá-los, do plano espiritual: não Lhe observamos na palavra qualquer recado torturante; não estabelece a menor expressão de sensacionalismo; não Se adianta em conceitos de revelação supernatural… Jesus demonstra-lhes a sobrevivência e deseja-lhes paz.

Será isso insuficiente para a alma sincera que procura a integração com a vida mais alta? Não envolverá em si grande responsabilidade o fato de reconhecerdes a continuação da existência, além da morte, na certeza de que haverá exame dos compromissos individuais?

Trabalhar e sofrer constituem processos lógicos do aperfeiçoamento e da ascensão. E que atendamos a esses imperativos da Lei com bastante paz, é o desejo amoroso e puro de Jesus. Esforcemo-nos por entender semelhantes verdades, pois existem numerosos aprendizes aguardando os grandes sinais, como os preguiçosos que respiram à sombra, à espera do fogo-fátuo do menor esforço.”

Com muita lógica Allan Kardec explica(3): “não é a eles, decerto, que se aplicam estas palavras de Jesus: “bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”, visto que as suas preocupações não são aquelas que têm no Céu as compensações merecidas.

O homem como que de intento, cria para si tormentos que está em suas mãos evitar. Ele se encontra ávido de tudo que o agitará e turbará, ao invés de procurar a única felicidade real neste mundo: a paz do coração!”

É ainda Emmanuel (4) quem afirma ser “(…) útil o homem observar o Planeta como sua imensa escola de trabalho; e todos nós, perante a grandeza universal, devemos reconhecer a nossa condição de seres humildes, necessitados de aprimoramento e iluminação.

Dentro de nossa pequenez, sucumbiríamos de fome espiritual, estacionados na sombra da ignorância, não fosse essa Videira da Verdade e do Amor que o Supremo Senhor nos concedeu em Jesus Cristo”.

Para aqueles que querem conviver, aprender e crescer em paz, complementa o nobre Espírito Marco Prisco (5): “Observando a onda avassaladora do materialismo, não se rebele. Demonstre a sua convicção, cristã e espírita, de modo a sensibilizar os que não têm fé. Não censure a indiferença alheia. Aqueça o próximo com o ardor de sua crença. Considerando o desequilíbrio que assoma em toda parte, não se revolte. Aja com serenidade, facultando que outros o acompanhem.

Sob a massa de sombras morais que dominam a paisagem humana, não agrida como fazem os outros. Acenda a luz da esperança onde quer que se encontre. Vitimado pela insensatez dos atormentados que transitam na alucinação, não reaja. Conserve a calma e atue com acerto. Desprezado pela astúcia dos que se acreditam plenos e prepotentes, não revide com azedume. Dê oportunidade ao outro para que o conheça melhor.

Atendido pela certeza da sobrevivência da Alma, seja tolerante com os que padecem dúvidas ou sofrem de hipertrofia da fé, adiando o momento das reflexões superiores. Mais eficientes do que quaisquer discussões intelectuais, os atos dizem do valor da filosofia que cada um abraça.

Preconize paz e viva em paz com você mesmo e com todos”, consciente de que a paz do Meigo Rabi é bem diferente e incomparavelmente melhor do que a “paz” que o mundo dá.

Rogério Coelho

Referências:
(1) Lc., 10:41;
(2) XAVIER, F. Cândido. Caminho Verdade e Vida. 26.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, cap. 53;
(3) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. V, item 23;
(4) XAVIER, F. Cândido. Caminho verdade e vida. 26.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, cap. 54; e
(5) FRANCO, Divaldo. Luz viva. Salvador: LEAL, 1985, cap.13.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em < https://www.salvatorianas.org.br/blog/mensagem-do-papa-francisco-para-o-dia-mundial-da-paz-2020/>. Acesso em: 25AGO2020.

 

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Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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