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Consideremos o Natal de Jesus

dezembro 23, 2020

“Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa vontade para com os Homens”.
Lucas 2:14.

Segundo a tradição, as legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o nascimento de Jesus, não
ditavam qualquer norma do reajuste humano pela violência.

Consideremos as afirmações.

Glória a Deu nas alturas, para afirmar que a grandeza Divina expressava-se na maravilha
incomensurável do Universo.
Paz na Terra.

Essa paz somente será possível com a vivência individual e coletiva da justiça e da solidariedade
emolduradas pela fraternidade.

Boa vontade para com os Homens.

A boa vontade, o exercício de querer o melhor para si e para o outro no plano vertical da
individualidade ou no plano horizontal da coletividade.

Deus, em seu Divino Plano, propondo a nova era de construção da paz, da tranquilidade e da
segurança ao mundo, não enviava seu representante investido de poderes dominadores e
destruidores.

Seu Mensageiro Renovador trazia outras propostas.

Não propunha o castigo eterno ao rico avarento.

Nem abandono ao pobre desesperado.

Nem dominação dos fracos.

Nem condenação permanente àqueles que se entregaram ao erro.

Nem hostilidade, mas contenção aos autoritários dominadores e exploradores.

Nem anátema aos que servem a interesses inescrupulosos.

Trazia suas leis pelas palavras e atos de Jesus reavivando os valores da ética e justiça.

A justiça humana do “olho por olho” e do “dente por dente” seria transformada na justiça que
embasa o amor encartado no bem real.

No presépio simbólico homens e animais contemplam e vivem a mensagem de união entre todos. O
respeito à natureza e à convivência da autoridade com o povo.

Aquele inesquecível momento assinalaria ao planeta Terra a necessidade indeclinável da igualdade
e da solidariedade a se efetivar na humanidade, a caminho de um Novo Tempo, com novos valores.

O dominador seria considerado alguém tresloucado pelo egoísmo e orgulho a ser contido e educado
pelas forças do Bem.

O inimigo seria visto como irmão transviado necessitado de contenção, compreensão e educação.

O criminoso passaria à condição sociopata carente de reajustes psicológicos e éticos em específico
processo educacional.

À vista dos seus ensinamentos, em sermões e parábolas, revolucionando entendimentos, Roma,
gradativamente, extinguiria os saques bélicos e as matanças de animais e humanos nos circos do
horror.

Influenciando outros povos, como em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela
crueldade dos senhores.

Em Jerusalém, os enfermos não sofreriam mais relegados ao abandono nos vales da expulsão
impiedosa.

Sim, por suas palavras e atos Jesus trazia consigo a missiva da verdadeira fraternidade, vivendo-a da
manjedoura de palha à ensanguentada cruz da ignorância, propondo sempre a Justiça e o Amor
solidário.

Por isso, no simbolismo do nascimento de Jesus, saibamos encontrar o nascimento imperecível da
Justiça, do Amor e da Fraternidade.

Que em todos os dias, em nosso pensar e agir, Jesus continue nascer na manjedoura do viver, de
cada um e de todos, para o mundo de paz e harmonia.

Aylton Paiva

Nota do editor:
Imagem ilustrativa em destaque disponível em <https://www.verdadeluz.com.br/wp-content/uploads/2014/11/natal-esp%C3%ADrita-2.jpg>. Acesso em: 23DEZ2020.

Aylton Paiva
Aylton Paiva

Cooperador na Casa dos Espíritas, em Lins, interior de SP, estudioso do Espiritismo e desejoso de aplicar sua Filosofia na própria vida, além de Esperantista.

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