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Encosto

fevereiro 13, 2021

Existe mesmo aquilo que o povo chama de encosto?

O termo é bem popular, mas tem a sua razão de ser. Significaria a presença de um Espírito junto a uma pessoa, passando a esta sensações ou pensamentos ruins. O fato é possível e mais comum do que se possa pensar.

Allan Kardec perguntou se os Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos e a resposta dos instrutores espirituais foi: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem” (O Livro dos Espíritos, questão 459).

Devemos considerar, primeiro, que a nossa essência é espiritual, ou seja, nós somos uma alma encarnada num corpo de carne e retornamos à Espiritualidade após a sua morte. Só não acreditam nisso os materialistas, para os quais a morte é o fim de tudo. As religiões divergem apenas nos detalhes.

A morte alcança somente o corpo físico, cuja matéria se decompõe e retorna à natureza. O Espírito continua sendo o mesmo, com seus pensamentos, personalidade e sentimentos, mantendo sua individualidade graças ao períspirito, um corpo de natureza fluídica, cuja aparência é semelhante à do corpo material.

Libertando-se do corpo, passa o Espírito a viver numa outra dimensão, que não é visível ao comum dos homens. Se as condições pessoais do Espírito forem boas, será ele amparado na hora da morte e conduzido a cidades espirituais, para prosseguir aprendendo, trabalhando e se relacionando.

Porém, Espíritos inferiores, presos às paixões materiais, não permitem socorro e permanecem em variadas situações na crosta do planeta ou em regiões que chamamos de umbral.

Muitos, face à continuidade das suas necessidades e sensações, não percebem ou não acreditam que a morte tenha chegado, imaginando-se em pesadelo ou loucura, porquanto não conseguem mais fazer as mesmas coisas e ninguém mais lhe dá atenção.

Outros, cientes da desencarnação, mas desorientados ou rebeldes, buscam o conforto na convivência com as pessoas que amam, como amigos e familiares; procuram se satisfazer ligando-se a desconhecidos com os mesmos vícios ou paixões; ou, por outro lado, se odeiam, buscam os inimigos para a desforra, estabelecendo processos de obsessão.

De qualquer forma, porque tudo é vibração, permutam, com os encarnados que sintonizam, os seus pensamentos, emoções e sensações. Assim, por exemplo, um Espírito que tenha desencarnado com problemas respiratórios, enquanto não desperta para a realidade espiritual continuará sentindo a dificuldade de respirar; agora, se ele se aproximar de um encarnado, é possível que este venha a sentir o mesmo mal-estar, sem que na verdade tenha qualquer problema físico.

Isso só ocorre se o encarnado estiver em baixa vibração, ou seja, com pensamentos e atitudes negativos, como tristeza, mágoa, rancor, ódio, revolta, etc. Afastada a causa espiritual, o encarnado retoma a sua condição de saúde.

Daí a importância de conhecermos os ensinamentos espirituais e, em especial, de vivenciarmos o Evangelho de Jesus, para que “encostem” em nós apenas os Espíritos bons, em condições de nos amparar nesta vida.

Donizete Pinheiro

Nota do autor:
Do livro Respostas Espíritas

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.mensagemespirita.com.br/md>. Acesso em: 13FEV2021.

Donizete Aparecido Pinheiro da Silveira
Donizete Aparecido Pinheiro da Silveira

Escritor, editor do periódico Ação Espírita, diretor de doutrina do Grupo Espírita Jesus de Nazaré, em Marília, SP.

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