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Aplicação do “RAE” na Casa Espírita

setembro 29, 2021

Segundo novo levantamento realizado este ano de 2021, o número de suicídios no mundo é de 1 para cada 45 segundos. Em se comparando com o último censo, de 2014, houve uma redução no número de suicídios em termos globais. Esta queda se deve aos intensos e inúmeros trabalhos que vêm sendo realizados por diversas instituições, além do aprimoramento das técnicas de tratamento aos que sofrem de transtornos mentais.

O Espiritismo e, de uma forma mais prática, as casas espíritas podem também dar grande parcela de contribuição para que os números de suicídios se reduzam ainda mais.

Entretanto, para que as casas espíritas cumpram o papel de agentes de proteção no que se refere ao suicídio, é preciso que preparem os seus colaboradores para atender com qualidade quem chega à casa espírita, utilizando todo o potencial que as ferramentas trazidas pelo Espiritismo oferecem, até porque o conhecimento por ele mesmo não modifica absolutamente nada, as modificações são, sempre, em decorrência da boa aplicação que se faz do conhecimento adquirido.

Portanto, se bem utilizado, o Espiritismo pode ser um grande ponto de apoio a ajudar pessoas que têm a ideação suicida.

Há muitos anos trabalhando no tema delicado e complexo que é o suicídio, aprendi, neste processo, que devemos saber utilizar as ferramentas que a Doutrina Espírita nos oferece, da forma mais adequada possível.

E eis que falamos hoje sobre a técnica do R. A. E. (Recepcionar, Acolher e Escutar) que as casas espíritas podem colocar em prática.

Diante do contingente de pessoas necessitadas de um alento em face das dificuldades existenciais, a casa espírita deve promover uma boa recepção no sentido literal da palavra. Receber as pessoas com carinho, atenção, como por exemplo, deixar algum voluntário na porta da casa saudando quem chega, entregando mensagens, observando se pode ser útil e fornecendo informações sobre o funcionamento do Centro Espírita, horários de atendimento e trabalhos realizados etc.

Acolher vem após e é uma consequência do “bem recepcionar”, significa transformar o ambiente da casa espírita num local em que a fraternidade impera, sem julgamentos, ou tampouco de olhar o outro de cima para baixo com a postura de sentir-se melhor, por estar, naquele momento, em condições de fornecer algum tipo de ajuda.

E, por último a chamada escuta ativa que, de fato, conecta-se no universo do outro, escutando suas dores, dificuldades, alegrias e tudo o mais que queira trazer para a conversa. A escuta ativa é atenciosa e sensível, não corta o momento de desabafo do outro e não dá “lições de moral”, sendo apenas e tão somente um momento de escutar o outro e estabelecer pontes de confiança entre quem está necessitado e seu ouvinte.

Ao aplicar a ferramenta “RAE” na condução dos trabalhos na casa espírita o dirigente optará por boas práticas que são, sem dúvidas, uma poderosa ferramenta de proteção no auxílio àqueles que estão passando pela fase da ideação suicida e tantos outros desafios que experimenta o ser encarnado neste planeta.

Wellington Balbo

Nota do editor:

Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://tvmundomaior.com.br/tarefeiros-na-casa-espirita-qual-e-a-grandeza-nesse-trabalho/>. Acesso em: 28SET2021

Wellington Balbo
Wellington Balbo

Professor universitário, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática, Escritor e Palestrante Espírita com seis livros publicados: Lições da História Humana; Reflexões sobre o mundo contemporâneo; Espiritismo atual e educador; Memórias do Holocausto (participação especial); Arena de Conflitos (em parceria com Orson Peter Carrara); Quem semeia ventos... (em parceria com Arlindo Rodrigues).

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