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Experimentando o morrer

dezembro 3, 2021

Foi durante a execução de uma atividade profissional, na área da eletricidade, que José (1) teve uma experiência notável no campo do espírito.

Em certo momento, quando manuseava os cabos ligados e, diga-se de passagem, sem o devido uso da proteção de segurança, em um movimento brusco e, como que por instinto, a mão esquerda de José prendeu-se a uma ponta desencapada de um dos cabos energizados.

A reação imediata dos nervos e músculos de José diante da circulação da energia elétrica foi a contração e a consequente paralisação, não sendo possível a abertura de sua mão para soltar o cabo.

Nos segundos que se seguiram, a mente de José continuava raciocinando, clara e objetivamente, sobre toda a situação. O que tivera acontecido, o que estava acontecendo, qual era a necessidade de ação e qual seria a consequência última: a morte física. Percebia-se também a movimentação e o desespero de seus companheiros de trabalho e suas buscas para interromper o processo.

José conseguia pensar nas consequências profissionais, no lar, na família e tudo isso quase que ao mesmo tempo.

Sua consciência estava dilatada de uma forma nunca dantes experimentada.

O caminho de José apontava para seu desencarne.

A pele queimava-se em contato com as partes metálicas, sem que a dor fosse percebida, mas seu corpo não reagia aos comandos da mente.

Durante aqueles poucos segundos a dualidade corpo e espírito ficara evidente e que quanto mais o corpo se quedava paralisado, em consequência do choque elétrico, mais o espírito ficava liberto da vestimenta da carne.

De repente, como que saindo do nada, um insight e um impulso de ação fez com que seu corpo caísse, fazendo com que o cabo permanecesse preso onde estava, cortando a circulação de energia e interrompendo o caos físico.

Não havia chegado a hora de seu desencarne, todavia, tal situação permitiu-o aprender, de forma prática, o que a Doutrina Espírita explica sobejamente, estabelecendo-se a convicção da imortalidade em sua consciência, de modo que José pode, hoje, fazer coro com Emmanuel, quando no livro O Consolador (2), o Grande Benfeitor nos esclarece sobre a fé dizendo-nos que esta não é uma questão de dizer “eu creio”, e sim, “eu sei”.

Nesta experiência real, onde o protagonista viveu momentos dramáticos em um acidente de trabalho, ficam, meus irmãos, dois ensinamentos: a necessidade do cuidado com nosso corpo, e para isso o uso de equipamentos e ferramentas de segurança é imprescindível; e, como explica a Doutrina Espírita, o espírito só se liberta definitivamente com a morte do corpo, e quando ainda não é nossa hora de desencarnar, o desencarne não ocorre.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Notas/Referências Bibliográficas:
(1) José é nome fictício;
(2) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, Pergunta 354.

Nota do Editor:
Texto publicado na Agenda Espírita Brasil em 10JUL2015.
Imagem em destaque disponível em <https://www.fatosdesconhecidos.com.br/5-pessoas-que-morreram-e-voltaram-viver-e-o-que-elas-descobriram/>. Acesso em 03DEZ2021.

Antônio Carlos Navarro
Antônio Carlos Navarro

Estudioso e palestrante espírita. Trabalhador do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto - SP

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