676 visualizações

Problema e solução

agosto 5, 2022

Em qualquer situação, busca Jesus e Sua inspiração

“(…) Acende a claridade do Evangelho no lar e ama a tua
família-problema,  exercitando humildade e resignação”.
Joanna de Ângelis (1)

Os Espíritos Superiores conhecem – sobejamente – nossas limitações e dificuldades, vez que eles não se encontram indiferentes ante as vicissitudes que enfrentamos no carreiro evolutivo, e empreendem todos os esforços, movimentando o auxílio possível para minimizar nossas agruras e percalços.  E fazem-no de maneira mais efetiva em favor das criaturas que se “esforçam para domar as suas inclinações más e trabalham com perseverança em favor da própria transformação moral”. 

De profundos exames nos proscênios de dores terrestres, Joanna de Ângelis conclui, com sabedoria (2): “(…) vives momentos difíceis nos teus relacionamentos domésticos… A irritação toma conta da tua conduta e sentes que as afeições, que antes te exornavam o Espírito, não passam de cansaço e aborrecimento. As pessoas se te parecem estranhas ou desagradáveis, egoístas ou indiferentes aos teus problemas. A falta de conversação harmônica, em razão da bulha no lar, produzida pela televisão e pelo rádio, convocando cada membro da família a um interesse pessoal distante do coletivo, tem sido responsável pela tua fuga para o pessimismo e o desinteresse de trocar opiniões, discutir temas edificantes e conviver agradavelmente. Questões de pequena monta, que um pouco de atenção e de diálogo franco poderiam resolver, avolumam-se e se tornam motivo de afastamento dentro de casa, produzindo muralhas entre as pessoas.

Desamados, os filhos procuram convivências mais compatíveis com a sua necessidade de afirmação, quase sempre tombando em mãos violentas ou criminosas, que os levam ao álcool, ao tabaco, às drogas, ao sexo irresponsável…

A família se destrói e é acusada de irresponsável, como se fosse uma instituição que a si mesma se constrói, e não o resultado do grupamento de pessoas que a formam.

O que antes era decidido no lar, no conselho familiar, agora é transferido para profissionais especializados, encarregados de dirimir problemas e estudar dificuldades, sem um conhecimento profundo de cada caso, exceto pelo que lhe é relatado com a quota de emoção e de paixão do narrador, igualmente preocupados com os próprios problemas e com os lucros que lhe podem resultar do trabalho a que se dedicam.

A sabedoria da convivência doméstica foi substituída pela argúcia e habilidade de outras pessoas que se transformam em conselheiras das causas alheias, que sempre procuram fórmulas fáceis ou soluções apressadas, sugerindo, não poucas vezes, condutas extemporâneas, que deixam dilacerados os sentimentos dos seus companheiros ou familiares. Portanto, torna-se urgente e necessário o retorno ao ninho doméstico em condições vivas e emocionais, sem o patrulhamento dos modernos instrumentos da telecomunicação, muito preciosos, porém, com os limites e perigos de que se revestem. 

Nada mais positivo do que o contato direto, pessoal, rico de emoções, que muitas vezes também se transforma em problema e perigo nas relações.  Entanto, o afastamento das pessoas, umas das outras, a busca romântica e sonhadora de seres especiais, angélicos ou nobres, tem gerado dramas existenciais muito graves para os indivíduos, assim como para a sociedade como um todo.

Convive pessoalmente com as demais criaturas, sentindo-as de perto, interrelacionando-te com estima e confiança, oferecendo crédito de bondade para com elas.

Necessitas de amigos próximos, fisicamente presentes, que te conheçam e a quem conheças.  Eles também necessitam de ti.  Trata-se de um intercâmbio vigoroso e humano, espiritual e atuante.

Diante dos problemas existenciais que te assaltam, recolhe-te à meditação, busca o Evangelho e reflete nas suas lições, tomando as atitudes que não perturbem o teu próximo nem a ti mesmo aflijam. Quando se ora e se procura a melhor resposta, ela sempre chega, emergindo do inconsciente, inspirada pelos Bons Espíritos ou resultante dos sentimentos bons que a elaboram. Não te transfiras de um para outro problema, sem os resolver com serenidade, evitando ouvir todas as pessoas que se te acercam e a quem pedes conselhos e orientações. Se não conhecerem a profundidade dos teus desafios existenciais, menos identificações possuem aqueles que não estão envolvidos.

Assim, aprende a pensar antes de agir, para que o faças corretamente.  E se buscares a ajuda de um profissional nessa área, reflexiona em torno da sua opinião e diretriz, evitando seguir a sua orientação apenas porque se trata de uma pessoa que reconheces como capacitada. Em qualquer situação, busca Jesus e Sua inspiração, e não te faltarão os recursos para tornar mais amena e feliz a tua existência.          

Rogério Coelho

Referências:
(1) FRANCO, Divaldo. Dimensões da verdade. 5.ed.Salvador: LEAL, 2000,  pág. 165; e
(2) FRANCO, Divaldo. Nascente de bênçãos. Salvador: LEAL, 2001, cap. 28, p. 175-178. 

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.elo7.com.br/quadro-pintura-jesus-bom-pastor-tela-45x60cm-original/dp/15B74E7>. Acesso em 05AGO2022.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

Deixe aqui seu comentário:

Divulgue o cartaz do seu evento espírita.

Clique aqui
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá! Como podemos ajudá-lo(a)?