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Melhor é não aparentar virtudes que ainda não possuímos!

novembro 21, 2022

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que épuro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” — Paulo. (FILIPENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 8.)

O roteiro contido no Evangelho de Jesus, para que o homem conquiste os valores morais  que todo filho de Deus precisa possuir, exige que ele se disponha a realizar a sua renovação íntima rumo aos planos mais altos nos caminhos da espiritualidade superior. O discípulo atento aos ensinamentos e exemplos alí contidos, entenderá que renovar pensamentos, palavras e atos não é tão fácil como parece à primeira vista,  demanda muita capacidade de renúncia e controle de si mesmo.

Não são poucas as situações em que perdemos o equilíbrio diante de alguém ou alguma coisa e que logo nos valemos da esfarrapada desculpa que perdi a paciência! Em variadas oportunidades que nos acontecem na vida de relação na sociedade, nos deixamos arrastar pelos maus hábitos do homem velho que continua a nos escravizar desde eras remotas e, sem que percebamos, exasperamo-nos, praticamos desatinos, proferimos impropérios e blasfêmias das quais nos arrependemos depois.

O fato de nestas ocasiões não encontrarmos em nosso patrimônio moral essa rara e precisos virtude, buscamos argumentos que nos possam patrocinar a velha e infundada desculpa de que o outro nos tirou do sério, sem precisar assumir o fato de que na verdade, não poderíamos perder o que não possuímos.

“No caminho da fé, para que se lhe consolide o valor, é possível encontres obstáculos, através dos quais possas demonstrar as tuas aquisições de sinceridade e coragem, tais quais sejam: a incompreensão dos bons, a agressão dos desesperados, o sarcasmo dos irreverentes, a perturbação dos irmãos ainda ignorantes, a exigência dos críticos, a deserção de companheiros, a perseguição dos adversários, as horas de crise, as sombras da tristeza, os braseiros da aflição, os imperativos da renúncia, a necessidade do

sacrifício pessoal e o golpe de amargas desilusões, mas, se tiveres humildade, na marcha em direção aos elevados objetivos que te propões a atingir, não te faltarão apoio e assistência constante, na senda a percorrer, porque a humildade se transforma em amor e o amor se te fará luz e bênção, na jornada para Deus.” (1)

Será sempre melhor que nos mantenhamos em permanente vigilância, é preciso que cada indivíduo tenha plena consciência de que ainda estamos distantes de afirmar com convicção que já possuímos paciência suficiente para vivenciá-la da forma como demonstram os que já verdadeiramente a possuem.

A doutrina Espírita nos assevera que ninguém alcançará o Reino de Deus com aparências. As virtudes serão alcançadas mediante o esforço pessoal, pelo trabalho contínuo e perseverante da individualidade própria, agindo sobre si mesma, todos quantos alegam que perderam a paciência, involuntariamente demonstram que jamais a tiveram.

Paciência é uma ferramenta de progresso do Espírito Imortal, que uma vez conquistando jamais a perderá, pois não se trata de um objeto de uso como uma jóia, uma roupa, uma soma em dinheiro etc., mais honesto seria reconhecer e dizer para si mesmo, não tenho paciência preciso reconhecer e confessar.

Ás virtudes são riquezas cujo valor imperecível Jesus recomenda sobremaneira em seu Evangelho, sob estas sugestivas palavras: “Ajuntai riquezas que o ladrão não rouba, a traça não rói, o tempo não consome e a morte não arrebata.” (2).

Francisco Rebouças.

Referências:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel. Livro: Convivência, cap. No Transito da Fé; e
(2) Evangelho de Mateus; 6-19:20.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://agendaespiritabrasil.com.br/2018/06/04/caridade-sempre/>. Acesso em: 19NOV2022.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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