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Cativante e emocionado testemunho da imortalidade da alma

novembro 26, 2022

Como o pólen de uma flor meu Espírito foi levado por um doce turbilhão

 

Alphonse Marie Louis de Prat de Lamartine nasceu na cidade francesa de Mâcon, no dia 21 de outubro de 1790 e morreu em Paris, no dia 28 de fevereiro de 1869.

Foi pensador, escritor, poeta e político. Seus primeiros livros de poemas (Primeiras meditações poéticas, 1820 e Novas meditações poéticas, 1823) celebrizaram o autor e influenciaram o Romantismo na França e em todo o mundo.

Filho de um conceituado capitão de cavalaria, Lamartine foi estudar em Lyon, voltando-se, desde a adolescência, para a poesia, com leituras de Horácio, Virgílio e Chateaubriand.

Em 1820 lançou seu primeiro livro, “Meditações” (Les méditations), inspirado num breve amor por Julie Charles, que morreu prematuramente.

Aclamado pela crítica, ingressou na carreira diplomática, o que lhe proporcionou viagens para Nápoles, Florença e Londres.

Em sua verve filosófica – sempre borbulhante – surgiam pensamentos como: “(…) aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade”.

Mas, existe uma faceta transcendental e importantíssima da vida de Lamartine completamente desconhecida de seus biógrafos: seu testemunho acerca da passagem desta para a outra vida, prestado apenas dois dias depois de sua morte.  Testemunho esse capturado por Allan Kardec e inserido na “Revue Spirite do mês de abril de 1869, p. 121, no qual entre outras coisas ele disse:

“(…) a transição não foi penosa! Foi como o pólen de uma flor, que meu Espírito, levado por um turbilhão, encontrou a planta irmã. Como vós, eu a chamo erraticidade; e para me fazer amar por essa irmã desejada, minha mãe, minha esposa bem-amada, uma multidão de amigos e de invisíveis me cercavam como uma auréola luminosa. Mergulhado nesse fluido benfazejo, meu Espírito se tranquilizava como o corpo desse viajante do deserto que, depois de uma longa viagem sob um céu de chumbo e de fogo, encontra um banho generoso para seu corpo, uma fonte límpida e fresca para a sua sede ardente.

Alegrias inefáveis do Céu sem limites, concertos de todas as harmonias, moléculas que repercutem os acordes da ciência divina, calor vivificante de suas impressões sem nome que a língua humana não saberia decifrar, bem-estar novo, e nascimento, profundeza das certezas, calma cheia de grandeza, esferas que enclausuram as humanidades, oh! sede os bem-vindos, emoções previstas, aumentadas indefinidamente de irradiações do infinito!

Permutai vossas ideias, Espíritas, que credes em nós. Estudai nas fontes sempre novas de nosso ensinamento; afirmai-vos, e que cada membro da família seja um apóstolo que fale, caminhe e aja com vontade, com a certeza de que nada dais ao desconhecido. A ciência humana, reunida à ciência de vossos auxiliares invisíveis, vos fará senhores do futuro; expulsareis a sombra para vir a nós, quer dizer, à luz, a Deus”.

Rogério Coelho

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque cedida gentilmente pelo autor.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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