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A vida é um bendito convite ao aprendizado!

dezembro 6, 2022

“A vida responde  sempre às nossas indagações.
Estudos e pesquisas são problemas de longo alcance que o Espírito formula, à frente do Universo;
invenções e descobertas  constituem soluções que a Divina Sabedoria nos fornece pela escola do trabalho.” –
Emmanuel no Livro Respostas da Vida, em seu comentário de apresentação da obra.

Imaginemos um diálogo como o que segue.

Certo Mestre ouvia a pergunta do seu discípulo – Senhor, qual a maior certeza que temos na vida?

O Mestre responde com toda tranquilidade, a morte. Ninguém fica para semente.

O jovem demonstra toda sua decepção; é terrivelmente triste pensar que um dia a vida se extinguirá em nós…

O mestre o esclarece; a Vida é eterna, a morte é apenas a outra face da mesma vida.

O discípulo continua; deve ser muito triste para alguém que parte para o desconhecido.

O Mestre ressalta; precisamos considerar a possibilidade de poder regressar um dia, e ainda as facilidades que teremos sem as limitações físicas na espiritualidade.

O jovem aprendiz confessa o temor que sente pela morte.

O mestre lhe afirma: Isso é muito natural, temos o instinto de conservação e raros de nós conseguem desapegar-se dos bens e das situações que vivenciamos na vida física.

Sim, concorda o jovem acrescentando, principalmente dos entes queridos que tanto amamos.

O Mestre lhe assegura que a morte não desfaz os laços afetivos.

O jovem afirma, mas nos separa de quem amamos.

O Mestre lembra-lhe de que essa separação é transitória, porque nossos amados também morrerão.

O discípulo sorri e pergunta; quer dizer que tornarei a encontrá-los.

O Mestre então responde com ar de quem tem certeza; fatalmente.

O Amor é a força magnética das Almas. Quando se ama sinceramente permanecemos ligados para sempre.

O jovem prossegue; Não me conformo com o fato de perder tudo o que me esforcei por conquistar.

O Mestre lhe garante; As Virtudes e a Sabedoria que adquirimos são patrimônios que conduzimos conosco, sustentando nossa felicidade onde quer que estejamos.

Desse simples diálogo que imaginamos para dar vida a estas modestas reflexões, podemos afirmar que o contido no diálogo aqui exposto, estrutura-se nos ensinos ministrados pelos Imortais na elaboração da nossa doutrina espírita. Que a fórmula para chegarmos bem quando da nossa volta à Pátria verdadeira, é nos utilizarmos dos bens e das situações que a vida nos proporciona para a prática das boas ações, e o trabalho no bem.

 

  1. Que definição se pode dar da moral?

“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”

  1. Como se pode distinguir o bem do mal?

“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário.

Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”

  1. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?

“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligência para distinguir um do outro.”

  1. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?

“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”

  1. A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro?

“Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades.

Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz – basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.” 

  1. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?

“Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”

  1. Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?

“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.” (O Livro dos Espíritos. FEB, 62ª edição).

 

De modo especial no grupo doméstico em que a Soberana Sabedoria do Universo nos situou, é que precisamos empregar os nossos melhores recursos, investindo na melhoria e crescimento do nosso grupo familiar, e tendo em mente que  a existência humana é um ínfimo momento na vida Eterna do Ser imortal, e que se ainda nem conseguimos nos harmonizar com o nosso grupo mais íntimo, quando estaremos preparados para o convívio com a família universal da qual fazemos parte integrante, como irmãos filhos do mesmo Pai?

O maior empecilho para o homem é que em geral pretendemos fazer da vida física uma busca incessante da posse dos bens e títulos materiais, deixando-nos escravizar pelas paixões e interesses mundanos, negligenciando os compromissos intelectuais e morais assumidos na espiritualidade antes da reencarnação.

É muito importante não esquecer que não temos conhecimento de quando seremos convocados para voltarmos à vida espiritual, por isso é prudente saber aproveitar o dia de hoje, vivendo como se fosse o último, a final, embora não desejamos que seja, nada nos garante o contrário.

Francisco Rebouças

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://agendaespiritabrasil.com.br/2018/11/14/apos-a-morte/>. Acesso em: 06DEZ2022.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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