
Servir, sem esperar por agradecimento
“E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir, e para dar a sua vida em resgates de muitos.”
Jesus. (Mateus, 20:27-28).
O bom servidor é denominação que bem poucos fazem jus. Isto porque em essência servir é amparar o necessitado na situação em que ele se encontrar, pelo simples prazer de ser útil, sem cogitar qualquer tipo de retribuição, nem mesmo o tradicional “muito obrigado”.
Saber servir é aprender a conviver com o próximo, mesmo ciente de suas fraquezas e imperfeições, reconhecendo intimamente que também nós carregamos nossas mazelas, dificuldades e equívocos, contra os quais ainda nos debatemos; e auxiliá-los mesmo assim, de maneira positiva e sem alardes, da forma como desejaríamos ser ajudados se no lugar dele estivéssemos.
“É muito fácil servir à vista. Todos querem fazê-lo, procurando o apreço dos homens.
Difícil, porém, é servir às ocultas, sem o ilusório manto da vaidade.
É por isto que, em todos os tempos, quase todo o trabalho das criaturas é dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preço as gratificações e as honras humanas.
Tu, porém, meu amigo, aprende que o servidor sincero do Cristo fala pouco e constrói, cada vez mais, com o Senhor, no divino silêncio do espírito…
Vai e serve.
Não te deem cuidado as fantasias que confundem os olhos da carne e nem te consagres aos ruídos da boca.
Faze o bem, em silêncio.
Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir, de coração, a vontade de Deus.” (Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, Livro Vinha de Luz, cap.4).
Ter ainda a paciência de aturar a reclamação de muitos que nem sempre aceitam a ajuda sem reclamações, como o enfermo que não aceita sem reclamar o remédio que se lhe aplica, por mais que o remédio lhe propicie o alívio ou até mesmo sua cura.
Na maioria das ocasiões, a expectativa de quem beneficia alguém é a retribuição em forma de gratidão pela ação de quem o beneficiou. Mas, servir conforme no entendimento da filosofia espírita que abraçamos, que revive os ensinamentos e exemplos de Jesus de Nazaré, será sempre o de não esperar qualquer vestígio de retribuição que seja, nem mesmo o tradicional, e já mencionado, “muito obrigado”.
Para ser um servidor fiel ao seu Mestre, o discípulo precisa dessa virtude de difícil aquisição que é a humildade essencial para uma jornada exitosa e feliz na Terra.
Meditemos nisso!
Francisco Rebouças
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