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Auto desvalorização

abril 22, 2024

“Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo.”
– Paulo. (2ª Epístola a Timóteo, 2:7.)

É sabido por todos nós espíritas, que nas leis da reencarnação, quase sempre ao chegarmos à Terra, trazemos na bagagem um passado de equívocos a resgatar, o presente para viver em conformidade com as Leis Divinas e um futuro venturoso para construir. Dessa forma é imperioso não esquecer de que por concessão da Sabedoria Suprema, este é nosso mais precioso lugar de trabalho, a nossa missão mais importante, e o tempo mais adequado para aproveitar.

Dominado pelas heranças ancestrais, que se encontram gravadas no cerne do ser, em face de experiências variadas, vivenciadas pelo indivíduo, ao longo de sua existência, que representam maioria predominante nos arquivos do inconsciente, exprimindo-se através das manifestações psicológicas de insegurança, de medo, de desânimo, que são utilizado como mecanismo de fuga da realidade, escondendo os conflitos íntimos que se não observados, transformar-se-ão em sentimentos de desprezo pela autoestima, a caminho do auto desamor. 

“Se te acreditar amargurando lições demasiado severas no educandário da vida, frequenta, de quando em quando, a escola das grandes provações, onde os aprendizes se acomodam na carteira das lágrimas. Muitos jazem na rua, estendendo mãos fatigadas aos que passam com pressa… Em maioria, são doentes que a onda renovadora do grupo social atirou à praia da assistência pública ou mães aflitas a quem as exigências de filhos pequeninos ainda não permitem a liberalidade de uma profissão…” (…)

(…) “Quando o tédio te procure, vai à escola da caridade… Ela te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no coração, livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas vazias.” (Chico Xavier/Emmanuel – Livro Coragem, cap 1)

Em qualquer situação em que a pessoa não se vigia, é natural que surjam os adversários da sombra dificultando o processo de desenvolvimento emocional de amadurecimento psicológico, retardando os saudáveis hábitos de conduta comportamental, e como resultado o indivíduo não consegue a desejada superação das suas tendências e inclinações primárias.

Assim sendo os tormentos da culpa que procede das experiências pretéritas de reencarnações turbulentas, que não foram adequadamente equacionadas, maltratam a consciência, culminando por atrofiar a esperança e a alegria de viver do indivíduo, tornando-o vítima dessas manifestações doentias. Desencorajado e destituído dos valores morais, éticos e espirituais, que o encorajariam para os enfrentamentos da evolução inevitável e indispensável, o Ser estará entregue a si mesmo, com escassos recursos para se auto refazer e pouca chance de triunfar.

Nesse momento, de incapacidade para a superação do desconforto interior, e repleto de inquietações que tomam conta dos espaços emocionais em desequilíbrio, a confiança que deveria permanecer em todos os cometimentos pessoais deixa de existir, iniciando dessa forma irracional revolta contra si mesmo e consequentemente o surgimento de um sentimento de culpa perversa e injustificável.

Isto acontece, porque o senso crítico torna-se cego para que ele possa perceber as possibilidades de crescimento e de realização, pelo trabalho que pode lhe proporcionar o desenvolvimento intelectual, moral e espiritual impulsionando-o para a conquista de patamares e níveis mais nobres de conquistas superiores. 

A autodesvalorização nada mais é que distúrbio de conduta que merece cuidados especiais, a fim de não se transformar em apatia, desprezo por si mesmo, no rumo de conflitos mais graves como o desinteresse pela vida, que o podem levar à tomada de atitude desesperadora do suicídio, na fuga mais desastrosa e infeliz da vida física, cometida por um Ser humano.

Francisco Rebouças

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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