
A Ação dos Bons
“A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se deparará na ideias espíritas poderosa alavanca e o Espiritismo achará , nos novos homens, Espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. Dado esse estado de coisas, que poderão fazer os que entendam de se lhe opor? “ ( A Gênese, Allan Kardec, cap. XVII).
Ao lado de outras forças do bem, o espírita deve dar sua contribuição para a realização desse objetivo do Espiritismo: realização de todas as ideias humanitárias apesar das dificuldades levantadas pelo egoísmo e pelo orgulho de pessoas e grupos sociais.
Contudo, o próprio Espiritismo demonstra a possibilidade e a eficácia dessa ação, conforme preconiza o codificador: “ Digamos, antes de tudo, que os bons, na Terra, não são absolutamente tão raros como se julga; que os maus são numerosos é infelizmente verdade, o que, porém, os faz parecerem ainda mais numerosos é que têm mais audácia e sentem que essa audácia lhes é indispensável ao bom êxito. De tal modo, entretanto, compreendem a preponderância do bem que não podendo praticá-lo com ele se mascaram.
Prossegue, ainda, Allan Kardec, em seu comentário: “Os bons ao contrário não fazem alarde das suas boas qualidade, não se põem em evidência, donde o parecerem tão poucos numerosos. Pesquisai, no entanto, os atos íntimos praticado sem ostentação e, em todas as camadas sociais, deparareis com criatura de natureza boa e leal em número bastante a vos tranquilizar o coração, de maneira a não desesperardes da humanidade. Depois, cumpre também dizê-lo, entre os maus, muitos há que apenas o são por arrastamento e que tornariam bons, desde que submetidos a uma influência boa, Admitamos que, em 100 indivíduos, haja 25 bons e 25 maus; destes últimos, 50 contam que o são por fraqueza e seriam bons se observassem bons exemplos, e, sobretudo, se tivessem sido bem encaminhados desde a infância; dos 25 maus, nem todos serão incorrigíveis. No estado atual das coisas , os maus estão em maioria e ditam a leis aos bons; suponhamos que uma circunstância qualquer opere a conversão 50 por cento deles, os bons ficarão em maioria e a seu turno, ditarão a lei ; dos 25 outros por cento francamente maus, muitos sofrerão a influência daqueles, restando apenas alguns incorrigíveis sem preponderância”. (Obras Póstumas, Allan Kardec, 1ª Parte – As Aristocracias)
Na análise dessa questão, Kardec já indagara aos Orientadores Espirituais: “ Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?”. A resposta foi: “ Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos. Os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão”. ( O livro dos espíritos, Allan Kardec, questão nº932).
Juntamente com outros bons, os espíritas devem querer exercer influências que sobrepujem a dos maus.
Ao lado da autoeducação, ou reforma íntima, os espíritas devem participar, e, no que lhe é possível, influenciar a sociedade em que vive, procurando levar às instituições que a estruturam os valores e normas morais do Evangelho de Jesus e do Espiritismo. Essa é a verdadeira e necessária participação política.
Reflexões:
- O que fará a Nova Geração?
- O Espiritismo tem contribuições a oferecer para o aprimoramento da sociedade?
- Os bons têm condições de influenciar os maus?
- Você concorda com a análise percentual de Kardec na transformação da sociedade para justa e solidária?
- O espírita deve se preocupar apenas com a sua transformação moral pela reforma íntima?
Aylton Paiva
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