sementeira de luz

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Sementeira de luz

julho 18, 2024

Lançai a foice, porque já está madura a  seara;
vinde, descei, porque  o lagar está cheio, os vasos dos
lagares transbordam; porquanto a sua malícia é grande.”
– Joel, 3:13

Examinando o proscênio terrestre na atualidade, detectamos, em toda parte, a urgente necessidade de providências e cuidados de vária ordem no sentido de se restabelecer a ordem, a harmonia, a disciplina, enfim, arrumar tudo que sofreu os efeitos devastadores dos vendavais chamados egoísmo e intemperança…

Por outro lado, a solução que se  apresenta para debelar todo o mal, jaz esquecida, e  negligenciada no trato das relações humanas: o Evangelho de Jesus.

Concluímos que a humanidade apresenta-se como um campo onde se faz mister o empenho do lavrador para  alcançar as searas  sazonadas. Aqui o solo apresenta-se seco,  acolá o charco insulta com  seus  miasmas  pestilenciais, sobram espinheiros, pragas, enfermidades… Por isso a aspereza de muitas almas, o vício triunfante, os golpes da ingratidão, a hostilidade  ambiente,  a sombra  da ignorância, a necessidade das criaturas, carências  de variegados matizes, corrupção, violência…

A reversão de todo este quadro passa pela urgente adoção da moral evangélico-cristã em todos os seus desdobramentos, vez que só a sublime moral do Cristo aproximará os homens uns dos outros, fazendo cessar as guerras e estabelecerá entre as criaturas uma solidariedade comum. O Espiritismo terá, aí, papel fundamental!

Afirma um Espírito israelita: “(…) são chegados os tempos em que se hão de desenvolver as ideias, para que se realizem os progressos que estão  nos desígnios de Deus. Têm elas de seguir a  mesma  rota que  percorreram as ideias de liberdade, suas precursoras. Não se acredite, porém, que esse desenvolvimento se efetue sem lutas.   Não; aquelas  ideias  precisam, para  atingirem a maioridade, de abalos  e discussões, a fim de que atraiam a atenção das  massas. Uma vez isso conseguido, a beleza e a santidade da moral  tocarão os espíritos, que então abraçarão uma ciência que lhes dá a chave da  vida  futura  e  descerra as  portas  da  felicidade  eterna. Moisés abriu o caminho; Jesus  continuou a obra; o Espiritismo  a concluirá”.

Portanto, os seareiros do Cristo deverão estar sempre conscientes das obrigações que  lhes  competem  e, fazendo “ouvidos moucos” ao desânimo, à queixa, ao desespero e à censura, abraçarão – incansavelmente – o trabalho,  servindo  em silêncio incessantemente.

Aconselha Emmanuel, o nobre guia espiritual de Chico Xavier: “(…) saibamos cultivar o Evangelho em nossos próprios atos, porque assim, à custa de trabalho e  esforço constante,  faremos rebrilhar a palavra do Cristo, valorizando  o verbo perante o mundo enfermo que roga paz e luz”.

Rogério Coelho

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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