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Amor à Sociedade

setembro 24, 2024

Disse Jesus: “amarás o teu próximo como a ti mesmo.” ( Mateus, Cap. 22, Vers. 39)

Geralmente essa afirmação de Jesus é  vista como de aplicação individual. Apenas se referindo ao amor entre as  pessoas. Todavia, essa afirmação de Jesus é mais abrangente, seu amor não foi, apenas, de forma individualizada a algumas pessoas, e sim o amor pela humanidade.

Sob essa perspectiva considere-se que o Mestre Jesus  concita a amar a sociedade em que vivemos.

O que seria amar a sociedade? Inquestionavelmente fazer todo o bem nas ações em sociedade, através da família, da  profissão, do lazer, nas ações voluntárias às organizações sociais e culturais,  na participação em organizações não governamentais – ONGs – que visem melhorar as condições econômicas, sociais e culturais das pessoas.

 “…Torna-se evidente que a pessoa tem um compromisso com a sociedade em que vive. Nela deve participar, dando sua contribuição, de acordo com suas possibilidades intelectuais e sentimentais.” (1)

Há um momento específico, muito importante, para a expressão desse amor quando, em um regime democrático representativo, participativo, como o existente em nosso país, como seres políticos, cidadãos e cidadãs, em nossa missão de eleitores, de escolher as pessoas que deverão  representar o eleitor nos Poderes: Legislativo e Executivo, nos níveis: municipal, estadual e federal ou, então, candidatando-se ao exercício desses cargos.

Para se expressar efetiva e conscientemente esse amor à sociedade é preciso ter critérios éticos.

O espírita encontra esses critérios éticos na Filosofia Espírita em O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, em sua 3ª Parte – Das Leis Morais. (2)

Alguns desses critérios são:

                “A verdadeira adoração a Deus é: “Fazer o bem e evitar o mal”. (Q. 654).

                “O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens, que é consequente da necessidade de viver”. (Q.711)

                “Perante Deus são iguais todos os homens? Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos”. (Q.803)

                “As desigualdades sociais são obras dos homens”. (Q. 806)

                “A igualdade absoluta das riquezas não é possível, a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres”. (Q.811)

                “São iguais perante Deus os direito do homem e da mulher. A ambos Deus outorgou a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.” (Q.817)

                “Não há no mundo condições para o homem gozar da absoluta liberdade, porque uns precisam dos outros.” (Q. 826)

                “O sentimento de justiça está na Naturezas e a ideia de injustiça gera revolta.” (Q. 873)

                “A legítima propriedade é a que foi adquirida sem prejuízo de outrem.” (Q.883)

                “Para Jesus o verdadeiro sentido da caridade é: benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”. ( Q.886)

Consequentemente, ao escolher um candidato para votar é fundamental verificar se a pessoa se aproxima pelas ideias e conduta desses valores éticos.

Também aquela pessoa que pretenda concorrer aos cargos eletivos nos Poderes executivo e legislativo precisa avaliar o quanto ela é coerente nos seus ideais e condutas com os mencionados critérios.

Aylton Paiva

Referências:
(1)   Espiritismo e Política – Contribuições para a evolução do ser e da sociedade. Aylton Paiva. Editora FEB; e
(2)   O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro, Editora FEB.

Aylton Paiva
Aylton Paiva

Cooperador na Casa dos Espíritas, em Lins, interior de SP, estudioso do Espiritismo e desejoso de aplicar sua Filosofia na própria vida, além de Esperantista.

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