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Más palestras

novembro 22, 2024

O uso da palavra justifica o que realmente somos em nossa jornada diária. Como seres sociáveis que somos passamos boa parte do dia nos relacionando com outras pessoas, que também sentem a mesma necessidade de se comunicar.

O Espírito André Luiz diz que o pensamento é força. Essa expressão abre espaço para diversas interpretações, porém, vamos direto ao assunto de acordo com o que aprendemos com o Espiritismo.

A questão não é somente falar, mas falar bem, com total isenção das expressões chulas e dos comentários menos felizes, porque sabemos que toda conversação produz um elo com o invisível.

Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios, disse que estamos sempre acompanhados por uma nuvem de testemunhas, ou seja, que os espíritos em geral se aproximam pela forma-pensamento que utilizamos em nossas conversas.

Dificilmente filtramos o que vamos dizer e na maioria das vezes, falamos além do que deveríamos falar e depois ficamos tristes por não ter tido a sorte de calar antes de dizer. O pior que não podemos voltar atrás depois que as palavras saem da nossa boca, porque elas não mais nos pertencem por seguirem viagem até o seu destino final.

Devemos ter prudência no que vamos falar em qualquer ocasião, porque as palavras resultam dos nossos pensamentos e podem servir para o bem ou para mal, isto de acordo com o que trazemos em nossa bagagem ao longo de nossas existências.

A prudência será sempre a companheira indispensável nesses casos para que a palavra seja digna em toda sua natureza, porque do contrário estaremos atendendo aos espíritos inferiores, que aguardam de nós um simples escorregão para começar imprimir suas estratégias de perseguição.

O Espírito Emmanuel no livro Pão Nosso, alerta sobre as más palestras. Diz com total propriedade em seu primeiro parágrafo os malefícios causados pelas palavras inúteis ao nosso vocabulário:

– ¨A conversação menos digna deixa sempre o traço da inferioridade por onde passou. A atmosfera de desconfiança substitui, imediatamente, o clima da serenidade. O veneno de investigações doentias espalha-se com rapidez. Depois da conversação indigna, há sempre menos sinceridade e menor expressão de força fraterna.¨

Todo comunicante deve se esforçar pelas boas palavras, porque elas definem o caráter e a elevação moral de cada um.

A disciplina mental assegura os valores positivos durante a vida, proporcionando elevação e equilíbrio, para que os Mentores Espirituais encontrem campo perfeito às atividades mediúnicas, por exemplo.

Cultivar bons pensamentos, ter o habito das boas leituras, garantem o percurso do servidor identificado com o trabalho do bem, pronto a levar sempre uma palavra amiga a quem busca ávido de consolação e conhecimento.

Desse modo fica bem mais fácil se comunicar com disciplina e valorizar as palavras.

Aqui três provérbios que falam sobre os cuidados que devemos ter com as palavras:

• Provérbios 14:3: ¨O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação.¨
• Provérbios 18:20:21: ¨Do fruto da boca de cada um fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios se fartará. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.¨
• Provérbios 21:23: ¨O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias.¨

Não querendo esgotar o assunto, aproveito para finalizar com o último paragrafo do livro Pão Nosso, onde o Espírito Emmanuel conclui sobre o assunto:

– ¨Examina sempre as sugestões verbais que te cercam no caminho diário. Trouxeram-te denúncias, más notícias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia? Observa como ages. Em todas as ocasiões, há recurso para retificares amorosamente, porquanto podes renovar todo esse material, em Jesus-Cristo.¨

Gilberto Lepenisck

Referências:
(1) Pão Nosso – Mensagem do Espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier – Edição FEB.
(2) A Bíblia Sagrada – Novo Testamento.