
O que Deus espera de nós
“Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.”
(João 4:8)
É muito fácil imaginarmos o que nós, pais e mães, desejamos e esperamos de nossos filhos. Desejamos a eles tudo o de melhor que há nesse mundo, que sejam felizes, bem-sucedidos, boas pessoas e por aí vai. E, naturalmente esperamos que alcancem esses objetivos.
Mas o esperar algo deles, talvez já denote um problema: o de que somos pais imperfeitos em um grau de evolução mais próximo do primitivismo do que da angelitude e, vivendo num planeta de provas e expiações.
Mas, Deus não é assim, sabemos dos seus atributos dentro da nossa capacidade de entendimento, conforme a questão 13 de “O livro dos Espíritos” e, entre eles, está que “Ele é soberanamente justo e bom”, acresçamos que tudo o que d’Ele provém também é perfeito, logo, ao contrário de nós, Deus, figurativamente falando, é um Pai perfeito.
No entanto, na nossa incapacidade de entender Deus ou sua magnitude, podemos nos socorrer do Evangelho e, lá temos a afirmação de João de que Deus é amor. Talvez o amor seja mais fácil de entender afinal Jesus, nosso modelo e guia, não só nos explicou sobre esse amor como o vivenciou como ninguém mais.
Para melhor compreendermos esse Amor não podemos nos esquecer que esse Pai também tem regras e são elas as leis naturais que a tudo e todos regem, do átomo aos mais belos astros deste universo infinito. Tampouco, nos deseja Deus que soframos, no entanto, apenas por contrariarmos ou resistirmos as suas regras, pela justa e educativa causa e efeito, acabamos por nos autoinfringir aflições de toda sorte, deduz-se então que ao cumprir tais leis não só não sofreríamos como, seguindo o fluxo natural das leis, seríamos felizes.
Uma, no meu entender a principal, dessas leis é a Lei de Amor, porque no seu cumprimento, naturalmente todas as demais se desenvolvem. Tal lei foi vivenciada por Jesus. Ele pouco precisava afirmar seu amor por nós mas, em cada ato, cada gesto, demonstrava. Apesar do crescimento e a evolução ser algo muito pessoal eles só acontecem no que eu der de mim ao próximo. Somos indivíduos cuja vida só faz sentido na vida coletiva e necessitamos cumprir o nosso papel no meio em que vivemos.
Na natureza criada pelo mesmo Criador observamos isso claramente na organização de uma colmeia ou formigueiro, no fenômeno, há pouco descoberto pelos cientistas onde, no meio vegetal as árvores cooperam entre si, através do solo, enviando nutrientes das mais fortes para as mais fracas. Não somos diferentes do restante da obra e precisamos, das diversas maneiras possíveis, fazer algo por alguém. Na máxima de Jesus, “amai-vos como eu vos amei “ou quando afirma que aqueles que, de verdade, o seguiriam seriam conhecidos por muito se amarem, me parece claro encontrar o que Deus espera de nós.
André Tarifa
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