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Regime para Olho Gordo

janeiro 11, 2017

A denominação “Olho Gordo” é dada, pela cultura popular, à pessoa que possui e demonstra um sentimento qualquer de inveja a objetos, pessoas, posição social, como também oportunidades dadas pela vida.

Sem dúvida, é um sentimento inferior que, demonstra a fragilidade espiritual de seu portador e o desconhecimento do mecanismo da vida em que está inserido.

A benfeitora espiritual Joanna de Ângelis esclarece-nos sobre tal sentimento:

“Remanescente dos atavismos inferiores, a inveja é fraqueza moral, a perturbar as possibilidades de luta do ser humano.

Ao invés de empenhar-se na autovalorização, o paciente da inveja lamenta o triunfo alheio e não luta pelo seu; compete mediante a urdidura da intriga e da maledicência; aguarda o insucesso do adversário, no que se compraz; observa e persegue, acoimada por insidiosa desdita íntima…

Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina mental e moral que não considera a vida como patrimônio divino para todos, senão para si apenas…

A inveja descarrega corrente mentais prejudiciais dirigidas as suas vítimas, que somente as alcançam se estiverem em sintonia, porém cujos danos ocorrem no fulcro gerador, perturbando-lhe a atividade, o comportamento”. (1)

Não poderia ser mais clara a Grande Instrutora, e ela mesma, no mesmo capítulo do livro em referência nos dá a fórmula para correção moral:

“A terapia para a inveja consiste, inicialmente, na cuidadosa reflexão do eu profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro, avaliando os recursos de que dispõe e considerando que a sua realidade é única, individual, não podendo ser medida nem comparada com outras em razão do processo da evolução de cada um.

O cultivo da alegria pelo que é e dos recursos para alcançar outros novos patamares enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, como meio e meta para alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita compreensão dos mecanismos da vida e as diferenças entre as pessoas, formando um todo holístico na Grande Unidade”. (1)

O que poderíamos acrescentar ao texto da Benfeitora?

Ousamos dizer que a Doutrina Espírita, sustentando-se no Evangelho do Senhor Jesus, tem todas as informações necessárias para compreendermos que as nossas condições existenciais decorrem das necessidades particulares dos nossos espíritos, tanto pelas provas solicitadas por nós, quanto pelo que fizemos e ou deixamos de fazer nas existências anteriores e também na atual.

Por isso, o que temos ou o que vivemos só tem a ver com o que nos é oferecido pela Providência Divina para nosso crescimento espiritual, segundo o planejamento reencarnatório pessoal de cada um de nós.

Portanto, utilizando as palavras de um amigo, para “Olho Gordo” o regime indicado não é a utilização de colírio diet, mesmo porque este não existe, mas sim o regime do autoconhecimento através da análise diária das nossas atitudes e pensamentos, identificando os valores e tendências que precisamos corrigir, substituindo-os por pensamentos e ações nobres, sempre amparados pelo discernimento e boa vontade.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Referência:
(1) O ser consciente, Divaldo P. Franco / Joanna de Ângelis, cap. Problemas Humano.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://impertinenteintermitente.blogspot.com.br/2012/01/la-lupa.html>. Acesso em: 10JAN2017.

Antônio Carlos Navarro
Antônio Carlos Navarro

Estudioso e palestrante espírita. Trabalhador do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto - SP

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