
Seguir adiante com determinação
O Espiritismo deixa bem claro para todos nós que o burilamento moral e a prática do bem, constituem o roteiro seguro de nossa caminhada na construção do progresso moral espiritual a caminho da felicidade e da paz da consciência tranquila em harmonia com as Leis Divinas. Alertam-nos para o cuidado que devemos tomar porque em toda extensão do caminho, existem os naturais desafios que precisam ser enfrentados e superados, com trabalho e determinação.
Assim como nas escolas convencionais do mundo, formam-se alunos, através das lições e dos testes a que são submetidos, a fim de que possam melhor assimilar o aprendizado cultural que precisam adquirir das ciências do mundo, também o Espírito, nas variadas experiências da reencarnação, vai adquirindo de prova em prova, o mérito indispensável para ascender na escalada evolutiva.
Vejam o que nos fala Emmanuel sobre o assunto:
Como renovar os processos de educação para a melhoria do mundo?
As escolas instrutivas do planeta poderão renovar sempre os seus métodos pedagógicos, com esses ou aqueles processos novos, de conformidade com a psicologia infantil, mas a escola educativa do lar só possui uma fonte de renovação que é o Evangelho, e um só modelo de mestre, que é a personalidade excelsa do Cristo.
Os pais espiritistas devem ministrar a educação doutrinária a seus filhos ou podem deixar de fazê-lo invocando as razões de que, em matéria de religião, apreciam mais a plena liberdade dos filhos?
O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas, e os pais espiritistas cristãos não podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos, nas grandes revelações da vida. Em nenhuma hipótese, essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser encarada com indiferença.
O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Já se disse, no mundo, que o menino livre é a semente do celerado. A própria reencarnação não constitui em si mesma restrição considerável à independência absoluta da alma necessitada de expiação e corretivo?
Além disso, os pais espiritistas devem compreender que qualquer indiferença nesse particular pode conduzir a criança aos prejuízos religiosos de outrem, ao apego do convencionalismo e à ausência de amor à verdade.
Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus. Agir contrariamente a essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga para os excessos de toda sorte, que conduzem ao aniquilamento e ao crime.
Os pais espiritistas devem compreender essa característica de suas obrigações sagradas, entendendo que o lar não se fez para a contemplação egoística da espécie, mas, sim, para santuário onde, por vezes, se exige a renúncia e o sacrifício de uma existência inteira”.(1)
Preciso se faz entender, que toda e qualquer lição carrega em si mesma, um objetivo nobilitante a ser compreendido e alcançado, através de acurados estudos, que certamente exigirão disciplina e atenção para as possíveis dificuldades de compreensão e entendimento. Somente através do desenvolvimento intelectual do indivíduo, poderá ele desfrutar do prazer de ter desenvolvida a inteligência de que é portador, e dessa forma poder discernir com conhecimento de causa, fazendo melhores escolhas em tudo na vida.
Ainda sobre o tema, ouçamos Joanna de Ângelis que nos diz: “Estudar não é apenas uma proposta de absorção de valores externos, mas, um convite ao auto descobrimento através da reflexão atenta para todos os estímulos que recebemos, inclusive dos conteúdos psíquicos que emergem do nosso inconsciente, influenciando o comportamento pessoal”. Justifica-se, assim, o chamamento da Benfeitora espiritual aos médiuns e a todos nós: Estuda a Doutrina Espírita e Estuda-te. (2)
Precisamos saber interpretar as inúmeras maneiras com as quais a vida nos solicita o enfrentamento e a superação das nossas tentações de todas as formas para que construamos em nós a fortaleza espiritual, que são ocasiões para exercitar o perdão, o ensejo para a aquisição de humildade, o trabalho árduo na obtenção da paciência etc., porquanto as necessidades físicas e morais do nosso próximo precisam ser entendidas como oportunidades de serviço que a vida nos oferece para que façamos o possível no limite de nossas possibilidades para minorá-las ou até mesmo eliminá-las.
Que não nos deixemos abater quando atribulações nos visitarem, evitando a todo custo o desespero e a rebeldia, que só serviriam para agravar ainda mais as dores e as lágrimas, infelicitando-nos a vida. Deus não nos confiaria uma cruz mais pesada do que as que nossas forças suportassem, e só nos deixa pelas experiências que nos são necessárias para conquistarmos em cada oportunidade reencarnatória a subida de mais um degrau na escada evolutiva do progresso moral espiritual, que nos possibilitará conquista da felicidade que todos sonhamos vivenciar um dia.
Sabemos que depende unicamente de cada um de nós permanecermos acomodados à sombra ou avançar, valorosamente, para a obtenção de mais luz. A Doutrina Espírita não nos exige santidade, por entender que ainda nos achamos bem distantes desse estágio superior de moralidade, solicita de cada um apenas “a transformação moral e os necessários esforços para vencermos as nossas más inclinações”. (3)
Francisco Rebouças.
Referências:
(1) Livro O Consolador – Chico Xavier/Emmanuel, perg. 112 e 113;
(2) Livro Consciência e Mediunidade – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis; e
(3) O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII, item 4.
Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.catholicireland.net/homily_category/year-a/>.
Acesso em: 05ABR2017.
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