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Falar menos, fazer muito mais!

abril 19, 2017

O Espiritismo em sua divina proposta alicerçada na fé raciocinada nos faz ver que é necessário a cada um de quantos abraçam seus princípios superiores procurar fazer revelar em suas ações os indícios da sua incontestável pureza. É indispensável cessar em definitivo com império do verbalismo vazio, no qual desde há muitos séculos, a humanidade tem vivido épocas de falsas promessas sem os necessários e imprescindíveis exemplos.

Ouçamos o que nos diz André Luiz a respeito das promessas que fazemos e não cumprimos: “…Os que fazem dez projetos maravilhosos por dia sem concretizar nenhum deles em dez anos.

Os que reconhecem a grandeza das verdades divinas, mas que jamais dispõem de tempo para cultivá-las, em favor da própria iluminação.

Os que adiam indefinidamente para amanhã o serviço da compreensão e do amor ao próximo…” (1)

São chegados os tempos da iniciativa própria, do esforço pessoal de cada adepto da filosofia espírita em se conscientizar da necessidade da iluminação individual para encontrar com sua realidade espiritual, porque infelizmente continua a mostrar-se perdido no oceano da coletividade, arrastado pelo turbilhão das tentações mundanas.

O verdadeiro adepto da Doutrina Espírita precisa entender o quanto é importante sua contribuição através da participação efetiva nas tarefas do bem com disciplina, boa vontade além do necessário esforço para que se seja possível o progresso intelectual, moral e espiritual, seu e da comunidade em que está inserido, incentivando a realização de novos e abençoados empreendimentos.

“… Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Que frutos deve dar a árvore do Cristianismo, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com sua sombra uma parte do mundo, mas que ainda não abrigam todos os que se hão de grupar em torno dela? Os da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e de fé. O Cristianismo, qual o fizeram há muitos séculos, continua a pregar essas virtudes divinas; esforça-se por espalhar seus frutos, mas quão poucos os colhem! A árvore é boa sempre, porém maus são os jardineiros. Entenderam de moldá-la pelas suas ideias; de talhá-la de acordo com as suas necessidades; cortaram-na, diminuíram-na, mutilaram-na; tomados estéreis, seus ramos não dão maus frutos, porque nenhuns mais produzem. O viajor sedento, que se detém sob seus galhos à procura do fruto da esperança, capaz de lhe restabelecer a força e a coragem, somente vê uma ramaria árida, prenunciando tempestade. Em vão pede ele o fruto de vida à árvore da vida; caem-lhe secas as folhas; tanto as remexeu a mão do homem, que as crestou.

Abri, pois, os ouvidos e os corações, meus bem-amados! Cultivai essa árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna. Aquele que a plantou vos concita a tratá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância seus frutos divinos.” (2)

A cada um de nós espíritas compete organizar uma consciência cristã através das boas ações que praticarmos enfrentando corajosamente os desafios propostos pela vida, sem estagnação, e sem fanatismo. Faz-se necessário dar utilidade a todo o conhecimento adquirido no Espiritismo pela fé realizadora e ativa que opera, longe de qualquer cristalização teórica.

É imperioso compreendamos a verdade de que o tempo da palavra vazia passou, e que o momento atual é de praticar os ensinos que já conseguimos amealhar, evitando o velho vício de falar muito e fazer pouco, procurando agir em conformidade com a filosofia que esposamos, laborando com desprendimento, nas atividades que nos cabe desempenhar.

“Hoje, como ontem, Jesus prescinde das nossas guerrilhas de palavras, das nossas tempestades de opinião, do nosso fanatismo sectário e do nosso exibicionismo nas obras de casca sedutora e miolo enfermiço.

O Excelso Benfeitor, acima de tudo, espera de nossa vida o coração, o caráter, a conduta, a atitude, o exemplo e o serviço pessoal incessante, únicos recursos com que poderemos garantir a eficiência de nossa cooperação, em companhia dele, na edificação do Reino de Deus.” (3)

Sabemos que temos tarefas importantíssimas a realizar e não estamos dispensados da luta de empregar bem os talentos que a Soberana Sabedoria nos concedeu para o nosso aprimoramento no árduo caminho da pureza e da felicidade que haveremos de alcançar. A luta é condição primordial de qualquer conquista. Quando o homem estiver renovado pelos princípios de moralidade ensinado e exemplificado por Jesus Cristo, compreenderá finalmente que o bem é a garantia fundamental para a felicidade na Terra.

Francisco Rebouças

 

Referências:
(1) Xavier, Francisco Cândico, pelo Espírito André Luiz – Livro: Agenda Cristã. Cap. 8;
(2) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB, 112ª edição. Cap. 18, item 16; e
(3) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Livro Ave Cristo. Apresentação.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em < http://chico-xavier.net/index.php?/topic/760-nosso-lar-a-vida-no-mundo-espiritual/>. Acesso em: 19ABR2017.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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