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Temos diferentes compromissos

setembro 27, 2017

Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo – Paulo.
I CORINTIOS 12:4.

Embora fazendo parte de uma mesma comunidade, seja na família consanguínea ou na sociedade como um todo, temos diferentes atribuições nas diversas atividades que desempenhamos e dessa forma, seja qual for a posição que ocuparmos, podemos revelar qualidades divinas para a edificação da paz e da prosperidade de quantos conosco conviverem a bênção do dia a dia.

Preciso se faz compreender que caso estejamos na posição de alguém que comanda, ou como um dos comandados, o indivíduo equilibrado, consciente de suas obrigações e deveres, dedica-se às suas atribuições com desvelo e responsabilidade realizando com disposição apesar dos sacrifícios muitas vezes penosos, a construção do tesouro imensurável que advém das boas obras constituídas de sabedoria e amor.

Muitos de nós nos comprometemos quando ainda no mundo espiritual, com os desafios propostos pelas tarefas daqueles que detêm a responsabilidade de administrar recursos e pessoas, outros comprometidos com a difícil tarefa da riqueza monetária, alguns ainda na tarefa de ministrar conceitos na formação de consciências, e ainda aqueles que se acham compromissados com o perigo do poder etc., precisamos entender que em todos os casos, temos a incumbência de tirar o melhor proveito para nós mesmos e para tantos que conosco convivem.

Quando de nós for cobrado obediência, é preciso compreender que também aí dispomos de amplos recursos para demonstrar o nosso caráter na execução do dever retamente cumprido; aquele que se fizer portador do saber com dilatados cabedais, pode ajudar a todos, renovando o pensamento geral para o bem, esclarecendo o equivocado, lançando luz e bênçãos por onde passar; se dispomos de riqueza material, podemos aplicar esses recursos na multiplicação das oportunidades de trabalho proporcionando elevação e crescimento aos nossos semelhantes, amenizando suas dificuldades e contribuindo assim, para o progresso social de todos.

 “EMPOBREÇAMO-NOS de vaidade e orgulho, de ambição e egoísmo e, certamente, a verdade nos impelirá aos planos mais altos da vida.

Exigências e ilusões são adensamento de névoas, em torno da nossa visão espiritual.

Jesus,  no  ensinamento  evangélico,  não  exaltava  a  indigência  de  educação;  salientava  a  triste

condição das almas que amontoam, ao redor dos próprios passos, ouro e títulos convencionais, no exclusivo propósito de dominação, entre os homens, acabando emparedadas em pergaminhos e moedas, à maneira de cadáveres em mausoléus de alto preço.

É justo usar os patrimônios de inteligência e reconforto que o mundo nos oferece à solução dos problemas evolutivos, mas é indispensável saber distribuir, com espontâneo amor, as facilidades que a terra situa em nossas mãos, a fim de que a fé não brilhe debalde em nossa rota.” (1)

Por outro lado, não é pelo simples fato de estar vivenciando a prova da pobreza que o indivíduo se deixe entregar ao mau hábito das reclamações e revoltas. Deve ao contrário, seguir buscando apesar de todas as dificuldades, desenvolvendo em seu íntimo a confiança em Deus e em si mesmo, trabalhando por superar o momento difícil, aguardando com esperança os dias melhores que certamente estão a caminho, agindo sempre com dignidade, que em verdade representa o tesouro de maior valor que qualquer joia preciosa material que conhecemos.

Somos todos capazes de realizar muito na esfera de trabalho em que nos encontramos, bastando para isso que nos dispusemos a colaborar com o Mestre de Nazaré, dispondo-nos a melhor servir em sua Seara com amor e determinação. Busquemos por isso mesmo, observar melhor a posição em que Deus nos situou e trabalhar incessantemente com vistas a atender aos imperativos do Infinito Bem, colocando a vontade de servir acima de nossos mesquinhos desejos, e a Sabedoria Divina aproveitará os parcos recursos de dispomos suprindo nossas deficiências para que aos poucos melhor pratiquemos a caridade na bênção de servirmos de instrumentos úteis à espiritualidade superior na sedimentação do amor no mundo.

Mais uma vez o Benfeitor Emmanuel nos ensina que “Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus, o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é substancialmente o mesmo”.

Francisco Rebouças.

Referências:
(1) Xavier Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel, livro Os Dois Maiores Amores – Cap. 16.
(2) Xavier Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel, livro Fonte Viva – Cap. 4.

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em < http://rulyanne.aguios.org/ >. Acesso em: 27SET2017.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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