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O Amor

outubro 13, 2017

O amor é substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina.
É um tesouro que quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte.
Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.

Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver. (1)

Quando nos deparamos com essa definição de amor de Joanna de Angelis na obra Amor, imbatível amor, psicografado por Divaldo Franco, concluímos que pouco sabemos e compreendemos sobre o amor.

Joanna já começa definindo amor como uma substância que criou e mantém o universo; e sua essência é divina. Corroborando com o que João (4:8) diz na Bíblia: Deus é amor.

Se o amor gera tudo o que é bom, é de Deus. Deus é o criador e nós somos os frutos de Seu amor e fomos feitos para amar, à imagem Dele. A cada encarnação aprendemos um pouquinho melhor o que é amar. Mas ainda temos uma grande trajetória pela frente até entendermos o que ele, realmente, implica na prática.

A natureza que nos cerca é o amor de Deus concretizado. A nossa vida, as nossas lutas, as nossas experiências de encarnados ou desencarnados são puros ensaios para aprendermos a movimentar nossas potências para o amor, renovando-nos a cada vitória. O amor movimenta-se facilmente, como uma onda suave, quando o ser busca o bem: a harmonia, a tolerância, a benevolência, a caridade, a paz; a vida flui fácil e leve. Tudo é claro e simples. Daí o fardo mais leve que Jesus nos fala.

O amor nos inspira a buscar um sentido profundo e transcendental para a nossa existência, que nos leva ao discernimento e à capacidade de distinguir o bem do mal. (2)

Quando alguém nos agride verbalmente, poderemos construir uma solução com amor, respondendo com o respeito que não nos foi dado em troca, porque já sabemos que o amor não exige nada em troca. Assim, surpreendemos o agressor, que pode rir de nossa “fraqueza” e sentir-se vencedor. Mas isso não nos interessa, é problema dele que não soube amar do jeito produtivo e construtivo; o importante é que nós façamos o esforço do amor, para o nosso irmão e para nós mesmo. Mas pode ser que o agressor nos surpreenda, positivamente, e sensibilize-se pedindo perdão, ou calando-se. Os dois lados teriam ganhado, nesse caso. Pena que poucos despertaram para isso. Nós, seres humanos, ainda estamos presos às defesas do ego sem olhar para dentro de si e distinguir com clareza as consequências de nossas ações negativas.

Ainda julgamos e criticamos. Mas se nos amarmos realmente, iremos procurar vigiar com disciplina para que não caiamos mais neste jogo de desamor ao próximo e a nós mesmos. Precisamos ser indulgentes para com as falhas dos outros e proativos com relação as nossas, ou seja, antecipar-nos ao nosso erro, evitando-o, conscientemente.

Fazendo ao outro o que gostaríamos que fizessem conosco é uma maneira de dividir o nosso amor para multiplicá-lo; uma hora alguém irá sensibilizar-se com nossa atitude e fazer o mesmo. É o exemplo do que foi postado há um tempo no facebook, em que alguém fez um gesto de gentileza a outro alguém, como juntar um objeto deixado cair acidentalmente, e a pessoa ajudada sente-se levada a fazer o mesmo gesto de gentileza a outro, que por sua vez fez outro gesto a outra pessoa e assim por diante, até que o último acabou retornando uma gentileza ao que iniciou a corrente. Pode parecer um exemplo muito pueril, mas é exatamente assim que ocorre na vida real. O amor cresce e se multiplica.

Mas para amar, mesmo, temos de ser corajosos. Por exemplo: como poderemos amar um político que roubou e enganou toda uma nação? Ou o traficante assassino? Um maldoso caluniador? Do jeito que qualquer um pode: rezando para que eles melhorem. Vamos vibrar para que eles escutem as inspirações dos bons espíritos que, certamente, tentam intuí-los para o bem. Se eles não os escutarem, um dia deparar-se-ão com as suas próprias consciências, que são agentes da Justiça Divina. É pior ter raiva e julgar, pois nos somaremos às forças deletérias que se propagam e envenenam a todos nós. Olhemos os resultados do nosso velho e ultrapassado sistema do mundo materialista: todos estes problemas sérios de desentendimento e violência, frutos do orgulho, egoísmo e cobiça que assistimos hoje no mundo. Chega! Esse método faliu e precisamos de outro paradigma. Então vamos usar a solução mais rápida: vamos ser a paz e a mudança, como sempre sugere o nosso Divaldo Franco. Vamos irradiar luz com as nossas humildes e sinceras orações.

Desde que nosso planeta Terra foi habitado, temos sidos salvos porque estamos imersos no amor de Jesus e de Deus. Jesus encarnou e nos mostrou como amar. O Seu amor tem sido o nosso herói que tem nos sustentado firme, com todas as nossas imperfeições.

Precisamos sair por aí propagando mais e mais amor, porque ele mais se agiganta, na razão que mais se doa. Quanto mais pessoas se somarem, melhor ficará a psicosfera do planeta Terra e do Universo, pois estamos todos conectados.

O amor é persistente e fica, não desiste quando todos os demais se foram. Vamos ficar e persistir com o amor.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Referências Bibliográficas:
(1) PEREIRA FRANCO, DIVALDO. Espírito Joanna de Ângelis. Amor, imbatível amor;
(2) PEREIRA FRANCO, DIVALDO. Conferência em Araras SP na data de 01/10/2017.

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://salvospeloamor.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Corrente-do-Bem2.jpg>. Acesso em 13OUT2017.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Tradutora, mora em Porto Alegre/RS, estudante da Doutrina Espírita, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier como médium.

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