Crueldade contra animais

Orson Peter Carrara
03/06/2018
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A crueldade contra animais está também entre as situações que muito me constrangem. Embora, igualmente, alimente-me ainda de carne animal, desde muito me dói o coração em ver as humilhações e sofrimentos que nós, humanos, ainda somos capazes de submeter os animais.

É triste verificar que muitas cidades estão contaminadas por este mal e ainda submeta os animais ao horrível espetáculo das conhecidas festas populares que os submetem a sofrimentos. Nada contra peões, nada contra as manifestações populares de alegria e festa. Mas é cruel pensar nos sofrimentos impostos aos pobres animais, submetidos aos caprichos humanos.

Ainda que a alimentação de carne ainda seja uma necessidade física e até cultural, algumas pessoas já conseguiram dispensar o consumo desse produto alimentício e se declaram vegetarianos. Eu ainda não consegui, mas é lamentável o espetáculo desses eventos que maltratam animais.

O assunto é antigo, já gerou disputas judiciais, encontra gente a favor e contra, em todo lugar, e legislação específica já foi concentrada para evitar tais ocorrências. Inclusive, por outro lado, tais festas são geradoras de recursos para muitas instituições. E muitos esforçados peões se entregam com afinco a tais realizações, gerando vibração e alegria em todo o público.

Mas, convenhamos, não é melhor rever isso? Nem digo proibir, pois que é uma festa popular, mas agirmos com mais coerência em tais eventos, dispensando e aí, proibindo sim, com fiscalização, qualquer método que sujeite os animais ao sofrimento e às crueldades, por capricho humano.

Não sou especialista no assunto, não tenho experiência com animais e não sou crítico de quem a eles se dedica, mas quando vejo publicidade de tais eventos o coração entristece. Com tudo que já se sabe sobre o assunto, as imagens já mostradas pela internet, os argumentos apresentados pelas ONGs defensoras dos animais, já é hora para pensarmos no assunto com mais reflexão.

Os animais não são máquinas nem brinquedos de diversão. Eles sentem também. Sentem dor, saudade, gratidão. Ou o leitor discorda disso?

Também geram seus filhotes, possuem sangue que circula, possuem órgãos que funcionam semelhantes aos nossos e formam um universo de seres que auxiliam – e muito – a vida humana. Como sacrificá-los por capricho? Como submetê-los às crueldades?

Sugiro ao leitor interessado no assunto aprofundar-se mais na questão dos animais, sob o ponto de vista da alma dos animais. Entre eles, procure o livro “Gênese da Alma”, de Cairbar Schutel, para encontrar-se com exemplos, fatos e narrativas envolvendo animais e que bem dizem da realidade desses seres que também são filhos de Deus. Trazem consigo a tarefa de auxiliar as criaturas humanas, inclusive na alimentação, tão comumente usada em todos os tempos. Todavia, submetê-los às crueldades, aí a questão já é outra.

E o pior é que não são apenas nas conhecidas festas populares que isto acontece, mas no cotidiano da vida humana, onde as mais diversas perversidades são praticadas contra esses indefesos seres.

Orson Peter Carrara

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