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Às Mães

junho 23, 2018

Conforme estabelecido por Deus, todos os Espíritos devem ocupar regularmente diferentes corpos, em diversas vidas, assumindo distintas posições em variados grupamentos familiares, de modo a atingir a perfeição relativa, meta final de nossas existências.

Cremos já ter ocupado todas as posições possíveis em uma estrutura familiar, considerando as suas múltiplas possibilidades, visando aprender o que cada uma destas posições proporciona em função das atribuições pertinentes a cada qual.

Entretanto, uma das funções na família recebe especial destaque, pois tudo indica ser o centro vital da organização familiar, posição específica de Espíritos normalmente mais afetuosos, pacientes, cordatos, tolerantes em suma, amorosos. Esta posição em uma família é designada por uma pequena palavra, mas de grande valor: Mãe.

Em inúmeros exemplos de vidas, há relatos de atitudes de extremada dedicação e amor, vivenciados por mães. De modo geral, são Espíritos possuindo polaridade psíquica característica com uma sensibilidade mais apurada.

Às mães se pede especial atenção aos “seus” filhos, porém, vale a lembrança, de fato não são seus, não lhes pertencem, são criaturas de Deus, porquanto, Ele nos criou a todos, mães são temporariamente responsáveis pela guarda de alguns Espíritos, os filhos, aos quais devem dedicar cuidados específicos para serem bem educados, se possível dentro das orientações espíritas.

Dentro desta ótica, uma das maiores preocupações das mães, deve ser a condução dos filhos aos grupos de Evangelização, atividade desenvolvida por algumas casas espíritas, àquelas detentoras de estrutura para tanto.

Caso a idade da evangelização já tenha transcorrido, não tendo sido possível encaminhá-los às aulas de educação infantil, os cuidados não cessam, pois se não houve tempo para a evangelização propriamente dita, existe a próxima etapa: os grupos de Mocidade espírita. Estas simples providências, demandando tempo, esforço e dedicação, podem significar no futuro a diferença na vida destes Espíritos, empréstimos de Deus em nossas vidas.

As fases infantil e juvenil são aquelas mais propícias para se reeducar Espíritos recém-chegados mais uma vez à Terra, com expectativas de construir um futuro melhor, retificando deslizes passados. Ao receberem as primeiras noções de moral e ética à luz da Doutrina, lições estas que devem também ser ministradas no seio familiar, não há dúvida, renovam-se e podem bem aproveitar estes conceitos por toda a vida.

Entretanto, observa-se, com preocupação, muitas mães fazendo a opção correta de conduzir os filhos para as atividades da infância e mocidade espírita, todavia, ao deixarem os seus filhos nas casas espíritas, de lá se afastam, para afazeres outros, ao invés de permanecerem nos centros quando estes também oferecem, às vezes, uma complementação de estudo paralela especialmente dirigida aos pais.

Outra situação inquietante é com relação aos exemplos dentro do seio familiar, não é incomum no cotidiano observar mães não se portando de acordo com os princípios recebidos pelos filhos nas aulas de evangelização, criando uma situação difícil, inconsistente com os postulados espíritas aprendidos pelas crianças. Os maiores exemplos devem vir daqueles mais próximos, no caso, mães e pais.

Os pais, propriamente ditos, evidentemente, também possuem as suas responsabilidades na condução da educação dos filhos, mas desta feita, voltamos à atenção para o papel que estas valorosas integrantes do grupo familiar jamais podem esquecer.

E se estamos na condição de filhos, devemos sempre nos lembrar de agradecer a estes Espíritos comprometidos muitas vezes ainda antes da reencarnação, encarregados de nos cuidar, com carinho e dedicação, e se de nossa parte, não recebemos a atenção desejada no período infantil ou mesmo juvenil, por variadas razões, mesmo assim, sejamos gratos às nossas queridas mães, pois nos proporcionaram a possibilidade de aqui estarmos em mais uma pequena etapa de nosso processo de evolução.

Corajosas e incansáveis mães, não percam de vista seus filhos, almas provisoriamente entregues por Deus para serem renovadas em seus princípios, através dos exemplos maternos e lições de vida.

Lembrem-se sempre de, quando por ventura o cansaço ou o desânimo acontecerem, ou mesmo se os filhos não atenderem aos carinhosos chamamentos, orar ao nosso Pai, pedindo forças para não esmorecer nesta tarefa de suma importância delegada à todas às Mães.

Rogério Miguez

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.kardecriopreto.com.br/mamae-estou-aqui/>. Acesso em: 23JUN2018.

Rogério Miguez
Rogério Miguez

Trabalhador da Doutrina Espírita desde a Mocidade, tendo atuado no estado de Rio de Janeiro em algumas Casas e, atualmente, em São José dos Campos/SP nos Centros Amor e Caridade, Jacob e Divino Mestre. Colabora em Cursos, Exposições, Atendimento Fraterno e Passes, sendo articulista dos periódicos Reformador e Revista Internacional de Espiritismo.

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