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A Paz de Jesus

agosto 29, 2018

Um dia destes caminhávamos pelas ruas e vimos um homem sentado nos degraus de uma casa comendo um sanduíche num estado de paz e contentamento que chamou nossa atenção. Naquele momento, pelo menos, para aquele homem, a paz era aquele sanduíche.

Interessante como a paz no coração vai evoluindo conforme a nossa maturidade espiritual e o momento que vivemos. Mas sempre precisamos vivenciá-la para não enlouquecermos, mesmo que sejam com coisas insignificantes.

Quando se é criança, a paz é mais fácil de obter nas coisas simples do dia a dia, como por exemplo, em poder estar brincando sozinho ou com os amigos, ou ter a presença dos pais, em visitar os avós, ou em assistir o desenho favorito.

Depois, na adolescência, a paz é estar com os amigos e sentir-se independente dos pais, ou quem sabe conquistar o coração de sua paixão juvenil. A paz já não é coisa tão simples, pois os conflitos da busca da identidade minam os momentos de paz.

Então, no momento que ficamos adultos, a paz é a constante busca para acharmos a felicidade.

Para os egoístas a paz é que tudo venha para eles. Nunca é dar mais do que recebem dos outros.

Para os intolerantes a paz é que o “que pensa diferente dele” mude de ideia e pense igual a ele, fazendo suas vontades. Nunca é respeitar a opinião alheia sem recriminar ou magoar a ninguém.

Para o vingativo a paz é causar ao outro aquilo que ele lhe causou, sem jamais perdoar.

Para o maledicente a paz é a satisfação de apontar as falhas do outro, sentindo-se assim superior, nunca é ser indulgente.

Para o orgulhoso a paz é quando ele prova a si mesmo que o outro é inferior e sempre o errado; nunca será a humildade.

Para o vaidoso a paz é quando todos o admiram e lhe exaltam, nunca a satisfação pela discrição das pequenas tarefas feitas com amor.

Mas chega um momento na vida que a dor chega e expande a consciência interna e paramos de agir contra ela e conseguimos a paz real, aquela que conseguimos deitar a cabeça sobre o travesseiro na certeza de ter feito o melhor que podíamos.

O Mestre Jesus dizia: “A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (João)(1)

 “Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas adentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.”(1)

Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Referência:
(1) XAVIER, Francisco Cândido, pelo espírito de Emmanuel. Vinha de Luz, capítulo 106.

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível no vídeo em <https://www.youtube.com/watch?v=dJm4yCyUnuU>. Acesso em: 23JUL2017.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Tradutora, mora em Porto Alegre/RS, estudante da Doutrina Espírita, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier como médium.

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