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Decisão fundamental no Natal

dezembro 22, 2018

A primeira atitude daquele homem foi descer do animal. Em sua caminhada encontrou aquele homem ferido, que havia sido desprezado por dois outros que ali passaram, conforme narra a conhecida Parábola do Bom Samaritano. Todo mundo conhece a parábola, nem é preciso narrar novamente. Seus personagens e desdobramentos são muito conhecidos e as lições morais daí decorrentes, igualmente, tocam o coração humano com lições incomparáveis.

Deixemos, todavia, aquelas lições já conhecidas, divulgadas e disponíveis para quem deseja ampliar o assunto e conhecer mais. Fixemo-nos na ocorrência da decisão do terceiro personagem, o bom samaritano, que encontrou o homem caído e ferido.

Sua primeira atitude foi descer do animal que o transportava. Isso não se deve apenas ao fato da comodidade de estar mais próximo, mas mostra a postura de decisão, de humildade, principalmente, ao aproximar-se do enfermo caído. Antes de qualquer outra iniciativa de apoio que se sucedeu, como conhecida, ele antes desce do animal, aproxima-se, verifica a necessidade, para depois, então, agir como exigia o momento.

A ocorrência é repleta de ensinos. Ele sentiu a dor alheia, preocupou-se com a dificuldade, não se manteve no pedestal da facilidade de locomoção que se encontrava – o que, naturalmente, pode ser comparado com as facilidades do nome, do cargo, da posição social, entre outras circunstâncias.

Ao aproximar-se, providenciou o que era necessário, como conhecido. Antes, a indiferença dos outros dois personagens. Sua aproximação, contudo, mudou todo o quadro da história. Desceu do animal com a disposição de ajudar, de fazer-se presente no que era necessário, de levar adiante as providências que o momento exigia.

As lições preciosas da citada parábola estão em todo o trecho. Desde o orgulho e a indiferença dos outros dois personagens, e ganha destaque já a partir da decisão de socorrer o infeliz, quando, então, desce do animal.

Sim! Precisamos observar, atentamente, este dado inicial da parábola. Também precisamos descer dos pedestais do orgulho, do egoísmo, da prepotência, da vaidade e da indiferença. Na verdade, trazemos conosco o dever de atenuar as agruras alheias. Fácil? Nem sempre! Muitos desafios apresentam-se nessa decisão de auxiliar a quem precisa, mas é importante que não permaneçamos indiferentes, que façamos o que esteja ao nosso alcance.

E esta decisão não se resume apenas no socorro à dificuldade alheia. Ela pode ser ampliada por meio da boa vontade e da disposição em ser útil. Também se encaixa, perfeitamente, em facilitarmos o andamento das providências e ocorrências do cotidiano. Seja no trato com um animal doméstico, com uma criança, com idosos, com outros adultos de nosso relacionamento, perante as providências diárias, na vida social, familiar ou profissional.

Desçamos, pois, de nossas pretensões. Aproveitemos a bela lição para revermos nossos próprios comportamentos perante perspectivas da própria vida e, principalmente, perante as dificuldades alheias. Especialmente, agora que o Divino Convite novamente chega ao coração de todos nós com a sublime mensagem do Natal.

Orson Peter Carrara

Orson Peter Carrara
Orson Peter Carrara

Expositor espírita, tem percorrido muitas cidades do Estado de São Paulo e já esteve na maioria dos estados do país, por várias vezes, para tarefas de divulgação espírita. Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas, sites e jornais do país, além de boletins regionais, no país e no exterior. Autor de treze livros, seus textos caracterizam-se pela objetividade e linguagem acessível a qualquer leitor, estando disponibilizados em vários sites de divulgação espírita.

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