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Sementeira e ceifa

julho 25, 2019

A severidade do castigo é proporcionada à gravidade da falta

“(…) o homem sofre sempre a consequência de suas faltas;
não há uma só infração à  Lei de
Deus que fique
sem a correspondente punição”.
(1)
– Allan Kardec

Segundo Hermínio C. Miranda, “todo erro ou mal praticado, é uma promissória que assinamos e mais tarde nos será apresentada para resgate”.

Ensina o ínclito e singular Mestre Lionês (1): “se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele mesmo se constituiu causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos, (vide: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo V, item 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade excede de muito à primeira.

(…) A severidade do castigo é proporcionada à gravidade da falta. A duração do castigo para qualquer falta, é indeterminada, ficando subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno à senda do bem. A pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria eterna se eterna fosse a recalcitração. Se pronto é o arrependimento, dura pouco. Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe faculta esperá-la.

Mas não basta o simples pesar do mal causado; é necessária a reparação, pelo que o culpado se vê submetido a novas provas em que pode, sempre por sua livre vontade, praticar o bem, reparando o mal que haja feito.

O homem é, assim, constantemente, o árbitro de sua própria sorte; pertence-lhe abreviar ou prolongar indefinidamente o seu suplício; a sua felicidade ou a sua desgraça dependem – basicamente – da vontade que tenha de praticar o bem. Tal é a lei, lei imutável e em conformidade com a bondade e a justiça de Deus”.

Ensina ainda o Mestre Lionês (2): “em que pese à diversidade de gêneros e graus de sofrimento dos Espíritos imperfeitos, O Código Penal da Vida Futura pode se resumir nestes três princípios:

1º. – O sofrimento é inerente à imperfeição.

2º. – Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis.  Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que seja necessária uma condenação especial para cada falta do indivíduo.

3º. – Podendo toda criatura libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar a futura felicidade.  A cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra: tal a lei da Justiça Divina”.

A Doutrina Espírita ensina (1): “os Espíritos somos criados simples e ignorantes. O trabalho é o meio de aquisição do que nos falta e a meta é a perfeição. Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e visto serem todos Seus filhos, não tem predileções”.

Conclama-nos Marco Prisco através das mãos abendiçoadas de Divaldo Pereira Franco (3):

“dê valor à sua vida!… Não a malbarate por motivo algum; cada dia deve ser vivido com intensidade proveitosa, superior; supere a queixa e a mágoa no seu nascedouro a fim de ter a saúde preservada.

Seus atos, seu comportamento moral, sua mente, seus desejos, sua sementeira, seus esforços, são sua vida.

Não esmoreça na dor; cinja-se a um programa de serviço beneficente; negue-se a derrota; arme-se de coragem, pois sua vida é bênção de Deus a benefício do ser espiritual que você é, imortal, fadado à perfeição.

Se, por enquanto, chovem calhaus e se multiplicam os cardos ferintes, ou se traz cravados no cerne do ser os punhais da angústia, recomponha-se e produza causas novas, que anularão tais efeitos e farão gerar futuras alegrias.

Hoje, você é o que fez de si mesmo, porém, será amanhã o que hoje realiza da oportunidade com que defronta.

Seu hoje, sua vida!…”

Rogério Coelho

Referências:
(1) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 125.ed. Rio: FEB, 2006, cap. XXVII, item 21;
(2) Idem, ibidem, cap. XXVII, itens 12 e 21; e
(3) FRANCO, Divaldo. Luz Viva.  Salvador: LEAL, 1985, cap. 7. 

Nota do editor:
Imagem ilustrativa disponível em <http://fentect.org.br/noticia/sintect-pi-entra-na-justica-contra-o-desconto-de-3-dias-no-contracheque-dos-trabalhadores-que-paralisaram-suas-atividades-no-dia-3006/>.
Acesso em: 25JUL19.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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