
Diante da nossa realidade atual!
Quando aspiramos conquistar a sonhada harmonia dos nossos propósitos superiores com as lições e exemplos de Jesus e, por conseguinte, a vitória da luz sob as trevas em nossas intenções mais íntimas, torna-se forçoso que tomemos corajosamente a decisão necessária de trilhar essa linha de conduta com toda disciplina e boa vontade.
Se nos dispomos realmente a levar adiante esse nobre objetivo de vida, será preciso primeiramente entender mais profundamente o significado das palavras do Cristo quando nos propôs:
“aquele que quiser vir em meus passos, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Também precisamos atender a célebre resposta dos Espíritos Superiores ao insigne codificador da doutrina espírita, na questão seguinte do Livro dos Espíritos:
919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Para nos libertarmos das ataduras que nos prendem aos velhos hábitos inferiores da personalidade, de forma que nos permita seguir a marcha evolutiva traçada pelas Leis Superiores para cada indivíduo no caminho da felicidade e da pureza espiritual, o conhecimento de nossa realidade é imprescindível.
No Livro dos Espíritos na questão que segue, podemos encontrar as explicações que precisamos para entender que depende simplesmente de nossos esforços a superação de nossas próprias deficiências.
909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?
“Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!”.
Se não nos foi possível ter pais, esposos, filhos, amigos, conforme desejaríamos é preciso observar nosso estado de espíritos inferiores e incompletos, enfrentando os desafios e as experiências propostos pela vida na oficina da evolução, e compreender que também eles, estão a caminho da perfeição que para nós todos ainda se encontra muito distante.
As Leis Divinas concede a cada criatura viver na realidade que lhe é necessária, assim sendo, em toda parte cada um de nós em sua luta, em sua dificuldade, em sua prova, com seus problemas, estamos diante da realidade que fazemos jus diante da assertiva de Jesus de que “a cada um será dado conforme as suas obras”.
Encontramos no livro Apostilas da Vida, Psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz, no cap. 18- intitulado: JUSTIÇA NA ESPIRITUALIDADE, as instruções que seguem:
“-Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual?
-No Mundo Espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo.
Ainda assim, existem aqui, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos.
A organização do júri, em numerosos casos, é aqui observada, necessariamente, porém, constituída de espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas se atenham a precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta.”
Compreendamos que cada companheiro ou companheira de caminhada também enfrenta sua própria realidade e lhes dediquemos o que já possuímos de melhor, amando e abençoando a todos, respeitando a realidade do momento que atravessam, reconhecendo que não nos achamos no educandário das experiências reencarnatórias para dar as lições de moral a quem quer que seja, e sim dar conta das lições que o dia-a-dia nos confere de “fazer aos outros, o que gostaríamos que os outros nos fizessem”.
Pensemos nisso!
Francisco Rebouças
Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em < http://vidaemebulicao.blogspot.com/2012/09/espelho-dagua.html>. Acesso em: 06AGO2019.
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