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Rei Leão

setembro 7, 2019

No filme Rei Leão, é contada a história do leãozinho Simba, herdeiro do pai, o rei da floresta. Ele tinha um tio ciumento que queria ser o rei e acaba armando um plano malvado de provocar a morte do rei, o seu irmão, e fazer Simba sentir-se culpado e ir embora, assim tendo o caminho livre para o trono cobiçado. Conseguiu sucesso no seu plano perverso e Simba vai embora. Depois de andar muito, ele acaba encontrando amigos que o ensinam a viver, alegremente, aproveitando a vida como ela é, e ensinando-o a expressão Hakuna Matata, comumente usada na África, significando “sem problemas, não se preocupe”. E assim ele vai levando a vida, despreocupadamente, com os novos companheiros.

Todos os súditos de seu reino acreditavam que ele tivesse morrido.

O tempo passa, Simba fica adulto, mas a vida o força a mudar. Uns fiapos de pelos seus são levados pelo vento, viajando a lugares inusitados, de pouso em pouso, acabando por chegar no local de seu reino. O macaquinho mandril, que era o espiritualizado do grupo, usando seu olfato, identificou como sendo de Simba e anunciou a todos que ele estava vivo. Todos ficaram muito felizes, até porque o rei substituto era ainda muito malvado.

A reflexão aqui é sobre a sincronicidade da vida que nos leva onde precisamos ir. A sincronicidade é Deus conduzindo-nos com seu hálito misericordioso, por estradas que não esperamos. Mas se nos deixarmos levar por suas Leis, chegaremos onde precisamos estar. E Ele usa os que nos cercam para isso. No filme citado, a leoazinha companheira de infância de Simba, agora adulta, também vai atrás dele porque não aguentavam mais o jugo do leão-tio malvado e convence-o a voltar. Ela foi o instrumento de Deus para que Simba voltasse à missão principal da vida dele, que era livrar o seu povo do malvado leão-tio e assumir a sua posição de líder, de Rei Leão. Simba era um leão de caráter bondoso e justo como seu pai.

Simba retorna a seu povo, derrota o rei traiçoeiro e assume a liderança esperada por todos, que a culpa indevida pela morte do pai o afastara. “Ajudem-se que o Céu os Ajudará”, Nosso Senhor Jesus Cristo nos recomenda no capítulo 25 de Seu Evangelho.

Há uma bela cena sobre os ciclos da vida, que não têm fim, acompanhado pela linda canção, cujo refrão abaixo repete várias vezes:

É o ciclo sem fim que nos guiará
À dor e emoção, pela fé e o amor!
Até encontrar o nosso caminho
Neste ciclo, neste ciclo sem fim!

Simba havia deixado levar-se pela culpa e tristeza da morte do pai; vai embora e leva uma vida despreocupada, sem compromissos, sem enfrentar a dor, acovardando-se para a vida. Mas, após teimar com a leoa em não voltar para casa com ela, à beira de um lago, recebe dos céus um chamado do pai leão para voltar e não esquecer quem ele era: o rei da floresta por direito.

Essa problemática lembra-nos da parábola do filho pródigo de volta ao lar, assumindo sua posição e pedindo perdão ao Pai, por ter sido levado pelos desacertos psicológicos e pela vida irresponsável, longe das lutas.

Deus está sempre conosco e espera que lutemos, que tenhamos fé e esperança na vida, pois triunfaremos. Somos todos Simbas, na busca de nossos caminhos, guiados por Deus, o Rei Leão Pai simbolizado no filme.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Tradutora, mora em Porto Alegre/RS, estudante da Doutrina Espírita, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier como médium.

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