Finados – o dia da Vida e do Amor

Vania Mugnato de Vasconcelos
29/10/2019
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Tradição religiosa nascida na França, em 998 d.C., o dia de Finados foi criado, inicialmente, para que se orasse pelos mortos, sobretudo os que haviam sido esquecidos. O hábito, enraizado no tempo, espalhou-se por diversas culturas. No mundo ocidental, particularmente, é dia de lágrimas, saudades e dúvidas: Continuam existindo após a morte? Pensarão em quem ficou? Haverá reencontro algum dia?

A maioria das religiões, se não todas, apregoa a continuidade da vida – o corpo físico perece, mas a alma, ser inteligente, é imortal. Entretanto, como nem sempre conseguem explicar esse conceito, a imortalidade espiritual limita-se ao campo da fé.

Há religiões que defendem que se dorme até o julgamento final, cuja data é incerta; outras mencionam a volta ao Todo Universal, com a perda da individualidade; outras falam do céu e do inferno, destino que separa os que se amam só por terem seguido caminhos distintos.

O Espiritismo também traz respostas, dadas pelos próprios espíritos: a morte não é o fim, é etapa da existência em que o ser inteligente abandona o corpo carnal para viver no mundo espiritual. O processo de nascer, morrer e renascer (reencarnação!) dá ao espírito o ensejo de evoluir até a perfeição. Ninguém é destinado ao sofrimento eterno, erros serão corrigidos e todos amadurecerão para o amor.

Os mortos do mundo físico não perdem a individualidade. Compreendem quais são as razões de terem nascido e partido, sabem da nossa importância em suas existências, sentem saudades, visitam-nos como fariam se ainda estivessem aqui.

Os reencontraremos, pois o interesse sincero, o afeto real une os seres: duvidar do amor é duvidar do motivo de existir. A morte somente liberta a alma, assim como a gaiola que é aberta liberta o pássaro.

Onde estivermos ao pensar em quem partiu da vida material, será ali que ele virá, atraído por nossos pensamentos afetuosos. Não é necessário que seja no cemitério, ainda que possa ser. Não existe ambiente especial para sentir saudade, pensar, orar por quem amamos e vive noutra dimensão.

A morte não é o fim, é continuidade. Não significa adeus, é até breve.

Finados é dia de louvar a vida, comemorar a imortalidade, brindar o amor. É mais um dia em que o sentimento atravessará o Universo, se necessário for, para abraçar os que queremos e nos querem bem.

Vania Mugnato de Vasconcelos

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