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Credenciais-atos 

agosto 13, 2020

De braços cruzados não podemos praticar a caridade 

 “A cada um segundo as suas obras.” 

  • Jesus.  (Mt., 16:27.) 

 

Provavelmente foi inspirado nessas palavras de Jesus, que Tiago(1) disse: meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: tu tens a fé e eu tenho as obras:  mostra-me a tua fé sem obras, eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.”  

Disse Jesus (2): “Meu Pai trabalha até hoje, e eu também.” 

Paulo, escrevendo aos coríntios, afirmou (3): agora pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três, mas a maior delas é a caridade.” 

Fé e Esperança podemos ter sem trabalho algum! Mas, a prática da Caridade pressupõe e induz-nos ao trabalho. De braços cruzados não podemos praticá-la. Enfeixando todos esses conceitos vamos desembocar de forma muito natural no estuário do trabalho. 

Ninguém melhor do que Emmanuel desenvolveu tão bem a respeito deste tema, dando-nos a exata dimensão da necessidade do trabalho individual para a própria edificação e consequente para a definitiva alforria espiritual… 

Segundo o abençoado Mentor Espiritual de Chico Xavier, “trabalhar é produzir transformação e movimento. Servir é criar simpatia, fraternidade e luz. O trabalho reajusta as forças do Espírito, reconforta… O serviço aos outros anula os detritos do mal. O trabalho é uma esponja bendita sobre as mágoas do mundo. Para que o homem se integre na recepção da herança divina, não pode dispensar as certidões de trabalho próprio.O trabalho é uma estrada luminosa e alegre, na direção da vitória com o bem. O serviço ao próximo reconquista o respeito e a serenidade perante a vida.  Lembre-se de que o trabalho é o dissolvente de nossas mágoas.   Ajuda, sem distinção, na certeza de que, na alegria dos outros encontrarás alívio e consolação para teus pesares. O trabalho com elevação espiritual é a maior dádiva que o tempo e o corpo terrestre podem oferecer.” 

Eis o pensamento de alguns outros Benfeitores Espirituais sobre esse tema: 

Irmão X: – “O trabalho e o sofrimento são leis imperantes no planeta em prol do nosso próprio resgate e redenção psíquica. O trabalho abrir-nos-á o caminho da infinita luz” 

Meimei: – “O trabalho é a estrada santificadora de todos os que não se firmarem no rumo certo e o remédio para todos os males; e a bênção que Jesus oferece-nos no santuário do espaço e do tempo e, por isso mesmo, aceitá-lo aperfeiçoando-o, com a nossa atuação, é para nós próprios, a estrada de acesso à glória celestial. Assim, deixe que o trabalho tanja as cordas celestes do teu sentimento, para que não falte a música da harmonia aos poderosos trilhos da existência terrestre.” 

Estevina:  “O trabalho conferir-nos-á juvenilidade eterna e ventura imperecível.” 

Quando as criaturas enfim compreenderem que cada um é o artífice do próprio destino, haverá maior paz e trabalho no Bem na Terra...  Quando a lei de causa e efeito deixar de ser apenas uma lei física e os homens compreenderem que seus atos estão também submetidos a essa lei, haverá maior cuidado e a felicidade verá romper sua aurora nos planos terrestres, pois segundo um benfeitor espiritual “a felicidade se acha destinada ao homem neste mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais e sim no infinito Bem.” 

Indubitavelmente, o trabalho é a escada divina de acesso aos lauréis imarcescíveis do Espírito. 

Há irmãos de romagem terrestre que se proclamam tão pecadores e limitados que se sentem inabilitados para prestar concurso sadio na obra cristã, esquecidos de que Jesus, o Mestre por Excelência, veio para os doentes e não para os sadios.    

Toda movimentação útil é trabalho, não importa se singela ou expressiva se na imprensa, na tribuna, no livro, na enxada, no tijolo ou no malho.  Movimentemos nossas mãos cientes de que Jesus e o Pai Celestial também o fazem, até hoje!… 

Rogério Coelho 

 

Referências: 

(1) Tiago, 2:14, 17 e 18;  

(2) Jesus, João., 5:17; e 

(3) Paulo, I Cor., 13:13. 

 

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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