Para uma melhor compreensão do Evangelho Segundo Emmanuel
dezembro 14, 2020
RESUMO
Este estudo procura fornecer elementos para se compreender melhor a perspectiva de Emmanuel sobre o estudo do evangelho. A última década foi marcada pelo aumento de interesse, no meio espírita, pelo estudo do Novo Testamente à luz das obras desse autor espiritual. No entanto, sem se ancorar nos pressupostos adotados autor, há a possibilidade de surgir “mal entendidos” no processo de interpretação de suas ideias. Com o objetivo de contornar esses inconvenientes, objetivou-se expor alguns dos posicionamentos emitidos por esse autor, em algumas de suas obras, que insinuam a sua preferência por uma tradição textual bíblica específica, adotada por ele na elaboração de seus comentários sobre a Boa-nova. Nesse sentido, sustenta-se, mediante o recurso às categorias analíticas de “paradigma”, “horizonte” e “autoridade”, apreendidas das reflexões de Thomas S. Kuhn e Hans Georg-Gadamer, que qualquer intento direcionado a “atualizar” Emmanuel, por critérios distintos dos adotados por ele, configuraria um ato de “alteração” de seu trabalho e de “desrespeito” à sua posição de autor, que, consciente de suas escolhas, saberia, melhor do que ninguém, os motivos da sua opção pelo uso da tradução de João Ferreira de Almeida nas epígrafes evangélicas constantes em muitas de suas mensagens.
Palavras-chave: Emmanuel; Critérios do Autor; Tradução; Novo Testamento; Alteração; Atualização.
“[…] um livro, no aspecto em foco, poderá, de futuro, estimular a comercialização terrestre da palavra dos amigos espirituais […].”
Advertência feita por Emmanuel, em 1956 (1)
Introdução
Desde as comemorações do centenário de nascimento do médium brasileiro Francisco Cândido Xavier (1910-2002), ocorridas em 2010, seguidas pelas efemérides em torno dos 150 anos de O evangelho segundo o espiritismo, realizadas em 2014, o interesse pelo estudo de aspectos do Novo Testamento, à luz das obras de Emmanuel, aumentou consideravelmente. (2) Sob a euforia dessas circunstâncias, no entanto, nem todas as pessoas teriam buscado se inteirar dos pressupostos adotados por esse autor espiritual, na coerente exposição de seu pensamento. Alguns, inclusive, sob o prisma de critérios distintos aos adotados por Emmanuel (ou seja, passando por cima de sua “autoridade” como grande conhecedor do evangelho), teriam introduzido pontos de refração na luminosidade cristalina que deveria emanar do conjunto de suas obras, terminando por prejudicar a coesão da forma linguística, sob a qual ele representou, originalmente, os seus ensinamentos sobre o evangelho redivivo.
Consideração I
Em termos práticos e efetivos, teria sido empreendida a substituição dos versículos, baseados na popular tradução (“revista e corrida”) de João Ferreira de Almeida (3), por versões ditas mais “modernas”, “acadêmicas” e “melhor aceitas”, que viessem a refletir os “avanços” realizados no campo da “crítica literária”, desde os anos 1960. O impulso desses “avanços”, como deveria ser de conhecimento de alguns, guardaria relação com algumas ações emanadas do seio da Igreja Católica, durante do Papado de João XXIII (1958-1963). Entre elas, destacar-se-ia a criação do Secretariado para a união dos cristãos (1961) e a realização do Concílio Vaticano II (1962-1965)–o 24oConcílio Ecumênico da Igreja Católica (a contar desde o 1o Concílio de Nicéia, em 325 (4)) –, que teria congregado os expoentes da hierarquia católica, na condição de participantes, e, também, figuras representativas da Igreja Ortodoxa e do protestantismo, embora, na posição de observadores. Em meio ao conclave, convencionar-se-ia a Constituição Dogmática Dei Verbum (1965) – aPalavra de Deus −, figurando, entre suas diretrizes,a aplicação do “método histórico-crítico” à leitura da Sagrada Escritura. (5)
Na esteira dessa tendência, em 1968, o supracitadoSecretariado para a união dos cristãosviria aapresentar um documento –denominado A cooperação interconfessional da tradução da Bíblia − que, dentre suas recomendações, destacar-se-ia o recurso às“edições críticas” (6) do “Novo Testamento grego” na realização de novas traduções. Tal opção acabaria por colocar sob suspeita algumas versões textuaistradicionais, o que teria gerado certa resistência em alguns seguimentos religiosos mais afeiçoadosa uma versão textual grega, originada em 1516, fruto do trabalho (que teria servido de base para a Reforma Protestante, iniciada em 1517) de compilação de manuscritos, atribuído ao humanista Erasmo de Roterdã (1466-1536). (7) Do ponto de vista espiritual, esses acontecimentos, ocorridos no século XVI, direcionar-se-iam a promover um processo de “regeneração” dos então “relaxados centros de força” da religião, ora “desviada” de sua essência redentora. (8)
Por essa razão, conforme explicou Emmanuel, que o “plano invisível” teria “determinado”:
[…] a vinda ao mundo de numerosos missionários com o objetivo de levar a efeito a renascença da religião, de maneira a regenerar os seus relaxados centros de força. Assim, no século XVI, aparecem as figuras veneráveis de [Martinho] Lutero, [João] Calvino, Erasmo [de Roterdã], [Filipe] Melanchton e outros vultos notáveis da Reforma […].(9)
Seria assim que trabalho legado por Erasmo de Roterdã − posteriormente consagrado sob o nome deTextusreceptus (Texto recebido) − viria a servir de base, no século XVII, para a tradução (do grego para o português)realizada pelo religioso protestante, de origem portuguesa,João Ferreira de Almeida (1628-1691). Visto que a primeira edição de 1681 (composta e impressa em Amsterdam) apresentaria muitos erros tipográficos, o trabalho de Almeida, doravante, viria a passar por revisões; daí ter surgido, em 1898, uma versão denominada “revista e corrigida”.(10)
Consideração II
No entanto, mediante o surgimento de outras fontes textuais (na forma de pergaminhos e papiros antigos), entre meados do século XIX e os anos 1930, a fidedignidade dos conteúdos exarados no Textusreceptusteriam se tornado objeto de análise de muitos “críticos literários”, adquirindo maior impulso – conforme detalhado anteriormente −, após os anos 1960, sob a chancela da Igreja Católica. (11) Decorreria desse processo − marcado pelos signos do questionamento e da relativização–a formação de um clima de opinião propenso à realização das traduções “modernas” do Novo Testamento, mais conformadasà necessidade dos tempos (ou seja, sujeitas ao atendimento de mutáveis demandas emanadas de círculos acadêmicos e setores da sociedade), e, por isso, suscetíveis a passar por revisões e atualizações constantes. Apesar da grande consagração ocorrida na segunda metade do século XX, cabe situar que, do ponto de vista temporal, o início desse processo remontaria à transição do século XVII para o XVIII: época em que teriam despontado as primeiras “críticas” às leituras confessionais, de caráter “pietista”,da Bíblia. (12)
Sob a novel perspectiva, essas leituras teriam sido taxadas de “ingênuas” e “acríticas”, pois, ao invés de se pautarem por uma“interpretação racional” dos textos sagrados, valorizariam os aspectos ligados ao despertamento desentimentos religiosos. (13) Com isso, os assuntos próprios ao campo da fé teriam sido relegados à categoria dos fenômenos “míticos”, “irreais” e, até mesmo, “sobrenaturais”, ora vistos como “irracionais”. (14) Para fugir ao enfrentamento desses temas, os “críticos literários” viriam a se pautar pelo“método histórico-crítico”, cujo foco de análise se concentraria emcircunstâncias socioculturais tangíveis, ou seja, enquadrando-se a leitura do“texto” sob a moldura de um determinado “contexto” material. (15)
Tratar-se-ia de um esforço direcionando ao equacionamento de soluções “racionais” (baseadas em fatos concretos e observáveis), que poderia ser alcançado, teoricamente, por intermédio da adaptação de algumas dastradicionais perguntas (16) contidas no “hexâmetro latino.” (17) Na esteira desse enfoque, surgiria, posteriormente,certo arfam investigativo para se delinear um“Jesus histórico” (em detrimento de um “Jesus da fé”), circunscrevendo a sua vida (seus atos, seus exemplos e suas lições) a um conjunto de episódios próprios (e limitados) a uma circunstância pretérita. Desse modo, o Novo Testamento tenderia a ser visto como uma “obra de estudos” do passado, caudatária dos costumes e da cultura de seu tempo, e não como um conjunto de ensinamentos atemporais capaz de “iluminar o presente”. (18)
No entanto, aponta-se que Emmanuel não partilharia do mesmo“paradigma” (19), pois, ao expressar o seu modo de ver o assunto, destacou que“[…] cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores diretos adapta-se à determinada situação do Espírito, nas estradas da vida”.(20) Assim, ao se respeitar aperspectiva espiritual que teria norteado os seus comentários em torno do Novo Testamento, tem-se a impressão que, pela adesão (consciente ou inconsciente) a certos convencionalismos humanos, muitos estudiosos –à semelhança da“figueira estéril”que, contrariando as leis da natureza, apresentariaapenas portentosa folhagem, mas nenhumfruto (Cf. Marcos, 11: 12-14, 20-23)–teriam crido em vão. Sobre o assunto, ele detalhou:
Qual acontece a muitas flores que não atingirão a frutescência na estação adequada, existem inúmeras almas, nos serviços da crença, que não alcançam em longos períodos de luta terrestre a iluminação de si mesmas, por haverem crido em vão nos trilhos da vida. […]
A revelação de Jesus é campo extenso onde há lugar para todos os homens, em nos referindo aos serviços diversos.
Muitos chegam à obra, todavia, não passam além da letra, cooperando nas organizações puramente intelectuais; uns improvisam sistemas teológicos, outros contribuem na estatística e outros ainda se preocupam com a localização histórica do Senhor.
É imperioso reconhecer que toda a tarefa digna se reveste de utilidade a seu tempo, de conformidade com os sentimentos do colaborador; contudo, no que condiz com a visão eterna que o Cristianismo nos desdobra a olhar, é imprescindível retermos em nós o ensinamento do Mestre, com vistas à necessária aplicação.
Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo com o material evolutivo da Terra. O discípulo gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparará ao recomeço do aprendizado, porquanto, sem fixar em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido. (21)
Naturalmente,seria sob o ponto de vista limitado das especulações racionalistas que viriam a surgirinúmeros debates e discussões, além de uma série de questionamentos sem fim, contribuindo para o aumento do“ceticismo”, em matéria de crença e religiosidade, nos meios eruditos. (22) Por isso, Emmanuel, em manifestotom de reprovação ao modus operandi da “crítica histórica”, adotada pelas modernas“escolas literárias”,teceu o seguinte comentário em A caminho da luz (1938):
Muitas escolas literárias se formaram nos últimos séculos, dentro da crítica histórica, para o estudo e a elucidação desses documentos.A palavra “apócrifo” generalizou-se como o espantalho de todo o mundo.Histórias numerosas foram escritas. Hipóteses incontáveis foram aventadas, mas os sábios materialistas, no estudo das ideias religiosas, não puderam sentir que a intuição está acima da razão e, ainda uma vez, falharam, em sua maioria, na exposição dos princípios e na apresentação das grandes figuras do Cristianismo.
A grandeza da doutrina não reside na circunstância de o Evangelho ser de Marcos ou de Mateus, de Lucas ou de João; está na beleza imortal que irradia de suas lições divinas, atravessando as idades e atraindo os corações. Não há vantagem nas longas discussões quanto à autenticidade de uma carta de Inácio de Antioquia ou se Paulo de Tarso,quando o raciocínio absoluto não possui elementos para a prova concludente e necessária. A opinião geral rodopiará em torno do crítico mais eminente, segundo as convenções. Todavia,a autoridade literária não poderá apresentar a equação matemática do assunto. É que, portas adentro do coração, só a essência deve prevalecer para as almas e, em se tratando das conquistas sublimadas da fé, a intuição tem que marchar à frente da razão, preludiando generosos e definitivos conhecimentos. (23)
Consideração III
Além de se mostrar inadequado à compreensão da “essência” dos ensinamentos evangélicos, o“método histórico-crítico” teria um “perfil elitista”, visto que somente as pessoas muito cultas e letradas – e com amplos recursos financeiros para investir na aquisição de um arcabouço cultural especializado (comocoleções de livros, dicionários, comentários bíblicos, atlas, etc., ou, até mesmo, um dispendioso software chamado Logos Bible) – poderiam empreendê-lo. (24) De acordo com Emmanuel, uma similar tendência à elitização também teria surgido em seguida à desencarnação do Cristo − momento em que as disposiçõescontidas em seus ensinos, sob a influência desviante dos costumes religiosos em voga naquele tempo, sofreriam a primeira pressão emanada do convencionalismo humano, no sentido de afastá-lasda original essência de “simplicidade” e “pureza”. Consoante se segue:
Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência do Judaísmo, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feições aristocráticas […]. É então que Jesus resolve chamar o espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um dos acontecimentos mais significativos na história do Cristianismo. […] sua influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos de simplicidade e pureza. (25)
Análise das Considerações I, II e III
Diante das colocações de Emmanuel, acima apresentadas – sobre o papel desempenhado, no século XVI, por um grupo de espíritos “missionários”, “veneráveis” e de “grande vulto”, estando entre eles a figura de Erasmo de Roterdã, responsável pela tarefa de restabelecer a essência primitiva dos ensinos contidos no Novo Testamento; sobre a excessivavalorização dos aspectos “circunstanciais” (em atendimento aos critérios do “método histórico-crítico”) por parte das modernas “escolas literárias”; sobre os riscos à elitização (de “feições aristocráticas”) dos estudos evangélicos−, considera-se prudente indagar: seria Emmanuel favorável à “atualização” de suas obras consoante a perspectiva dos “críticos literários” do Novo Testamento? Pondera-se isso, pois, em termos acadêmicos, é sabido por muitos que uma “compreensão consciente” das ideias de um autor ou de um texto específico, dar-se-ia por intermédio de um “deslocamento” pessoal (do intérprete) ao “horizonte” que teria emoldurado o pensamento do “outro” (no caso, o autor). De acordo com o renomado hermeneuta Hans-Georg Gadamer(1900-2002):
Esse ato de deslocar-se não se dá […]pela submissão do outro aos nossos próprios padrões. […] é preciso que nós próprios nos transportemos até essa outra situação. Somente assim se satisfaz o sentido de “deslocar-se”. Se nos deslocarmos, por exemplo, à situação de um outro homem, então vamos compreendê-lo, isto é, tornando-nos conscientes da sua alteridade e até da individualidade irredutível do outro, precisamente por nos deslocarmos à sua situação. (26)
Tratar-se-ia, dito de outro modo, do reconhecimento da legitimidade do ponto de vistado “outro” e, em se tratando de um autor consagrado, da aceitação de sua “autoridade”, buscando-se compreender o seu “horizonte” mais amplo, sem condicioná-lo, unilateralmente, a um “horizonte de consciência” que corresponderia menos a ele e mais ao “ponto de vista” do intérprete. (27) Nesse sentido, tratar-se-ia de “[…] abrir e manter abertas possibilidades. Face ao que diz outra pessoa ou um texto […]”. (28) Por isso, de acordo com Gadamer, uma “compreensão consciente” implicaria no reconhecimentodos critérios adotados pelo “outro”, em detrimento de fazer valer a nossa vontade sobre eles, atribuindo-se, em termos racionais, a autoridade a “outra pessoa”, consoante explicado abaixo:
Na verdade, a autoridade é, em primeiro lugar, uma atribuição a pessoas. Mas a autoridade das pessoas não tem seu fundamento último num ato de submissão e de abdicação da razão, mas num ato de reconhecimento: reconhece-se que o outro está acima de nós em juízo e visão e que, por consequência, seu juízo precede, ou seja, tem primazia em relação ao nosso juízo. (29)
Assim, a legitimidade da “autoridade”atribuída aalguém
[…] repousa sobre oreconhecimento e, portanto, sobre a uma ação da própria razão que,tornando-se consciente de seus próprios limites, atribui ao outro uma visão mais acertada. A compreensão correta desse sentido de autoridade não tem nada a ver com a obediência cega a um comando. Na realidade, a autoridade não tem nada a ver com obediência, mas com conhecimento. […] Seu verdadeiro fundamento é, também aqui, um ato de liberdade da razão, que concede autoridade ao superior basicamente porque este possui uma visão mais ampla ou é mais experto, ou seja, porque sabe melhor. (30)
Sob essa perspectiva, sugere-se que qualquer “opção” feita por alguns intérpretes, no sentido de promover aadequação da obra de um autor consagrado, valendo-se para isso, de critérios distintos (baseados em “concepções prévias” alimentadas na mente dos interpretadores) àqueles esposados por seu pensamento original, poderia gerar “mal entendidos” no processo compreensão de ideias;visto que se trataria da imposição validada pelo“ponto de vista” da pessoa que interpreta e não pelo “horizonte” definido pelo próprio autor, relativizando-se, por conseguinte a sua “autoridade” perante o assunto tratado em sua obra. Conforme apontado por Gadamer, decorreria da “[…] falta de abertura para a opinião do outro […]” (31) a imputação de muitas ideias e concepções anacrônicas e paradoxais – concebidas a partir de um “paradigma” (32) não partilhado pelo autor −, o que tende chamar a atenção para “[…] o problema de como escapar ao circuito fechado das próprias opiniões prévias”. (33) Assim, na visão desse experiente intelectual:
De modo algum podemos pressupor como um dado geral que o que nos é dito em um texto se encaixe sem quebras nas próprias opiniões e expectativas. Ao contrário, o que me é dito por alguém, numa conversa, numa carta, num livro ou de outro modo, encontra-se por princípio sob a pressuposição de que o que é exposto é sua opinião e não a minha, da qual devo tomar conhecimento sem precisar partilhá-la. Todavia, essa pressuposição não representa uma condição que facilite a compreensão; antes, representa uma nova dificuldade, na medida em que as opiniões prévias que determinam minha compreensão podem continuar completamente despercebidas. Se elas motivam mal-entendidos, como seria possível percebê-las, por exemplo, frente a um texto, onde não há contra-objeções da parte do outro? (34)
Essa indagação feita por Gadamer se mostra bastante oportuna para se refletir sobre a “licitude” e a “conveniência” da “opção” feita por alguns, que redundou na substituição da tradução do Novo Testamento, originalmente adotada por Emmanuel, por outras versões. Tal procedimento, além de desrespeitar a“autoridade” (alicerçada em conhecimento mais amplo, superior, e, por isso, melhor) do autor espiritual, tende a prejudicar a coesão existente entre a linguagem empregada nos seus textos e o vocabulário presente nos versículos traduzidos por João Ferreira de Almeida. Por isso, convém reforçar que Emmanuel sempre se manteve coerente ao seu “horizonte” de “intenções” (ou seja, as “motivações”, as “escolhas”, os “objetivos”, etc.) (35), quando “optou”, conscientemente, pela utilização de uma tradução, em língua portuguesa, feita a partir da versão grega do Novo Testamento legada por Erasmo de Roterdã.
Daí constar, no “horizonte” emoldurado por Emmanuel, a expressa desaprovação à perspectiva de estudos desenvolvida pela “crítica histórica” e seguida por algumas “escolas literárias” formadasnos últimos séculos.Ademais, cumpre acrescentar que, ao apresentar a seu modo de vero processo de “interpretação dos textos sagrados”, esse autor espiritual frisou a sua “despretensão” em realizar uma “exegese” −stricto sensu −, visto que seu objetivo consistiria, “tão somente”, em “interpretar” algumas“frases pequeninas” extraídas do Novo Testamento: “[…] conferindo-lhes cor independentedo capítulo evangélico a que pertencem […], proporcionando-lhes fisionomia especial […]”. (36) Tal procedimento, conforme preveniu o autor, poderia “contrariar”, em “determinadas circunstâncias”,a visãoordinária sobre o assunto (37) – assaz condicionada por um juízo prévioque −cristalizado na forma como os episódios da vida de Jesus teriam ocorrido em um determinado contexto − teria assimilado pouco doespírito subjacente ao texto, de essência atemporal.
Considera-se que com essa estratégia, o autor espiritual intentaria redirecionar o foco do leitor para bem longe do campo das “perquirições teológicas”, que, ao longo tempo, teriam transformado “[…] os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra […]”. (38) Assim, frente a essa perspectiva, considera-se oportuno que os leitores de Emmanuel viessem a indagar a si mesmos: seria “lícito” e “conveniente” (em alusão à conhecida frase de Paulo de Tarso registrada em 1 Coríntios, 6:12, “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém.”)desconsideraralguns dos critérios adotados, conscientemente, porum Espírito Superior, com o fito de imiscuir em suas obras os ditos“avanços” realizados por uma “crítica textual” humana? Tal ponderação se faz necessária, pois, nos últimos anos, a expressão “crítica textual” − que,após os anos 1960, sob a chancela da Igreja Católica, tenderia a ser “universalizada”entre os estudiosos de variados seguimentos religiosos (39) – passou a circular,com mais frequência,em alguns círculos do espiritismo, e, com isso, passou também a ser repetida, proverbialmente (e talvez por modismo), por algumas figurasque, fiadas por algum discurso que ouviram dizer, acabaram porrelativizar(e até mesmo a macular) aspectos basilares da concepção de evangelho segundo Emmanuel.Por esse motivo, cabe a cada um consultar a própria consciência e passar a refletir – levando-se em conta os pontos de vista ético-moral, acadêmico e até mesmo jurídico – sobre o imperativo dese manterconscientemente fiel à“autoridade” do autor espiritual, que não escreveu suas obras para que elas viessem a ser alteradas por espíritos encarnados (40) (em atendimento às“conveniências do mundo”), mas, inversamente, para que elas (com seus conteúdos “integralmente preservados”) pudessem contribuir no processo deautoburilamento das pessoas de boa vontade.
Conclusão
Com vista a destacar alguns apontamentos feitos por Emmanuel − sobre o papel desempenhado, no século XVI, por um grupo de espíritos “missionários”, “veneráveis” e de “grande vulto”, estando entre eles a figura de Erasmo de Roterdã, responsável pela tarefa de restabelecer a essência primitiva dos ensinos contidos no Novo Testamento; sobre a excessiva valorização dos aspectos “circunstanciais” (em atendimento aos critérios do “método histórico-crítico”) por parte das modernas “escolas literárias”; sobre os riscos à elitização (de “feições aristocráticas”) dos estudos evangélicos –, desenvolveu-se uma análise direcionada a fornecer subsídiospara que os seus leitores possam vir a ponderar melhor sobre a plausibilidade (ou não) de alguns encarnados terem feito a “opção” por alterar as obras originais desse autor espiritual, no sentido de atualizá-las sob a perspectiva de “escolas literárias” surgidas nos últimos séculos −, mas, sobretudo, desde os anos 1960. Essas escolas teriam como pressuposto o recurso à “crítica histórica” que tende a racionalizar os conteúdosdo Novo Testamento, encapsulando-os dentro de uma circunstância temporal do passado remoto; o tenderia a descaracterizar a “essência atemporal” − passível de ser transposta, no plano dos sentimentos, às diversas circunstâncias da vida cotidiana − dos ensinamentos legados por Jesus, há quase 2000 anos, mas destinados iluminar o caminho futuro a ser traçado pela Humanidade. Nesse sentido, apresentou a noção de “autoridade” do autor espiritual (alicerçada em conhecimentos mais amplos superiores, e, por isso, melhores), bem como do seu “horizonte” de “intenções” (ou seja, as “motivações”, as “escolhas”, os “objetivos”, etc.), que, sob um “paradigma” emanado do plano espiritual,tende a divergir daquele convencionado, sob um ponto de vista material, efêmero e contingencial, por seres humanos.
Portanto, como forma de encerrar esse estudo, segue a transcrição de alguns trechos selecionados de mensagens escritas por Emmanuel, que chamam a atenção para a importância de não se desviar (por influência da ação de bússolas desnorteantes, bem como do posicionamento de lemes interpretativos direcionados a promover movimentos circulares em torno da visão particular de seus manobradores) do“conhecimento”da “verdade que liberta”– “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João, 8:32):
A palavra do Mestre é clara e segura. (41)
***
Não seremos libertados pelos “aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos. (42)
* * *
Muitos […] se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do “ponto de vista”. (43)
* * *
Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido. (44)
* * *
Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz… (45)
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O homem, como é natural, encontrará diversas sugestões no caminho. Não somente do plano material receberá certos alvitres tendentes a desviá-lo das realizações mais nobres. (46)
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Por que pretensões individuais numa obra da qual somos todos beneficiários do mesmo Senhor? (47)
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É interessante observar como está sempre disposto o homem a se apropriar de circunstâncias que o elevem no alheio conceito com facilidade. Sempre inclinado a destacar-se nos círculos do bem que ainda lhe não pertence de modo substancial, raramente assume a paternidade dos erros que comete. (48)
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Justificam-se, para isso, em doutrinas novas, filhas das novidades científicas do século […]. (49)
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Poderão recorrer aos conceitos dos pretensos sábios do mundo, entretanto, Jesus não ensinou assim. (50)
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É útil recordar […] que o Evangelho é portador de todos os ensinamentos essenciais e necessários, sem nos impor a necessidade de recorrer a nomenclaturas difíceis, distantes da simplicidade com que o Mestre nos legou a carta de redenção, na qual nos pede atenção amorosa e não teorias complicadas. (51)
Flávio Rey de Carvalho
Notas e referências do autor:
(1) XAVIER, Francisco Cândido. Fé e vida. Espíritos diversos. Brasília/São Paulo: FEB/CEU, 2014, Cap. 21, p. 88.
(2) [1]Cf. TORRES, Natália Cannizza. “Jesus, a porta, Kardec, a chave”: a apropriação do Novo Testamento pelo segmento espírita. São Carlos. 2019, 91f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, 2019, p. 17-19, 46-59, 80. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11755?locale-attribute=es>. Consulta em: 11/11/2020; TORRES, Natália Cannizza. A apropriação do Novo Testamento pelo segmento espírita. São Paulo: USESP, 2020. Disponível em: <https://usesp.org.br/2020/09/08/a-apropriacao-do-novo-testamento-pelo-segmento-espirita/>. Consulta em: 11/11/2020.
(3) O texto exarado na versão “revista e corrigida” (cuja primeira edição dataria de 1898), embora atualizado ortograficamente, teria sido preservado, grosso modo, até meados dos anos 1990, quando surgiriam novas edições, que apresentariam algumas alterações no conteúdo textual propriamente dito. Cf. PREFÁCIO àtradução de Almeida Revista e Corrigida – 4ª edição. In: Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e corrigida no Brasil. 4. ed. São Paulo: SBB, 2011, não paginado.
(4) [1]O Concílio de Nicéia (realizado em 325) teria sido realizado em atendimento a demandas exógenas ao fenômeno religioso per se. Na ocasião, alguns enviesamentos ligados à vontade política da época teriam sido imiscuídos no cristianismo. De acordo com o sociólogo da religião Peter L. Berger essa teria sido a real intenção que teria motivado a convocação de um conclave naquele momento, visto que “[…] definiu os contornos da ortodoxia cristã.” (p 163). Por esse motivo, Berger, considerando os séculos que se sucederam ao referido acontecimento – até a atualidade-, comentou: “A religião foi instrumentalizada politicamente muitas vezes desde então.” (p. 164). BERGER, Peter L. Os múltiplos altares da modernidade: rumo a um paradigma da religião numa época pluralista. Petrópolis: Vozes, 2017, p. 163-164, grifo nosso. Ver também: CARVALHO, Flávio Rey de. Entre “luzes” e “trevas”: o padroado e as origens da reforma pombalina da Universidade de Coimbra. São Paulo, 2019. 444f. Tese (Doutorado em Ciência da Religião) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2019, p. 112-113, 279, 318. Disponível em: <https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22752>. Consulta em: 12/11/2020.
(5) Cf. MALZONI, Cláudio Vianney. As edições da Bíblia no Brasil. São Paulo: Paulinas, 2016, p. 128-130; MOSCONI, Luis. Para uma leitura fiel da Bíblia. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1997, p. 73; SILVA, Cássio Murilo Dias da. O impulso bíblico no Concílio: a Bíblia na Igreja depois da Dei Verbum. Teocomunicação, Porto Alegre, vol. 36, n. 151, mar./2016, 29p. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/view/1669>. Consulta em: 6/11/2020.
(6) Tratar-se do chamado “texto eclético”, que teria sido composto a partir da soma de fragmentos de manuscritos variados. Nele, há também as chamadas “variantes textuais”, situadas na forma de “aparato crítico” do texto. Cf. Cf. KONINGS, Johan. A Bíblica, sua origem e sua leitura. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 172; KOVAR, Johannes. O “textusreceptus” e as traduções modernas da Bíblia. Bogenhofen: [s.n.], [s.d.], p. 1. Disponível em: <https://adventistbiblicalresearch.org/sites/default/files/pdf/O%20textus%20receptus%20%282%29.pdf>. Consulta em: 6/11/2020.
(7) Cf. KONINGS, A Bíblica, sua origem e sua leitura, op. cit., 2014, p. 172; MALZONI, As edições da Bíblia no Brasil, op. cit., 2016, p. 129-130.
(8) Cf. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da Luz: história da civilização à luz do espiritismo. Pelo Espírito Emmanuel. 37 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, p. 210.
(9) Id., grifo nosso.
(10) Cf. A BÍBLIA SAGRADA: contendo o Velho e o Novo Testamento. Traduzida em português por João Ferreira D’Almeida. Com referencias e algumas variantes. Edição revista e corrigida [(1898)]. Lisboa: Sociedade Bíblica Britannica e Estrangeira, 1955; O Novo Testamento: isto he todos os sacro sanctos livros e escritos evangelicos e apostolicos do novo concerto de nosso fiel Senhor Salvador e RedemptorIesuChristo. Agora traduzido em portugues pelo Padre Joaõ Ferreira A. d’Almeida. Amsterdam: por Viuva de J. V. Someren, 1681. Disponível em: <http://purl.pt/369/1/ficha-obra-biblia%20.html>. Consulta em: 9/11/2020; MALZONI, As edições da Bíblia no Brasil, op. cit., 2016, p. 21-36.
(11) Cf. KONINGS, A Bíblica, sua origem e sua leitura, op. cit., 2014, p. 170-173; KOVAR, O “textusreceptus” e as traduções modernas da Bíblia, op. cit., [s.d.], p. 1-8.
(12) Cf. MOSCONI, Para uma leitura fiel da Bíblia, op. cit., 1997, p. 61-62.
(13) Cf. Ibid., p. 63, 70-71.
(14) Cf. Ibid., p. 63-64.
(15) Cf. Ibid., p. 64-65, 70-71.
(16) Essas perguntas adaptadas objetivariam – na medida do possível – separar a realidade da ficção, focando-se na “objetividade histórica” dos acontecimentos. Sob esse critério, partir-se-ia da premissa de que “nada acontece por acaso”, visto que todo “efeito” deveria ter tem uma “causa” empiricamente comprovável, isto é, o seu “porque”. Assim, tudo aquilo que não pudesse ser “demonstrado pela razão” seria considerado “mito” ou “invenção”. Por esse prisma, a busca pelas “causas” se tornaria recorrente – (ou seja, o que/onde/como/quando?). Portanto, conforme exemplificou o teólogo Johan Konings, a “crítica histórica” se nortearia, grosso modo, pelos seguintes tipos de questionamentos: “O que a Escritura aqui conta aconteceu mesmo? As palavras que ela relata foram realmente faladas? Correspondem à verdade histórica?”. Para a formulação as respostas, buscar-se-ia: “identificar”, no próprio texto, a existência de eventuais “contradições”, bem como “avaliar”, sob “critérios racionais”, a “probabilidade” (e a plausibilidade) dos “acontecimentos” narrados terem existido “de fato”. Frente a isso, todas as conclusões deveriam estar ancoradas em indícios “materiais” − como “vestígios arqueológicos”, “documentos administrativos” (contas, arquivos, registros, etc.) e “documentos literários” (histórias, descrições, testemunhos, etc.). Cf. KONINGS, A Bíblica, sua origem e sua leitura, op. cit., 2014, p. 182-183, grifo nosso; MOSCONI, Para uma leitura fiel da Bíblia, op. cit., 1997, p. 63.
(17) Tratar-se-ia de um “esquema teórico” – também conhecido por “Heptâmetro de Quintiliano” − explicado pelo teólogo brasileiro João Batista Libanio(1932-2014), nos seguintes termos: “Um dos esquemas mais simples para desenvolver um tema foi formulado por Cícero quando, ao referir-se a narração de um fato, insistiu na determinação das circunstâncias. Para descrevê-las, sigam-se os tópicos expressos no hexâmetro latino: Quis,quid, ubi, quibus auxiliis, cur, quomodo, quando. Quem age? Onde o faz? Com que meios? Por quê? Como? Quando?”. De acordo com Libanio: “Cada palavra se transforma em uma pergunta que, ao ser respondida, nos obriga a explicar o fato ou também o assunto teórico”. Apesar de ter surgido no campo da retórica – em obra como o Orator e o De Oratore, de Cícero (106 – 43 a.C.), e a InstitutioOratoria, de Quintiliano (35-95 d.C.) -, esse “esquema teórico” viria a ser empregado, posteriormente, no exame de assuntos religiosos. Sobre o assunto, segue uma explicação feita pelo padre jesuíta Antônio Vieira (1608-1697), no Sermão da Terceira Dominga da Quaresma, de 1655: “Suposto pois que há Confissões que merecem ser confessadas, bem será que desçamos com a nossa admiração a fazer um exame particular delas, para que cada um conheça melhor os defeitos das suas. […] Os teólogos morais reduzem ordinariamente este modo de exame a sete títulos: Quis, Quid, Ubi, Quibus auxiliis, Cur, Quomodo, Quando? A mesma ordem seguiremos: […] Quis? Quem sou eu? Isto se deve perguntar a si mesmo […]. Quid? Que? […] ver o que faz. […] Ubi? Onde? Esta circunstância, Onde, tem muito que reparar em toda a parte; mas […] muito mais que os seus Ubis, ou seus Ondes, dentro de si podem compreender-se facilmente, os que tem fora de si […]. Quibus auxiliis? E com que meios se fazem, e se conseguem todas estas coisas que temos dito? […] Cur? Por quê? De todas estas sem-razões que temos referido ou admirado, quais são as causas? Quais são os motivos? Quais são os porquês? […] Quomodo? Por que modo, ou por que modos? Somos entrados no labirinto mais intrincado das consciências, que são os modos, as traças [(leia-se: os meios)], as artes [(leia-se: as regras)], as invenções de negociar, de entremeter, de insinuar, de persuadir, de negar, de anular, de provar, de desviar, de encontrar, de preferir, de prevalecer […]. Quando? Esta é a última circunstância do nosso exame. E quando acabaria eu, se houvera de seguir até o cabo [(leia-se: o fim)] este Quando? Quando fazem […]? E quando fazem o que devem fazer?”. Para o acesso aos conteúdos integrais aqui transcritos, vide: LIBANIO, João Batista. Introdução à vida intelectual. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2006, p. 175; SERMÃO da terceira dominga da Quaresma, na Capela Real. Ano 1655. In: VIEIRA, Antônio. Sermões. Organização de Alcir Pécora. São Paulo: Hedra, v. 1, p. 151-174, grifo no original. Complementarmente, ver também: PRADO, João Batista Toledo. A configuração do espaço poético: concepções sobre Metricologia Latina. In: OLIVEIRA, Francisco de; DIAS, Cláudia Teixeira, Paula Barata (Orgs.). Espaços e Paisagens: antiguidade clássica e heranças contemporâneas. Coimbra/São Paulo: Imprensa da Universidade de Coimbra/Annablume, [s.d.], v. 1 (Línguas e Literaturas. Grécia e Roma), p. 106. Disponível em: <https://digitalis-dsp.uc.pt/jspui/bitstream/10316.2/31761/6/13-%20espa%c3%a7os%20e%20paisagens.%20antiguidades%20cl%c3%a1ssicas%20vol%20I.pdf?ln=pt-pt>. Consulta em: 8/11/2020.
(18) Cf. MOSCONI, Para uma leitura fiel da Bíblia, op. cit., 1997, p. 66-71.
(19) Entendido na concepção formulada pelo famoso filósofo da ciência Thomas S. Kuhn (1922-1996), nos seguintes termos: “Um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade científica partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham de um paradigma.” (p. 221). E, complementando: “Homens cuja pesquisa está baseada em paradigmas compartilhados […]” seriam aqueles que estariam “[…] comprometidos com as mesmas regras e padrões para a prática científica.” (p. 30). KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 9. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005, p. 30, 221, grifo no original.
(20) XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo espírito Emmanuel. 26. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, “Interpretação dos Textos Sagrados”, p. 15.
(21) XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo espírito Emmanuel. 29. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, Cap. 149, p. 123-314.
(22) Cf. MOSCONI, Para uma leitura fiel da Bíblia, op. cit., 1997, p. 63-66.
(23) XAVIER, A caminho da Luz, op. cit., 2008, p. 149-150, grifo nosso.
(24) Cf. MOSCONI, Para uma leitura fiel da Bíblia, op. cit., 1997, p. 70.
(25) XAVIER, A caminho da Luz, op. cit., 2008, p. 150-151, grifo nosso.
(26) GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 10 ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 403.
(27) Conforme explicado pelo autor: “Horizonte é o âmbito da visão que abarca e encerra tudo o que pode ser visto a partir de determinado ponto. Aplicando esse conceito à consciência pensante, falamos então da estreiteza do horizonte, da possibilidade de ampliar o horizonte, da abertura de novos horizontes etc.”. Ibid., p. 399.
(28) Ibid., p. 371.
(29) Id., grifo nosso.
(30) Id., grifo no original, negrito nosso.
(31) Ibid., p. 358.
(32) Tomado no sentido Kuhniano, conforme aludido anteriormente. Cf. KUHN,A estrutura das revoluções científicas…, op. cit., 2005, p. 30, 221.
(33) GADAMER,Verdade e método I…, op. cit., 2008, p. 357.
(34) Id.
(35) Cf. INTENÇÃO. In: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 15 ed. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 290.
(36) XAVIER, Caminho, verdade e vida, op. cit., 2006, “Interpretação dos Textos Sagrados”, p. 14, grifo nosso.
(37) Cf. Id.
(38) Ibid., p. 15.
(39) Cf. MOSCONI, Para uma leitura fiel da Bíblia, op. cit., 1997, p. 70.
(40) Caso viesse a ocorrer uma “eventual alteração” de suas obras, Emmanuel foi incisivo: “[…] a Federação Espírita Brasileira é depositária impessoal de graves responsabilidades nesse sentido, podendo ser naturalmente interpelada pelo consenso dos espíritas, em qualquer desvirtuamento que possa surgir, de futuro […]”.XAVIER, Fé e vida, op. cit., 2014, Cap. 21, p. 88. Sobre o assunto, convém apontar que, geralmente, o processo de “atualização” de um bem cultural incluirianegociações e modificações, redundando em “adaptações” e “adequações” de seus conteúdos para eles possam vir a exercer uma função legitimadora específica (de fundo ideológico). Tais mudanças poderiam obedecer tanto aos mais variados interesses, perpassando desde questões editorial, mercadológicas e pecuniárias, até ao favorecimento da uma visão de mundo esposada por aqueles que estão à frente de alguma instituição; ou, tão somente, à satisfação de uma vontade pessoal, direcionada à criação de condições favoráveis ao exercício do próprio poder, com vistas ao incremento dos seus índices de prestígio social. Por isso, muitas “atualizações” acabam por assumir o papel de dispositivo estratégico para a legitimação de um “ponto de vista” em detrimento de “outro”. Tal postura seria similar à empreendida por um “jardineiro”, que, ao podar uma determinada planta, procuraria moldá-la e conformá-la à sua concepção de jardim. Sob essa perspectiva, os espécimes vegetais previamente existentes no local seriam submetidos ao seu crivo de análise, direcionado selecionar as “plantas úteis” a ser, doravante, cultivadas, daquelas que deveriam ser arrancadas para que outras viessem a assumir o seu lugar.Portanto, em atendimento ao alerta feito por Jesus − “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.” (Mateus, 24:11) – há se indagar sobre as reais intenções que teriam motivado a “atualização” da obra de um consagrado autor espiritual, pois, no imo de um aparente “intento de luz” pode se esconder um “vasto plano de sombras”. Cf. CARVALHO,Entre “luzes” e “trevas”…, op. cit., 2019, passim. Sobre a atividade de “jardinagem” empreendida nas obras de Emmanuel, segue, para a reflexão, um comentário espiritual, incluído por Allan Kardec, em O evangelho segundo o espiritismo: “A árvore [do Cristianismo] é sempre boa, mas os jardineiros são maus. Eles quiseram conformá-la à sua ideia; quiseram modelá-la segundo as suas necessidades; eles a cortaram, diminuíram-na, mutilaram-na; nos seus ramos estéreis não produzem maus frutos, pois nada mais produzem”. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 365 ed. Araras: IDE, 2009, Cap. 18, §16, p. 184.
(41) XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo espírito Emmanuel. 34. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, Cap. 173, p. 417.
(42) Id.
(43) Id.
(44) Ibid., p. 418.
(45) Id.
(46) XAVIER, Caminho, verdade e vida, op. cit., 2006, Cap. 159, p. 333.
(47) Ibid., Cap. 138, p. 291.
(48) Id.
(49) Ibid., Cap. 159, p. 334.
(50) Id.
(51) Ibid., Cap. 160, p. 336.
Demais referências:
(1) A BÍBLIA SAGRADA: contendo o Velho e o Novo Testamento. Traduzida em português por João Ferreira D’Almeida. Com referencias e algumas variantes. Edição revista e corrigida [(1898)]. Lisboa: Sociedade Bíblica Britannica e Estrangeira, 1955.
(2) BERGER, Peter L. Os múltiplos altares da modernidade: rumo a um paradigma da religião numa época pluralista. Petrópolis: Vozes, 2017.
(3) GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 10 ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
(4) CARVALHO, Flávio Rey de. Entre “luzes” e “trevas”: o padroado e as origens da reforma pombalina da Universidade de Coimbra. São Paulo, 2019. 444f. Tese (Doutorado em Ciência da Religião) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2019, p. 112-113, 279, 318. Disponível em: <https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22752>. Consulta em: 12/11/2020.
(5) INTENÇÃO. In: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 15 ed. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 288-191.
(6) KONINGS, Johan. A Bíblica, sua origem e sua leitura. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
(7) KOVAR, Johannes. O “textusreceptus” e as traduções modernas da Bíblia. Bogenhofen: [s.n.], [s.d.], p. 1. Disponível em: <https://adventistbiblicalresearch.org/sites/default/files/pdf/O%20textus%20receptus%20%282%29.pdf>. Consulta em: 6/11/2020.
(7) KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 9. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.
(8) LIBANIO, João Batista. Introdução à vida intelectual. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2006.
(9) PRADO, João Batista Toledo. A configuração do espaço poético: concepções sobre Metricologia Latina. In: OLIVEIRA, Francisco de; DIAS, Cláudia Teixeira, Paula Barata (Orgs.). Espaços e Paisagens: antiguidade clássica e heranças contemporâneas. Coimbra/São Paulo: Imprensa da Universidade de Coimbra/Annablume, [s.d.], v. 1 (Línguas e Literaturas. Grécia e Roma), p. 105-111. Disponível em: <https://digitalis-dsp.uc.pt/jspui/bitstream/10316.2/31761/6/13-%20espa%c3%a7os%20e%20paisagens.%20antiguidades%20cl%c3%a1ssicas%20vol%20I.pdf?ln=pt-pt>. Consulta em: 8/11/2020.
(10) MALZONI, Cláudio Vianney. As edições da Bíblia no Brasil. São Paulo: Paulinas, 2016.
(11) MOSCONI, Luis. Para uma leitura fiel da Bíblia. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1997.
(12) O Novo Testamento: isto he todos os sacro sanctos livros e escritos evangelicos e apostolicos do novo concerto de nosso fiel Senhor Salvador e RedemptorIesuChristo. Agora traduzido em portugues pelo Padre Joaõ Ferreira A. d’Almeida. Amsterdam: por Viuva de J. V. Someren, 1681. Disponível em: <http://purl.pt/369/1/ficha-obra-biblia%20.html>. Consulta em: 9/11/2020.
(13) PREFÁCIO à tradução de Almeida Revista e Corrigida – 4ª edição. In: Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida no Brasil. 4. ed. São Paulo: SBB, 2011.
(14) SERMÃO da terceira dominga da Quaresma, na Capela Real. Ano 1655. In: VIEIRA, Antônio. Sermões. Organização de Alcir Pécora. São Paulo: Hedra, v. 1, p. 141-174.
(15) SILVA, Cássio Murilo Dias da. O impulso bíblico no Concílio: a Bíblia na Igreja depois da Dei Verbum. Teocomunicação, Porto Alegre, vol. 36, n. 151, mar./2016, 29p. Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/view/1669>. Consulta em: 6/11/2020.
(16) TORRES, Natália Cannizza. “Jesus, a porta, Kardec, a chave”: a apropriação do Novo Testamento pelo segmento espírita. São Carlos. 2019, 91f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, 2019. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11755?locale-attribute=es>. Consulta em: 11/11/2020.
(17) A apropriação do Novo Testamento pelo segmento espírita. São Paulo: USESP, 2020. Disponível em: <https://usesp.org.br/2020/09/08/a-apropriacao-do-novo-testamento-pelo-segmento-espirita/>. Consulta em: 11/11/2020.
(18) XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo espírito Emmanuel. 34. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006.
(19) A caminho da Luz: história da civilização à luz do espiritismo. PeloEspírito Emmanuel. 37 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008.
(20) Pão nosso. Pelo espírito Emmanuel. 29. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008.
(21) Fé e vida. Espíritos diversos. Brasília/São Paulo: FEB/CEU, 2014.
Notas fornecidas gentilmente por Antonio Cesar Perri de Carvalho:
Informações por Cesar Perri: Traduções bíblicas e a opção de Emmanuel. Em artigo com aspectos acadêmicos e doutrinários, Flávio Rey de Carvalho esclarece sobre a história e alguns objetivos das traduções bíblicas e a opção adotada por Emmanuel em obras psicografadas por Chico Xavier. O autor é mestre em História pela UnB e Doutor em Ciência da Religião pela PUC-SP.
Link da publicação na página eletrônica de “Autores Espíritas Clássicos”:
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