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Desafios em tempos de pandemia

março 22, 2021

Temos vivido um momento atípico, de muitas incertezas e, até certo modo, de alguns desafios. Passamos por um período em que somos chamados a testemunhar acontecimentos que, no entender de várias pessoas, chegam a ser desesperadores, como situações de crise econômica, desemprego e falta de recursos financeiros – além dos óbitos lamentáveis que, infelizmente, vêm ocorrendo –, todos advindos de uma pandemia e do seu enfrentamento, cuja doença causadora ainda não possui resposta satisfatória da Ciência no que se refere a um tratamento efetivo, seja um medicamento ou mesmo uma vacina.

No entanto, jamais nos esqueçamos de que tudo está sob o olhar atento e constante de Deus, que abarca plenamente toda a criação com os seus divinos atributos. Afinal, tudo na criação é harmonia; tudo revela uma previdência que não se desmente, nem nas menores, nem nas maiores coisas (A Gênese, capítulo XVIII, item 2).

Como nos foi informado em O Evangelho segundo o Espiritismo (capítulo III, itens 3 e 4), existem diversas categorias de mundos habitados, que estão, uns em relação aos outros, em condições muito diferentes quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade de seus habitantes, ocasião em que temos os mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiações e provas, nos quais domina o mal; mundos regeneradores, nos quais as almas que ainda têm o que expiar vão buscar novas forças, repousando inteiramente das fadigas da luta; mundos felizes, nos quais o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos – morada dos espíritos depurados –, nos quais o bem reina exclusivo.

Por essa classificação, que não é absoluta, a Terra pertence à categoria dos mundos de expiações e provas. Como tal, tanto o planeta quanto a maior parte dos seus habitantes ainda estamos sob o domínio das nossas iniquidades, residindo num local em que as aflições sobrepujam os prazeres (ESE, capítulo III, itens 6 e 14). Porém, os espíritos que nos trazem os conceitos e ensinos da doutrina também nos dizem que o progresso, por ser uma Lei divina, sujeita toda a criação, sendo obviamente aplicável a nós e ao nosso orbe. Assim, ao mesmo tempo que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que eles habitam progridem materialmente (ESE, capítulo III, item 19).

Contudo, do modo como as criaturas não se transformam em um átimo, a trajetória entre um tipo de mundo e outro não acontece de um momento para outro, ocorrendo de maneira suave, atenta, passando por um período de transição – como este em que vivemos –, sendo caracterizado por uma crise que precede uma ampla fase de progresso material e moral, conforme dito pelo espírito Doutor Barry, em A Gênese, capítulo XVIII, item 9.

Também nesta quinta obra da codificação, o espírito Arago, ao nos informar sobre as revoluções e perturbações sofridas pelos planetas e mundos, assinala-nos que a matéria orgânica não poderia escapar a essas influências; as perturbações que ela sofre podem, pois, alterar o estado físico dos seres vivos e determinar algumas dessas enfermidades que atacam de modo geral as plantas, os animais e os homens, enfermidades que, como todos os flagelos, são, para a inteligência humana, um estimulante que a impele, por força da necessidade, a procurar meios de os combater e a descobrir leis da Natureza (A Gênese, capítulo XVIII, item 8).

Diante de todos esses ensinamentos e revelações, haveremos de ter sempre em mente que somos filhos amados de um Pai eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Como a sua Lei maior é igualmente imutável e trata da evolução dos mundos e das criaturas, estamos sujeitos a tal melhora.

Por essa evolução abordar a mutação de categoria do planeta em que vivemos (de um local onde impera o mal para um de convalescença), e como esse progresso planetário é naturalmente precedido de crises – dentre elas, o aparecimento de enfermidades –, a única conclusão a que se chega é no sentido de que inevitavelmente surgirão dificuldades a serem enfrentadas nos mais diversos setores das organizações humanas, além de fenômenos geológicos que, de certa forma, sempre ocorreram e ocorrem no orbe, quando estivermos vivendo momentos como o atual (transição planetária). Como mostrado, esses flagelos, são um estimulante para a inteligência humana, impelindo-a, por força da necessidade, a procurar meios de os combater e a descobrir leis naturais.

Em sendo assim, embora o momento possa parecer aflitivo, estejamos serenos e o mais tranquilos possível no enfrentamento das ocorrências, pois estamos perante uma situação inesperada – porém providencial e sob o controle da Divindade –, que chama a atenção das criaturas todas do planeta no sentido de que os valores mais resistentes e importantes são os do ser.

Tudo é oriundo da bondade divina, tudo está sob a Lei Divina. Cabe a nós, enquanto criaturas, mantermo-nos firmes na fé e na certeza de que estamos diante de um fenômeno natural do próprio progresso planetário e da humanidade (enfermidade), e que esse acontecimento e suas consequências – os lamentáveis óbitos, a crise econômica, o desemprego e a falta de recursos financeiros – estão sob o controle de Deus, sendo absolutamente necessários à nossa evolução. Logo atingiremos valores éticos superiores às nossas tendências negativas.

Renato Confolonieri

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://computerworld.com.br/negocios/especial-coronavirus-tudo-o-que-ja-publicamos-sobre-o-assunto-ate-agora/>. Acesso em: 21MAR2021.

Renato Confolonieri
Renato Confolonieri

Atuante no Espiritismo há 20 anos, participou por três anos e meio da entrega de sopa no Grupo Fraterno de Assistência Nossa Casa em São Paulo, articulista no periódico Ação Espírita e Membro de Reuniões Mediúnicas no Grupo Espírita Jesus de Nazaré, ambos de Marília, interior de SP.

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