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A criança e a cultura

abril 4, 2021

O filósofo e professor francês, Gilles Brougère, afirma que “a criança está inserida, desde o seu nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por essa imersão inevitável”. Pesquisas atuais sobre o desenvolvimento infantil revelam que ao nascermos iniciamos nosso caminho para estabelecer contato com outras pessoas e, assim, desenvolvemos nossos relacionamentos, a forma de expressar nossas emoções, nossos gestos, nosso jeito de ser, enfim.

Em outras palavras, desde bebê começamos a assumir os comportamentos culturais do grupo ao qual pertencemos. E é esse tema, criança e cultura, o objetivo deste artigo. Boa leitura!

A criança e a cultura em um mundo tecnológico

A aceleração do mundo moderno, a influência das mídias (não nos esqueçamos que a criança brasileira é a que passa mais tempo em frente à televisão, acessando uma programação raramente voltada às necessidades dessa fase da vida), a evolução da tecnologia, a baixa qualidade da educação brasileira, a falta de brincadeiras e o excesso de brinquedos mecanizados têm diminuído a duração da fase infantil e a prática de rotinas necessárias para o desenvolvimento da criança.

Outra consequência dessa realidade é a “perda” da herança de cultura, passada de uma geração a outra, tão essencial para a formação da bagagem cultural do indivíduo que, ao longo da vida, vai ampliando-a de forma proporcional às experiências adquiridas. É preciso, sim, que coloquemos mais cultura na vida das crianças.

Como aproximar a criança e a cultura

E se os pequenos aprendem através de sua própria vivência, cabe aos adultos que a rodeiam oferecer vivências culturais como participação em eventos culturais diversos, convivência em espaços públicos (onde pode se relacionar com crianças de formação diferente da sua) e, muito importante e pouco explorado, contar aos menores experiências próprias de sua infância e histórias da família.

Não menos essencial é reservar um tempo para levar as crianças a teatro, museus, bibliotecas, apresentações musicais variadas (música clássica e popular), cinema e livrarias que possuem espaços incríveis para receber os pequenos.

Essas atividades, além de reduzir o tempo de exposição à TV, celular e outros eletrônicos, possibilitará experiências enriquecedoras ao ser em desenvolvimento.

A Casa Espírita promovendo a cultura na vida da criança

A Casa Espírita, especialmente através de sua equipe de Educação Espírita Infantojuvenil, também pode colaborar na aproximação da criança com a cultura. Vejamos algumas ideias, todas elas já praticadas com resultados extremamente positivos.

  1. Passeios para criança ter contato com a cultura

Promover passeios a museus, teatros ou apresentações musicais é uma maneira bem gostosa de confraternização de toda a turma e pode se conseguir bons descontos para grupos de instituições beneficentes – nem todos passeio cultura requer investimentos ricos.

  1. Bibliotecas de bairro: esquecidas, mas importantes

A Biblioteca do bairro também pode ser uma excelente pedida (e é um programa gratuito), principalmente se a visita for agendada e combinada uma programação diferente para o grupo (visita monitorada ao local, parada especial na seção de livros próprios às faixas etárias dos visitantes, por exemplo). Dependendo da estrutura do espaço, pode-se até programar um piquenique para encerrar o passeio.

  1. Ações que unem criança e cultura

E não nos esqueçamos de promover atividades dentro da própria instituição espírita: contações de história, festivais de música para que os menores conheçam os vários estilos existentes (clássica, cantiga de roda, MPB, cantigas de ninar, etc), festival gastronômico, teatro e uma infinidade de ações que, além de levar cultura e diversão às crianças, certamente criarão uma memória afetiva especial no coração dos Educandos.

Criar momentos gostosos onde a criança possa ter contato com a cultura, dividindo seu tempo com atividades que fogem da tecnologia, bem como proporcionando a união familiar é muito importante para a criança – e para toda a família.

E as Casas Espíritas podem colaborar nesse processo, conforme mostramos aqui.

Nós, do Café com Kardec acreditamos que o Espiritismo deve chegar a pessoas de todas as idades, inclusive às crianças.  E você, concorda conosco? Comente conosco e nos acompanhe nas Redes Sociais para ficar por dentro de nossas publicações.

Martha Rios Guimarães

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://searadeluz.com.br/novo/doutrina-espirita/infancia-e-adolescencia/>. Acesso em: 04ABR2021.

Martha Rios Guimarães
Martha Rios Guimarães

Jornalista e escritora, integrante do Centro Espírita Gabriel Ferreira, participa da USE Distrital Vila Maria desde 2000. É criadora e coordenadora do projeto: “Comece pelo Comecinho” e autora do livro “Comece pelo Comecinho – Educação Espírita Infantojuvenil: uma proposta de trabalho”, pela editora O Clarim, integrante da equipe Café com Kardec.

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