O Trabalhador Espírita

Karina Kasemodel A. Rafaelli
24/05/2021
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Senhor, que queres que eu faça? (Atos 22;10)

Lugar de amparo e esclarecimento, a casa espírita necessita do trabalho voluntário para a manutenção da sua estrutura física, das atividades doutrinárias (cursos, palestras, passes, atendimento fraterno, evangelização infantojuvenil) e dos serviços assistenciais, para a continuidade do trabalho com Jesus. Portanto, a união e o espírito de equipe dos colaboradores são essenciais para que a casa prossiga com seus objetivos.

O tarefeiro espírita, para se tornar um instrumento afinado da espiritualidade maior, deve exercer suas funções com amor e dedicação, aproximando-se, cada vez mais, dos caracteres do Homem de Bem, conforme as orientações dos Espíritos da codificação e de Kardec, na questão 918 de O Livro dos Espíritos.

No entanto, dedicar parte da nossa vida ao voluntariado na casa espírita é mais que dever, é alegria e gratidão por poder servir e retribuir tudo o que recebemos de consolo na seara do Cristo.

Ainda estamos longe do modelo de trabalhador cristão: Paulo de Tarso, que tocado profundamente pelo Mestre Jesus, pergunta: “Senhor, que queres que eu faça?”

O maior perseguidor dos cristãos, após a aparição de Jesus, assume a responsabilidade de se reformar intimamente e se transforma, na mesma reencarnação, no maior divulgador da Boa Nova, trabalhador incansável do Cristo, sendo apedrejado, perseguido e, por vezes, criticado, até pelos próprios companheiros de ideal.

Frequentemente, os próprios confrades, tecem críticas àqueles que se esforçam e se dedicam mais à causa espírita. Algumas vezes são críticas construtivas, relacionadas à preocupação amorosa com a sobrecarga das tarefas, pois geralmente são poucos os trabalhadores. Outras vezes, criticam pelas dificuldades que apresentam em não conseguir acompanhá-los, projetando seus conflitos íntimos.

Lembremos de João Marcos, que também não conseguiu acompanhar Paulo de Tarso com sua perseverança e vontade indômita. Há espíritos jovens (João Marcos) que não entendem o esforço no Bem e o enfrentamento das lutas pela causa do Cristo. Quando observam os riscos, sem condições de renúncia, organização e disciplina, não conseguem seguir adiante como Paulo.

Há, porém, uma reflexão importante no contexto: necessário compreender, com amorosidade, o tempo de cada criatura, e que cada um contribui com o que pode oferecer. As mínimas participações são de extrema importância, nenhuma tarefa é maior ou menor, todas encadeiam-se para a implantação do Reino de Deus em cada coração.

Karina Rafaelli

Nota do Editor:

Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.glassdoor.com.br/blog/o-que-formigas-ensinam-sobre-disciplina-sucesso/>. Acesso em: 24MAI2021.

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