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O mais longo caminho

junho 6, 2021

Quando nos dispomos na elaboração de qualquer trabalho há um momento inicial de preparação, que requer alguns cuidados básicos para a efetivação do mesmo. Conforme as condições pessoais de cada um, esse trabalho será mais ou menos bom, mais ou menos perfeito. Conquanto se possa avaliar a qualidade da obra, o que importa é que algo foi planejado e efetivado, ainda que, por vezes, tenha que ser refeito.

Assim, de uma forma muito simplista, podemos traçar um paralelo de comparação com a nossa vida interior, espiritual. Tudo o que sentimos, fazemos, dizemos, agimos, construímos são reflexos do nosso momento evolutivo. São partes de um trabalho sujeito a revisões infinitas, pois a cada momento, a cada instante, já nos modificamos, já nos alteramos, obedecendo a um processo natural de aperfeiçoamento.

Até agora, parece que isso é algo banal, sem importância; mas, se pararmos para pensar com um pouco mais de boa vontade, vamos perceber que tudo o que está nos envolvendo, afetando os nossos sentimentos, está relacionado com o grau de evolução de cada ser que nos cerca, assim como nós mesmos em relação aos outros.

Se verdadeiramente apreendêssemos o mais profundo sentido do que seja grau de evolução, certamente, as nossas relações interpessoais seriam menos conflituosas, menos estressantes, pois um único pensamento alimentaria o nosso ser: “Ninguém dá o que não tem”.

Estendendo essa proposição para todas as situações que envolvem atitudes, estaríamos mais apaziguados, mais confiantes, pois saberíamos que tudo é passageiro e modificável. Já fomos muito piores, seremos muito melhores, pois ninguém escapa da Lei de Evolução, agora negritada e escrita com letra maiúscula, que é para imprimir a sua importância na ordem das coisas.

Aqueles que já compreendem isso, que sabem que tudo obedece a uma ordem natural, divina, que nada se perde, que tudo tem a sua razão de ser, até mesmo quando catástrofes abalam o mundo, que lutam para vencer suas próprias imperfeições, devem ter ainda maior dose de tolerância para com os outros. Nós não erramos, apenas não sabemos fazer o certo. Nós não odiamos, apenas não sabemos amar.

Devemos constantemente voltar nossos olhos para trás, para sentirmos o quanto crescemos; elevar os nossos olhos para cima, para vermos o quanto precisamos crescer.

Mesmo quando as pedras do caminho ferirem nossos pés, mesmo quando essas mesmas pedras sejam arremessadas contra nós, lembremo-nos de que podemos removê-las, podemos não senti-las, se tivermos a compreensão que cada um dá o que tem.

O caminho é longo, o mais longo de todos.

Tortuoso caminho, aprendizado compulsório.

Sereno caminho, aprendizado suave.

Lições assimiladas, remédios tomados e o nosso caminho, antes coberto de pedras, por trabalho realizado por nós mesmos, agora começa a se descortinar entre árvores frondosas e flores perfumadas.

É a Lei da Evolução que nos levará para o alto e para a nossa verdadeira morada!

O caminho é longo!

Longo é o caminho!

Martha T. Capelotto

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.portaldapaz.org/Master.htm?cn=dt_p0916>. Acesso em: 06/06/21.

Martha Capelotto
Martha Capelotto

Atuante no Espiritismo, desde 1989. Estudante e trabalhadora do Grupo Socorrista Maria de Magdalla em Jaú, interior de São Paulo, onde atuou nos cursos da Doutrina Espírita e no trabalho do Passe. Atuou também no Centro Espírita Tereza de Jesus, também em Jaú, como monitora de cursos, palestrante, distribuição de cestas e bazares. Atuou em programas nas Rádios Piratininga e Jauense. Atualmente, reside em São Paulo, capital, e atua como Colunista em vários veículos de comunicação espírita, dentre eles, a Revista “O Consolador”, assim como Palestrante espírita.

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