
O Sentimento religioso
O sentimento religioso brota no coração e se desenvolve na mente
“(…) Torna tua vida um hino de amor e deixa que
o sentimento religioso trabalhe tuas inspirações”.
Joanna de Ângelis (1)
Poderoso propulsor de nossa marcha evolutiva, o sentimento religioso, ínsito na intimidade d`Alma, deve ser estimulado sempre, pois é através desse nobre sentimento que seremos auxiliados de vários modos em nossa incessante busca pela perfeição. Com ele enfrentaremos as vicissitudes naturais do carreiro evolutivo com mais tranquilidade, equacionando-as, ou pelo menos minimizando-as à medida que aparecem. Tal sentimento nos dará o acréscimo de energia para o enfrentamento das dores, auxiliando-nos a superá-las, e ensejará uma suficiente abertura em nosso entendimento a fim de que possamos compreender o sentido da dor, a necessidade das lutas e das renúncias, ao mesmo tempo em que dinamizará nosso bom ânimo, que – consequentemente – nos firmará no escorregadio terreno das provas e expiações.
Na obra mencionada, a nobre Mentora Joanna de Ângelis, nos convida a mergulhar – diariamente – nosso pensamento numa frase de Jesus, dela fazendo um elo de ligação com o Pai Celestial, uma vez que tal providência não só nos auxiliará a enfrentar com serenidade e brio os percalços da vida, mas nos oferecerá os recursos para superá-los com eficiência, logrando o sucesso de nosso empreendimento evolutivo.
Sendo o sofrimento uma realidade ainda ligada ao nosso processo evolutivo, o sentimento religioso, ou seja, a religiosidade é a terapêutica criadora da resignação dinâmica que nos permite uma antevisão do futuro risonho, no qual nossa caminhada evolutiva se estenderá sem os altibaixos limitados pela aflição e serenidade, ensejando-nos uma estabilidade emotiva tão necessária à percepção e entendimento dos Planos Divinos em favor de nossa alteada destinação espiritual.
Do que ensina a Mentora amiga, ainda podemos depreender que: “(…) o sentimento religioso brota no coração e se desenvolve na mente, ora como necessidade de união com Deus, vezes outras como forma de louvor e de gratidão a Ele, portanto não tem a finalidade de negociar benefícios, mediante pedidos incessantes e promessas ilógicas, tão ao gosto de muitas criaturas detentoras de credulidade irrefletida.
Sem dúvida, ele assim também se expressa em alguns níveis de consciência, revelando-se em forma primária, ingênua, mas que crescerá na direção das finalidades elevadas.
É inata a tendência humana para a adoração. Quando não o faz a Deus, aplicando o sentimento religioso, deriva-a para objetos, pessoas e aspirações. Na ambição da fortuna, torna o homem avaro; na busca do prazer incessante, atira-o à promiscuidade da luxuria; na sede da fama ou do poder, apaixona-o e o torna ególatra na conquista do mundo, ensandece-o e vitima-o.
Canalizando-a, porém, para o sentimento religioso liberta-o, ampliando-lhe as metas e aspirações que se transformam no essencial a conquistar, proporcionando-lhe os meios saudáveis para consegui-lo.
Todos os grandes vultos da humanidade lograram realizar os seus sonhos de contribuir para o progresso geral, graças à religiosidade que aplicaram aos seus planos e ao sentimento de fidelidade que mantiveram em relação aos mesmos, jamais se afastando dos rumos que seguiam”.
Se Jesus afirmou ser Ele o “Caminho”, é evidente que seguindo-O não nos perderemos; mas para que O sigamos sem possibilidade de desvios desastrosos, faz-se necessário que nos situemos no mesmo patamar da decisão que fez Paulo escrever aos gálatas (2):“já não sou em quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Rogério Coelho
Referências:
(1) FRANCO, Divaldo. No rumo da felicidade. Santo André: Dp.Ed. C.E. Bezerra de Menezes, 2001, p. 17-19.
(2) Gálatas, 2:20.
Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em < https://stock.adobe.com/au/search?k=woman%20praying%20flowers>. Acesso em 17JUN2022.
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