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O emprego dos instrumentos materiais na conquista dos tesouros Celestes!

dezembro 10, 2022

As diversas correntes religiosas criadas pelo homem, insistem em estabelecer uma linha de separação entre tudo que definem como humano e que entendem ser natural, e o Divino tudo que classificam como sobrenatural.

É necessário que atentemos para o fato de que há nisso algo que podemos constatar como grave erro de apreciação, que deve ser melhor analisado. Se levarmos em conta como humanos apenas o que os homens costumam mudar a natureza ou o modo natural de usar, de forma oposta aos seus sentimentos intrínsecos, podemos até concordar.

Vendo desse prisma, não há somente uma linha e sim um verdadeiro abismo entre o que é de César e o que pertence a Deus. Se porém compreendermos por humano o que lhe é natural, isto é de sua natureza divina, não há nenhuma linha demarcatória entre o humano e o divino, pois tudo que é natural é divino.

“Não poderemos construir os mínimos tópicos de elevação no próprio espírito, sem que nos rendamos com alegria ao trabalho que nos compete.

Somos material inteligente nas mãos sábias do Cristo. O Senhor, no entanto, não opera em nós, através de constrangimento, porque o Reino de Deus deve realmente surgir nos recessos de nossas próprias almas.

É por isso que, em nos ensinando como se deve atuar, viver, crescer, trabalhar, servir e morrer, na edificação do Reino Eterno, esteve o próprio Divino Mestre entre nós, vivendo em regime de simplicidade nas bênçãos da Natureza, crescendo sem ilusões, trabalhando em apagada carpintaria, servindo sem exigência e morrendo injustamente na cruz, sem revolta e sem mágoa, para que aprendamos a buscar primeiramente os Desígnios de Deus, cujo plano de ação, é luz e felicidade para todas as criaturas.”(1)

Para melhor entendermos, citamos que o nosso próprio corpo é humano e é também divino ao mesmo tempo, visto ser obra de Deus. Nada há no universo que não proceda da Suprema Inteligência, causa primeira de tudo e de todos, logo a conclusão é de que tudo é de natureza divina.

“Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (2)

A finalidade da Religião, não é como desejam muitas das diversas correntes de interpretações religiosas, separar o humano do divino, e sim aperfeiçoar o humano até que se divinize, não menosprezando, depreciando ou destruindo a importância da matéria, mas submetê-la ao comando do Espírito.

Desprezar, negligenciar, desviar as suas sublimes finalidades, é perder a oportunidade de avançar espiritualmente falando, no caminho do progresso evolutivo. Assim como sujeitá-lo propositadamente a castigos, torturas etc., não nos ajudará em nada no progresso moral que pensamos alcançar com esses atos de pura ignorância.

Jesus nosso Mestre e Guia, jamais menosprezou o veículo físico com que nos ensinou e exemplificou com sua atitude de respeito a Deus, ao próximo e a si mesmo, ajudando a todos que buscaram sua cura através dá fé e do trabalho.

Francisco Rebouças

Referências:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel. Livro Convivência, cap. Construção; e
(2) Paulo: 1 Coríntios 6:19

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://agendaespiritabrasil.com.br/2015/04/29/perante-o-criador/>. Acesso em: 10DEZ2022.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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