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A Justa Correção

março 22, 2023

Quando afligido por algum mal, logo se impõe a maldizer o próximo, culpando-o por todo o mal que sofreu, nem mesmo Jesus fica isento de tal “responsabilidade”, mesmo tendo Ele sempre advertido para que andassem todos no caminho reto e praticasse sem cessar o amor.

Mas será que o Pai ou o Mestre tem algo com isso de verdade? A questão 13 de O Livro dos Espíritos apresenta-nos um Deus soberanamente bom e justo, logo, pensar em um Deus que tenha qualquer tipo de participação nas aflições dos Espíritos imperfeitos encarnados ou desencarnados é no mínimo falta de consideração com Eles que nos concederam a vida.

Ainda no mesmo livro inicia-se a busca pela solução, na Questão n.º 921, onde fica evidente ser o homem o artífice de sua própria infelicidade e completado pelo Evangelho Segundo o Espiritismo, “as vicissitudes da vida tem, pois, uma causa e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa”, logo a causa das mazelas diárias dos seres não pode ser Deus, nem Jesus, mas única e tão somente o próprio ser, justo, não?

Emmanuel no livro Paulo e Estevão traz-nos que a enfermidade é conselheira carinhosa e esclarecida ou como diria de Lucca, em Médico Jesus, trata-se de “uma professora de seu aprimoramento espiritual”, logo os problemas que se apresentam são oportunidades de aprimoramento espiritual dos seres humanos.

Ermance, no Livro Reforma Íntima sem Martírio, apresentará que momentos assim são ótimas oportunidades para desapegar o “homem velho” e se apresentar como o “homem novo”, ou seja, o homem renovado no labor diário, que convive harmonicamente com as mazelas e as aceita com coragem para transformá-las em busca da tão sonhada felicidade.

Assim, atentem-se para a necessidade de mudança, pois a causa dos males não é ninguém, mais ninguém menos que o próprio ofendido pelo mal. Não se trata de vingança, pois o Pai não tem esse sentimento, mas simplesmente efeito da causa, ou seja, respeito à Lei que rege a vida.

Como diz Emmanuel em Fonte Viva, “cada um faz o seu destino”,  logo, respeitando o imperativo da Lei, deve-se compreender que se pode perder a casa terrestre para aprender o caminho celestial, perde-se o convívio dos amigos na Terra, mas novos amigos celestiais podem ser apresentados. As feridas no corpo podem ser uma oportunidade para a cura da alma e a inércia do corpo pode ajudar a valorizar o movimento possível.

O que não se pode discutir é o Amor incessante do Pai e do querido Irmão, como mencionado no Evangelho de João: Jesus é o bom Pastor, tal qual o Pai o conhece, Eles também conhecem a todos e já foi dado a vida do Cristo para salvar a humanidade, o que mais pode-se esperar? Qual maior Amor que esse? Emmanuel, em O Espírito da Verdade, afirma que nessa situação Jesus “tudo faz, em favor de todas” as suas ovelhas.

Esse Amor é a força que sustenta a todos no caminho da correção, pois quando essa chegar a consequência da causa não mais serão infortúnios, mas felicidade. Até lá deve-se contar com a misericórdia do Pai, que atenderá a todos os pedidos sinceros, tal qual de Lucca em Dentro de Mim, recordando o Evangelista Marcos, relata a cura de Bartimeu, que além de se despojar do orgulho, orou com sinceridade e recebeu o que pediu, restabelecendo sua vida à normalidade desejada.

O problema da humanidade não é a doença que aflige a todos, ela é apenas a comunicação que o corpo material recebe de que há uma causa que está implicando como consequência essa doença. Que todos identifiquem essa causa, transformem-na, tal qual o “homem novo” que aproveita novas consequências, agora mais felizes.

Daniel Baeninger

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://agendaespiritabrasil.com.br/2022/01/26/a-renovacao-exige-coragem-e-perseveranca/>. Acesso em: 19MAR2023.

Daniel Baeninger
Daniel Baeninger

Trabalhador do Centro Espírita Luz e Caridade de Limeira/SP.

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