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Do que falava a guitarra de Dan

janeiro 19, 2024

No ano passado participamos de um concurso de contos pela Amazon. O conto não tem caráter religioso e deveria ser de ficção e lembrando-nos de uma banda musical americana dos anos 70, e com o intuito de homenagear o cantor e também guitarrista da banda, desencarnado aos 48 anos em 1994 (não por causa do uso de drogas, mas por uma doença), escrevemos o conto “Do que Falava a Guitarra de Dan, que está à venda nos sites Amazon e Clube de Autores.

No conto Dan era um jovem preocupado com os jovens de sua época, principalmente por causa da proliferação do uso de drogas. E a poesia transcrita abaixo faz parte do livro e no conto foi escrita por Dan como uma canção a ser gravada pela banda:

Cara, um grande lago azul é a sua vida
Onde tudo é adrenalina na medida certa
Droga é porta aberta e só de ida, porque
Se tem volta é triste, é morte, é partida.

Cara, sua vida é a fértil terra a ser plantada
Seu adubo, a alegria, sua semente o amor
Regue-a com a quentura do seu calor
Porque a droga vai estragar essa parada.

Cara, sua vida é o voar, o viajar, o ar,
Liberdade, vento, chuva e sol no rosto
Não procure isso nas drogas, virá o oposto
De tudo o que você mais deseja.

Cara, sua vida é a luz e o calor do fogo
E nesse jogo quem se droga perde
Alegria não é erva, fumaça ou colorido
É viver a vida bem vivida e bem curtida.

Cara, pensa, você não é uma criança,
Acorda enquanto há vida e esperança
Pára de loucura e saia dessa
O bem tem adrenalina à bessa. 

Cara, vai à procura do velho, da criança, do animal
Investe sua alegria em quem está triste
Leva seu sorriso, seu amor e elimina o mal
A recompensa virá, porque ela existe.

Abra teu olho, cara!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Seja um ganhador e não um perdedor!!!!!!!!!!!!!! UUUUUUUhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A proliferação do uso das drogas é de fato preocupante, pois prejudica o corpo e a mente e abre portas para companhias espirituais ainda muito necessitadas de ajuda. Pensamos que a proliferação do mal de um modo geral e não somente das drogas, além da falta de educação religiosa, das tendências não combatidas de encarnações passadas, vem também da falta de um líder do bem, de alguém com um forte carisma, que saiba conquistar o interesse dos jovens, que tenha uma conduta exemplar para conduzi-los pelo caminho do bem e para mostrar-lhes que a tão procurada adrenalina pode ser vivida e sentida de uma forma não prejudicial.

Diz a letra de uma canção antiga mais ou menos assim: “meus ídolos morreram de overdose”. É um assunto grave e complexo de se analisar o que faz uma pessoa entrar por esse caminho muitas vezes sem volta e que deve ser discutido por pessoas com profundo conhecimento do ser humano, de sua complexidade como uma individualidade criada por Deus e com tantas existências já vividas e experiências acumuladas, mas que o espiritismo pode dar sua contribuição para o desenvolvimento de uma religiosidade e de uma emotividade mais apurada no caminho do amor e da caridade.

Orleide Félix de Matos